O quarto sábado de Janeiro é festa de Nossa Senhora das Águas em Mongmong, município de Guam. Tufões e secas são os maiores inimigos para quem vive numa pequena ilha do meio do Pacífico. Por isso, nada melhor que Nossa Senhora das Águas para proteger seus habitantes!
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Não existe dúvidas do quanto a devoção a Nossa Senhora está espalhada por todo o orbe terrestre. Tantos são os países e territórios do mundo, tantas são as formas de devoção a Santíssima Virgem!
Se um lugar como a Micronésia, lá no meio do Oceano Pacífico, já é tão desconhecido para nós brasileiros, quanto mais cada uma das ilhas independentes que a formam. A pequena Guam é uma das ilhas que fazem parte desse arquipélago. E, apesar da imensa distância, ela é um dos territórios “não incorporados” dos Estados Unidos. Por isso mesmo, o lema de Guam é “Where America’s Day Begins”, ‘Onde o dia da América Começa’.
Até 1898, Guam era pertencente a Espanha. A ilha foi um dos territórios que, junto com Filipinas e Porto Rico, os espanhóis perderam para os Estados Unidos na guerra Hispano-Americana. Mas, assim como todas as antigas colônias espanholas, Guam permanece em sua catolicidade e sua grande devoção a Nossa Senhora.
O santuário de ‘Nuestra Señora de Las Aguas’, em Guam, fica na aldeia de Mongmong. Um local tão pequeno, que precisa estar unido as aldeias de Toto e Maite para juntos formarem um só município. Existem várias teorias sobre como essas aldeias receberam seus nomes. Em sua língua originaria, o Chamorro, Mongmong descreve o som de um batimento cardíaco; Toto significa reclinar; e Maite significa cutucar outra pessoa.
Conta-se, na região, que a origem dessa invocação foi uma aparição de Nossa Senhora para alguns aldeões de Mongmong, durante um forte tufão que atingiu aquelas ilhas em 1850. O número de mortos na tragédia foi tão grande que causou uma epidemia, e consequentemente uma grande perda populacional. No entanto, a fazenda em que apareceu a Santíssima Virgem permaneceu completamente intacta.
O título ao qual essa imagem da Mãe de Deus foi reverenciada, é uma clara alusão do poder de Nossa Senhora sobre as águas; tanto no repelir aos temíveis tufões, quando ao trazer a necessária chuva durante as estações de seca. Antes da ocupação japonesa em 1941, a região era usada principalmente para a pequena agricultura e criação de animais, por isso, o santuário de Mongmong sempre teve grande procura pelos habitantes de Guam para combater as secas, especialmente na ocasião da festa de sua protetora.
Nossa Senhora das Águas, rogai por nós!
Ivan Rafael de Oliveira
Fontes de Pesquisa: https://www.guampedia.com/mongmong-toto-maite-mongmong-toto-maite/
