Para quem é pai de família, não é novidade ouvir dizer que alunos foram agredidos por colegas da escola. A prática do “bullying” – expressão recente, ao menos para aqueles que estiveram, como eu, na escola nos meados da década de 90 – é rotina e até encarada com certa normalidade por alunos, professores e mesmo pelos próprios pais. A novidade agora é que os agressores foram punidos.
Na notícia da agência Estado intitulada “Escola expulsa 11 alunos por bullying em Votorantim-SP” (16 de maio de 2011), podemos ver mais um desses frequentes casos de agressões estudantis. O fato se deu na Escola Estadual Prof. Daniel Verano onde “os adolescentes, com idades entre 14 e 16 anos, são acusados de terem agredido e humilhado alunos da 6ª série do ensino fundamental, na faixa etária de 11 anos.”
Segundo a mesma notícia, depois que os pais dos alunos agredidos foram à escola protestar, “a direção da Escola […] decidiu punir com a expulsão 11 alunos acusados de prática de bullying”. A gravidade do ocorrido também influenciou a decisão da escola: “os acusados cercaram as crianças durante o recreio. Meninos e meninas foram agredidos a socos e pontapés. Um dos agressores chegou a empunhar uma faca. Uma professora que tentou intervir foi agredida com uma pedrada”, continua o artigo.
Em princípio, a punição dada aos agressores deve ser aplaudida, mas infelizmente isso não é bastante. Tomar atitudes apenas quando há casos graves não basta. É preciso ir à raiz do problema.
Por detrás do ocorrido há uma permissiva forma de pedagogia contemporânea que despreza os lados maus que qualquer criança, sem os devidos freios, é capaz de desenvolver. Tais freios se inculcam nos mais jovens a partir da educação familiar, com a prática da verdadeira religião e do bom exemplo dos pais. Mas é com tristeza que observamos que isso raramente acontece no mundo moderno.
E o pior é que hoje em dia qualquer forma de correção por parte dos educadores responsáveis é vista como humilhação e não pode ser mais feita.
Nem mesmo corrigir um aluno que fala errado na sala de aula o professor pode mais, assim acabamos criando jovens permissivos e sem limites
Na atual conjuntura punir APENAS é enxugar gelo em pleno verão. A verdade é, como ensinou Plinio Corrêa de Oliveira em seu ensaio Revolução e Contra Revulução, o mal que atinge o homem é de fundo metafísico e religioso. O homem elegeu seus valores fora da religião. Coloquemos Deus no centro e tudo se resolve.