19 de Fevereiro é festa de Nossa Senhora das Dores de Campiveri em Cividate al Piano, na Itália. Durante dias, as imagens verteram um suor “brilhante como o orvalho”!
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Em 1630, um oratório foi construído em Campiveri, região rural de Cividate al Piano, próximo aos túmulos de algumas vítimas de uma praga. A edícula era justamente uma homenagem à tantos entes queridos que haviam perecido naqueles dias; e, conforme essa intenção, as imagens de Nossa Senhora das Dores, de São Roque e de São Sebastião foram pintadas em sua parede.
Esse oratório foi, durante séculos, um local para a piedade dos camponeses da região. Até que, em 19 de fevereiro de 1862, uma menina de 7 anos, Francesca Pagani, foi ao local para rezar por seu pai e sua irmã que estavam muito doentes.
Quando a pequena Francesca chegou no local, lá estavam dois homens desconhecidos, imponentes, vestidos de veludo preto, e que liam atentamente um livro em frente ao crucifixo. No entanto, ao ver a menina se aproximando, os homens se voltam para ela com um olhar de ternura. Ainda assim, Francesca fica constrangida pela presença dos desconhecidos, recita apenas algumas rápidas orações, e volta para casa para contar o fato à sua mãe, que, no entanto, não leva em consideração.
No dia seguinte, às três da tarde, a garota volta para rezar e observa que as imagens de Nossa Senhora e dos santos estão cobertas de um suor, “brilhante como o orvalho”. Surpreendida, ela vê dois homens que estavam de passagem, e os chama para ver o estranho fenômeno. Os dois homens, porém, após olharem, dizem que lhes parecia ser um mau sinal, e se retiram.
A menina permanece ainda algum tempo observando o acontecimento, até que vê passar uma conhecida, Maria Bertorelli-Cattaneo, e a chama para testemunhar o prodígio. Só assim a mãe foi convencida a vir até a capela para verificar o ocorrido.
O fato é repetido nos dias seguintes, sempre das 15h às 17h de forma inexplicável. A pedido do pároco, Dom Piero Conti, e do prefeito Luigi Marchesi, o engenheiro Enea Rubini procede uma investigação para examinar o teto e as paredes para descobrir se há alguma explicação natural para a presença desse misterioso suor.
Alguns anos depois, a edícula foi incorporada à um novo santuário, construído entre 1893 e 1894. A pintura de Nossa Senhora das Dores foi destacada, e colocada no altar principal do santuário. Os antigos documentos também mencionam muitas curas prodigiosas que foram regularmente registradas e mantidas nos arquivos.
Nossa Senhora das Dores de Campiveri, rogai por nós!
Ivan Rafael de Oliveira
Fontes de Pesquisa: https://immaculate.one/la-madonna-del-giorno-19-febbraio-1862-laddolorata-dei-campiveri-cividate-al-piano-bergamo-italia
https://biscobreak.altervista.org/2015/02/addolorata-dei-campiveri/