O site do Vaticano – vaticannews, 29 de julho, estampa matéria sobre o dia da “Dívida Ecológica”.
Diz a notícia: “O conceito de dívida ecológica ressoa cada vez mais nos meios de comunicação que ecoam uma realidade concreta e alarmante: a crise ecológica sofrida pelo planeta Terra está aumentando à medida que estamos vivendo além de nossos meios”.
Afirmação de tanta gravidade vem embasada (apenas, ressaltamos) por “Global Footprint Network, uma organização internacional de sustentabilidade encarregada (por quem?) de calcular essa data e que foi pioneira na métrica Contabilidade de recursos conhecida como Pegada Ecológica”.
Permita o leitor observações do mais primário bom senso
— O que significa “dívida ecológica”? Se estamos nos endividando temos, portanto, acima do homem um ente superior chamado Ecologia que nos indica e cobra um procedimento?
— A Sagrada Escritura nos diz, pelo contrário, que Deus criou a Terra para o homem (e não, como afirma a ditadura ecológica): “sujeitai-a, e dominai sobre os peixes do mar e sobre as aves do céu, e sobre todos os animais, que se movem sobre a terra” (Gen. I, 28).
— Global Footprint Network, por mais respeitável que possa ser, é apenas uma organização entre milhares de outras com caráter científico. É de bom senso programar a vida de 7,7 bilhões de seres humanos baseados apenas em Global Footprint Network? Quem a constituiu Juiz sobre todas as Nações da Terra?
Uma ironia da História: na Festa de Santa Marta comemora-se o dia da “Dívida Ecológica”
Com toda propriedade observa o site infovaticana, 29 de julho, que no dia de Santa Marta, como estabelece o calendário litúrgico, o site do Vaticano comemora o “Dia da Dívida Ecológica”: “Valeria a pena recordar as palavras de Jesus Cristo no Evangelho precisamente dirigidas à Santa de hoje: “Marta, Marta, andas inquieta e preocupada com muitas coisas; só uma é necessária” (Lucas 10.41).
Inquieto e preocupado com as coisas excessivamente humanas (baseadas em pesquisas e estatísticas contestadas por órgãos internacionais de peso científico) o Vaticano se esquece do conselho do Divino Mestre: “Marta, Marta, andas inquieta e preocupada com muitas coisas; só uma é necessária”.
A Sé de Pedro tem o Poder das Chaves: pregar à Humanidade a Virtude da Sabedoria
Qual a virtude que ensina ao homem como cumprir o mandato divino: “sujeitai-a, e dominai sobre os peixes do mar e sobre as aves do céu, e sobre todos os animais, que se movem sobre a terra” (Gen. I, 28)?
Essa virtude se chama Sabedoria. Comenta o Prof. Plinio: “A virtude da sabedoria é aquela virtude que nos faz ver as coisas pelos seus aspectos mais elevados, e que por causa disso também nos faz ver as coisas numa maravilhosa unidade, a partir de uma maravilhosa unidade.
“Porque se o mundo é organizado em forma de pirâmide, quanto mais nós vamos analisando pelos seus aspectos elevados o universo, tanto mais as nossas considerações vão se ajuntando umas às outras, umas às outras, até atingir o ponto extremo que é a existência de Deus, Ser absoluto, infinito, perfeito, eterno, que jamais poderá sofrer nenhuma alteração, nenhum fim, que se basta perfeitamente a Si mesmo, e que é o Criador, o Modelo e o fim de todas as coisas.
“A consideração de todas as coisas enquanto representando a Deus, enquanto feitas para servirem a Deus, (aqui está a negação dessa falsa ecologia, materialista e panteísta) esta concepção das coisas onde elas são vistas pelo seu mais alto aspecto, quer dizer, pelo seu aspecto deiforme – porque o mais alto aspecto de qualquer coisa é o por onde essa coisa mais se parece com Deus Nosso Senhor, esta consideração faz com que a mente tenha uma unidade admirável, tenha uma coerência extraordinária, nada de contradição, nada de dilaceração, nada de hesitação, mas certeza, fé, convicção, coerência, firmeza desde os mais altos princípios até as menores coisas.
“Esta virtude da sabedoria é uma virtude que contém, portanto, todas as outras virtudes, e ela está posta no primeiro mandamento da Lei de Deus”. https://www.pliniocorreadeoliveira.info/DIS_SD_680821_Imaculado_Coracao_de_Maria.htm
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Ensina São Boaventura: “a Criação do mundo é como um livro no qual resplandece, manifesta-se e se lê a Trindade criadora em três graus de expressão, isto é, como vestígio, como imagem e como semelhança” (S. Boaventura, Breviloquium, 2-12).
Essa tese foi abordada em Post anterior https://ipco.org.br/sequoias-ecologia-e-os-evangelhos/#.XUD53OhKguU
Portanto, nossas obrigações e nossas contas são ajustadas com Deus; jamais devemos qualquer coisa à Ecologia.
Faça pois o Vaticano o uso do Poder das Chaves que lhe foi dado por Nosso Senhor Jesus Cristo: pregue a sabedoria que contém as virtudes cristãs e assim será renovada a face da Terra. Recorrer à ONGs e ONU seria abdicar do Poder que lhe foi confiado pelo Divino Salvador.