O Menino Jesus teve como berço uma manjedoura, em uma gruta que servia de estábulo aos animais. Depois, viveu em uma habitação simples. Entretanto, nasceu nobre, descendente de Príncipes e Reis da mais alta estirpe, herdeiro do trono do Rei David.
Fonte: Revista Catolicismo, Nº 876, Dezembro/2023
Felizmente, muito se fala da Sagrada Família — Jesus, Maria e José —, mas, lamentavelmente, muitos omitem o aspecto fundamental: a altíssima nobreza terrena e o passado aristocrático dessa divina Família. Com efeito, ensina-nos São Bernardino de Siena: “A Bem-aventurada Virgem foi mais nobre do que todas as criaturas que tenham existido na natureza humana, que possam ou tenham podido ser geradas. Pois São Mateus (cap. 1), colocando três vezes catorze gerações, desde Abraão até Jesus Cristo inclusive, mostra que Ela é descendente de catorze Patriarcas, de catorze Reis e de catorze Príncipes”.
A nobreza de alma e a nobreza de coração são aspectos tão evidentes, que na presente matéria concernente ao Natal não insistiremos nelas; vamos nos cingir aos aspectos omitidos, as virtudes e verdades esquecidas.
Na edição anterior reproduzimos um artigo de Plinio Corrêa de Oliveira no qual ele aponta a missão específica de nossa revista, isto é, insistir nos “aspectos menos conhecidos de nossa realidade religiosa ou social”.
Assim, é missão inerente a Catolicismo assestar os holofotes sobre aquilo que é especialmente precioso, mas muito relegado pelas autoridades em nossos dias, pela mídia e até mesmo pelo clero progressista.
Por que não acentuar que os Pais do Menino Jesus são de raça real? Por que não acentuar que Ele é Príncipe Real não só do Céu, mas também da Terra? Por que esta tão injusta e incompreensível sabotagem?
No cumprimento de nossa missão, e esclarecendo essas perguntas, oferecemos aos nossos leitores a matéria principal desta edição como tema de meditação para o Santo Natal que se aproxima.
Os trechos serão publicados amanhã neste site. Eles são de autoria de Papas e Santos, foram extraídos da obra Nobreza e Elites Tradicionais Análogas, a última que o Prof. Plinio escreveu, sobre a qual também tratamos na edição anterior a propósito do trigésimo ano de seu lançamento.
Da Redação de Catolicismo