Intitulada “Via sacra”, uma breve notícia na coluna da Mônica Bérgamo (“Folha de S. Paulo”, 30-3-10) diz muito em poucas linhas. Mas suscita indagações. Em estilo “curto e grosso”, a renomada jornalista escreve:
“A ministra Dilma Rousseff, que já disse que ‘aborto é uma questão de saúde pública’ para defender a legalização, vai se encontrar com bispos católicos, depois da Páscoa, para discutir o tema. O vereador Gabriel Chalita (PSB-SP), que tenta se lançar ao Senado com apoio do PT, é um dos interlocutores da reunião. Os cardeais de São Paulo, dom Odilo Scherer, e do Rio, dom Orani Tempesta, estão entre os 50 clérigos convidados”.
Também procurando ser “curto e grosso”, comento: A ministra é favorável ao aborto. A Igreja Católica é categoricamente contrária ao aborto. O novo “Programa Nacional de Direitos Humanos” (PNDH-3), assinado por Dilma Roussef, defende a legalização do aborto “considerando a autonomia das mulheres para decidir sobre seus corpos”. Também julga a matança dos inocentes um “direito humano” e — exatamente como a ministra — “uma questão de saúde pública”.
A Igreja Católica sempre considera o aborto como uma evidente violação do 5º Mandamento da Lei de Deus (“Não Matarás”). De acordo com o Catecismo, o aborto é um pecado gravíssimo que brada aos Céus e clama a Deus por vingança. Portanto, o encontro “com bispos católicos” seria uma reunião entre quem defende a morte do nascituro no seio materno e aqueles que devem defender “o valor sagrado da vida humana desde o seu início até o seu termo” — conforme afirmou o Papa João Paulo II em sua encíclica Evangelium vitae (1995).
Ainda na mesma encíclica o Papa condena nos seguintes termos quem defende a “legalização do aborto”: “Nenhuma circunstância, nenhum fim, nenhuma lei no mundo poderá jamais tornar lícito um ato que é intrinsecamente ilícito, porque contrário à lei de Deus, inscrita no coração de cada homem, reconhecível pela própria razão e proclamada pela Igreja”.
Então, qual a razão de um encontro com uma Ministra que defende o aborto com pastores cuja missão natural é defender de todos os modos e sem exceção a vida humana inocente?
Entre várias suposições possíveis de se fazer, trago à baila duas. Imaginem que ambos os lados adotem a política do “ceder para não perder” — o governo se comprometeria a fazer alguns recuos, enquanto os pastores se comprometeriam a não atacar por inteiro o aborto.
Ou um outro acordo: a ministra cederia na questão do aborto, retirando-o do PNDH-3, em troca de os pastores não atacarem as outras inúmeras aberrações contidas no Programa. Por exemplo, a sovietização de nossos campos através de uma Reforma Agrária (e Urbana) radical, bafejada por órgãos da CNBB a reboque dos quais atua o MST.
Terá esse encontro o desfecho merecedor da reprovação feita por Churchill à política entreguista de Chamberlain em relação aos nazistas: “Tínheis a escolher entre a vergonha e a guerra: escolhestes a vergonha e tereis a guerra”? Quem viver, verá!
Rezemos para que o esdrúxulo encontro não traga como resultado uma vergonhosa derrota dos defensores naturais da ortodoxia e da moral, por terem preferido ceder em vez de lutar. E seja, pelo contrário, o de lutar para vencer.
_________
Autor: Paulo Roberto Campos
E-mail: prccampos@terra.com.br
Um programa de governo não pode ser ideológico, mas sim programático. Mas o pior, é que tal programa adota a pior das ideologias. Aquelas apegadas a questões negativas para a sociedade, contrárias à ordem natural e que arruinaram tantas nações. Um exemplo recente? Venezuela. Os ministros que assinaram O Programa de Direitos Humanos deveriam sentir vergonha e retirarem suas assinaturas, pois alguns disseram que assinaram sem ler. Lula foi um deles que disse ter assinado sem ler.
E a população deveria manifestar em massa o desgosto. Por isso parabenizo essa iniciativa que facilita muito para que as pessoas possam se manifestar. Meu horror o manifesto especialmente à ministra, ex-chefe da Casa Civil, por ser uma das principais protagonistas desse vergonhoso programa. Este fala em nome dos direitos humanos, mas muito contrário à dignidade humana.
Meu palpite é que os 50 clérigos, convidados para o encontro com Dilma, escolherão o acordo da vergonha. Ela certamente fará uma promessa (nada santa) de retirar a questão do aborto (que fica para o congresso aprovar) e os clérigos prometem fechar os olhos para as demais aberrações do Programa. Traduzindo: Ela lavaria as mãos do sangue do aborto e eles fechariam os olhos para as aberrações, como união homossexual, adoção de crianças por homossexuais, reforma agrária, educação sexual, censura da imprensa, perseguição aos militares etc. Espero que eu esteja errada, mas, conhecendo um pouco dessas negociações, meu palpite é esse: Os dois lados certamente sairão do encontro com as mentes mais sujas do que quando entraram.
MUITO ESDRUXULO MESMO ESTE ENCONTRO. SERA QUE A EX-MINISTRA, CANDIDATA SUCESSORA DE LULA, MARCOU ESSE ENCONTRO PARA PEDIR A BENCAO PARA OS DESATINOS QUE PRETENDE IMPLANTAR NO BRASI? SO ESPERO QUE OS BISPOS NAO COCHILEM NO ENCONTRO E ACABEM POR ABENCOA-LOS!!!