O Estado brasileiro cada vez mais se arroga poderes de “resolve-tudo” em matéria social. A consequência evidentemente só pode ser o desastre.
Basta ver o fracasso dos assentamentos de Reforma Agrária por todo o Brasil. Os assentados ou passam adiante os lotes por qualquer preço — pois para eles tudo é lucro — ou acabam vegetando na miséria.
A partir do momento em que o Estado se apresenta diante do povo como uma grande mamadeira, a ele acorrem pressurosos não só os necessitados, mas os incontáveis oportunistas, adotando para si qualquer rótulo que convenha: sem-terra, sem-teto, carente, excluído etc.
E como a mamadeira evidentemente não chega para a multidão dos candidatos, o resultado é que todos reclamam e ninguém recebe o suficiente.
Enquanto isso, para atender o número crescente dos que se dizem carentes, o Estado é obrigado a sugar cada vez mais os contribuintes, que vão eles próprios engrossando as fileiras dos carentes.
Essa mentalidade socialista que tomou conta de grande parte de nossos dirigentes, faz do Estado um ente quase divino, que tem obrigação de prover a todas as necessidades. De fato, leva pobres e ricos ao fundo do poço.
Algum tempo atrás o economista Luis Paulo Rosenberg escreveu interessante artigo na Folha de S. Paulo em que diz: “ninguém melhor do que o próprio trabalhador sabe onde lhe doem os calos”, por isso é absurdo “substituir o discernimento dele pelo paternalismo estatal.”
A política de sugar exageradamente os ricos para praticar assistência social, a pretexto de distribuição de renda, é grandemente prejudicial não só aos que são sugados mas a todo o corpo social, incluídos os mais necessitados.
Para os pobres, o incentivo ao trabalho e uma política salarial bem conduzida é muito mais eficiente do que dar-lhes terras, casas ou bolsas. Se eles tiverem um salário digno, saberão administrar seus bens e comprar as terras ou casas que lhes convenham. Sem precisar do Estado “resolve-tudo”.
Como faze entender essa massa de beneficiários do bolsa-família que deveriam receber condições para serem aproveitados em trabalho dignos e não ficar esperando o valor, concedido a fundo de dignidade perdida?
Peter,
Lastimável seu “senso de liberdade de expressão da verdade”. A boca fala do que o coração está cheio.
André,
Igreja não tem política trabalhista nenhuma, aliás, o que ela sabe fazer é pedir muito e dar nada…..Mas, respondendo, sou da receita simples de ensinar a pescar e jamais dar o peixe, sob hipótese alguma.
André,
Prezado André
O seguinte trecho da Encíclica Rerum Novarum, do Papa Leão XIII, talvez ajude a responder sua pergunta:
“O operário que receber um salário suficiente para ocorrer com desafogo às suas necessidades e às da sua família, se for prudente, seguirá o conselho que parece dar-lhe a própria natureza: aplicar-se-á a ser parcimonioso e agirá de forma que, com prudentes economias, vá juntando um pequeno pecúlio, que lhe permita chegar um dia a adquirir um modesto patrimônio. Já vimos que a presente questão não podia receber solução verdadeiramente eficaz, se se não começasse por estabelecer como princípio fundamental a inviolabilidade da propriedade particular. Importa, pois, que as leis favoreçam o espírito de propriedade, o reanimem e desenvolvam, tanto quanto possível, entre as massas populares”.
Corrupção,corruptos,corruptores devem ser colocados frente a frente com Código Penal e com o agravante de que são atentados diretos à segurança Nacional e à própria vida dos cidadãos que integram a Nação !!
Se alguém puder responder eu agradeço. Como seria um política salarial/trabalhista de acordo com a doutrina da Igreja? Que fosse realmente justa tanto para com o empregado e com o patrão?