Continuando a série de artigos sobre a conferência do Ministro Paulo Vannuchi sobre o PNDH 3, publicamos agora o primeiro vídeo da palestra.
Quando a oposição não passa de um aliado disfarçado
Em matéria de “direitos humanos” – que significa todo um plano de governo -, a oposição no Brasil entre Lula (PT) e FHC (PSDB) é apenas na velocidade de executar os mesmos objetivos.
Assim o prova o próprio Vannuchi no vídeo abaixo.
Os pontos a ressaltar neste vídeo são:
a) A confirmação da Revolução Francesa como parte do processo revolucionário;
b) O liberalismo como germe do marxismo. “A idéia de revolução nasce de uma idéia de liberdade”, disse Vannuchi;
c) As duas vias revolucionárias: Liberalismo e Igualitarismo. As dificuldades da Revolução em fraternizar esses dois conceitos; (Cfr. sobre o tema a matéria: Conexão entre Liberalismo e Igualitarismo na utopia marxista)
d) No Brasil, durante o regime militar, o papel do clero progressista na utilização dos “direitos humanos” como forma de proteção aos terroristas que tentavam fazer do Brasil uma sucursal da URSS;
e) Importância, para o governo Lula, dos avanços dos “direitos humanos” durante a presidência de FHC. (Sobre isso, cfr.: Direitos Humanos continuará governo FHC, diz secretário de Lula)
Você tem razão, Nilo.
O Vannuchi tenta dizer que é preciso reintegrar esse valor da “liberdade” total no projeto marxista de “igualdade” total — o que é impossível (haja vista Cuba, como vocè lembra muito apropriadamente).
Para mim, o que ele quer é uma utopia “autogestionária”, como aquela que é promovida por aquele pessoal maluco dos Foruns sociais, e que eles chamam de “democracia participativa”.
O pessoal anarquista tentou realizar essa utopia durante a Guerra Civil Espanhola, mas acabou dando numa ditadura pior do que a do Stalin sobre todo o povo russo: deu na ditadura do pequeno soviet sobre cada membro do pequeno grupo.
Acho que o Chávez anda querendo fazer isso com suas células bolivarianas.
Se entendi bem, Vannuchi é pela supreção da liberdade em favor da igualdade e por isso deblatera contra as violações dos “direitos humanos” na ditadura militar do Brasil, mas “esquece” de fazer qualquer referência às violações dos mesmos direitos em Cuba.