Tons de verde: a sustentabilidade da agricultura no Brasil — novo livro do chefe-geral da Embrapa Territorial, Evaristo de Miranda, com versão em português e inglês — teve seu pré-lançamento na Frente Parlamentar da Agropecuária, em Brasília. Além de deputados e senadores que compõem a bancada, prestigiou o evento o ministro Blairo Maggi, da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, que confirmou seu embasamento científico: “O Brasil tem a agricultura mais sustentável do mundo, se comparada com a produção que alcança”. E o autor acrescentou:“Em muitos pontos o nosso País é inigualável. O Brasil é‘verde’, produz com sustentabilidade. Qual a dificuldade de enxergar isso?”.
Ricamente ilustrado, o livro desenvolve em 10 capítulos:
- Áreas protegidas do Brasil;
- Áreas preservadas do Brasil;
- Proteção e preservação ambiental;
- Agroenergia renovável;
- Cultivar a terra sem arar;
- Intensificação tropical;
- Integrações agropecuárias e florestais;
- Industrialização do uso de agentes biológicos;
- Pecuária verde e reciclagem em larga escala;
- Diversidades e singularidades.
É difícil acreditar na sustentabilidade da agricultura brasileira. Porque inclui sempre novas áreas, por abandono donde já se praticou? Porque em casos que conheço até enormes estruturas de irrigação e máquinas agrícolas são abandonadas? Porque em falas e escritos do estrangeiro eu ouvi e li que o Brasil começou sua grande pecuária e sua grande agricultura há 50 ou 60 anos, e nesse período saltou de 30% para 50% do território a área em processo de desertificação? O próprio agronegócio, junto com autoridades federais já afirmou em escritos nesta página, que ainda temos 60% do território na condição original. Daqui mais 50 anos, alimentando o mundo, restará o que para nós? Para mim isto é insustentável.
Será que o livro ora apresentado vai refutar tais tonterias?