Na noite de terça-feira, 7 de julho, em sua casa de campo em Colognole, perto de Florença, faleceu o Marquês Luigi Coda Nunziante di San Ferdinando, presidente da Associação Famiglia Domani e protagonista incansável de numerosas batalhas em defesa da família e dos valores tradicionais.
Sobre o marquês Luigi Coda Nunziante
O Marquês Luigi Coda Nunziante nasceu em Nápoles, em 20 de setembro de 1930, de uma ilustre família que contava entre seus ancestrais Vito Nunziante, o qual, com o cardeal Ruffo, havia capitaneado a insurgência anti-jacobina de 1799. Outra figura proeminente da estirpe foi o Marquês Ferdinando Nunziante, deputado por quatro legislaturas e depois senador do Reino, que se distinguiu por suas atividades beneficentes no Sul da Itália, e sobretudo pelo auxílio prestado aos órfãos do terremoto de Messina.
Depois de haver frequentado a Academia de Livorno, Luigi Coda Nunziante foi admitido como oficial da Marinha militar italiana, alcançando o posto de capitão de fragata e realizado importantes missões como piloto militar em porta-aviões. Após deixar o serviço efetivo, dedicou-se com entusiasmo para servir o país na vida pública. Depois de uma breve experiência política nas fileiras do Movimento Sociale Italiano, ele compreendeu ser necessário uma reconstrução cultural e moral da sociedade fora dos partidos políticos.
Participou ativamente em todas as iniciativas do Centro Culturale e depois da Fondazione Lepanto. Em 1987 fundou e dirigiu a Associazione Famiglia Domani que se distinguiu por suas campanhas públicas em defesa dos valores da família. Juntamente com a princesa Elvina Pallavicini constituiu em 1997 a Associazione Noblesse et Tradition, composta por expoentes qualificados da aristocriacia internacional, desejosos de pôr em prática os ensinamentos contidos na obra “Nobreza e elites Tradicionais Análogas, nas Alocuções de Pio XII ao Patriciado e à Nobreza Romana”, de autoria do Prof. Plinio Corrêa de Oliveira.
Sua última intervenção pública teve lugar no dia 9 de março deste ano, no Palazzo Pallavicini, para comemorar o décimo aniversário do desaparecimento da princesa romana. Nesta ocasião, ele lembrou a imagem, usada pelo cardeal Stickler, dos “Triari”, os soldados mais experientes, mais corajosos e mais aguerridos que o exército romano alinhava na última fileira de batalha. Quando eram ultrapassadas a primeira e a segunda linha, a terceira ecoava o brado “res ad triarios veni.” (chegou a hora dos triários).
Era a última chance. E quase sempre os Triários conseguiam derrotar os atacantes e mudar completamente o rumo da batalha.
Os triários hoje são as elites tradicionais e as modernas elites espirituais análogas. E o Marquês Coda Nunziante fazia sua a prece do Cardeal Stickler ao Todo-Poderoso, para que “pela intercessão de Nossa Senhora de Lepanto e de Viena, estes novos triários, renovados, acrescidos da nobreza espiritual moderna, possam verdadeiramente virar a sorte desta luta, desta derrota que nos ameaça a todos, e que eles realmente possam conduzir a novas conquistas, a novos triunfos dos antigos e novos valores cristãos e humanos.”
Luigi Coda Nunziante pertencia a esta elite. Católico exemplar e perfeito gentil-homem, formado nos sentimentos de honra e apego aos valores patrióticos e religiosos que soube transmitir a seus familiares. Ele era casado com a condessa Gabriella Spalletti Trivelli com quem tem cinco filhos e quinze netos.
A Fondazione Lepanto e Corrispondenza Romana são próximas pelo afeto e pela oração de toda a família, em especial de Virginia Coda Nunziante, propulsora incansável da Marcha pela Vida e muitas outras iniciativas. Os funerais do Marquês Coda Nunziante foram realizados na sexta-feira, 10 de julho, 2015 às 10h30 na Igreja de Santi Michele e Gaetano, em Florença, de acordo com o antigo rito romano, ao qual ele sempre se manteve fiel.
Minhas sinceras condolências à família. Don Luigi foi homem excepcionalmente bom: verdadeiro cavaleiro cristão.
Genuflexo a rezar pela nobre alma do Sr. Marquês Coda Nunziante, suplicamos a Nossa Senhora que, do mais alto do Céu, lhe conceda
a garça suprema de continuar na mesma linha de ataque dos tiarios
e com o mesmo épico brado. ” res ad tiarios veni” Agora mais do que nunca, em defesa da Santa Igreja Católica, e dos que aqui nesta Terra, continuamos a luta pela Civilização Crista, tão do agrado de sua nobre pessoa.