O lado “esquecido” do tráfico de escravos e o quid da raça negra

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Jorge Saidl, Alemanha

Tráfico de escravos: responsabilidade de quem?

A propósito do tema “racismo”, amplamente tratado ultimamente pela imprensa,  a revista italiana “Il Timone” na sua edição online publica em 3 de agosto declarações do Prof. Abiola Félix Iroko professor do Departamento de História e Arqueologia da Universidade de Abomey-Calavi (Benin), em entrevista a uma emissora de TV de seu país em que este procura equilibrar posições de acordo com a realidade histórica.

Uma questão de corresponsabilidade dos senhores africanos

Comenta o catedrático que quando se fala em tráfico de escravos, as pessoas culpam apenas os brancos sem levar em conta o fato de que, se os brancos eram os compradores, os africanos eram os vendedores.

“A maioria dos escravos era comprada em Ouidah (o antigo porto de escravos do Benin).Era o “yovogan”, o representante do rei, que vinha no dia anterior para pedir aos cidadãos que viessem vender os escravos que tinham.

“Os próprios reis vendiam escravos. O rei Adandozan vendeu a mãe de seu irmão de sangue (príncipe Gakpe).

“Quando o comércio de escravos foi abolido, os africanos foram contra a abolição. Na época, o rei Kosoko de Lagos (Nigéria) era contra a abolição. Um rei de Daomé, também foi contra a abolição. O tráfico de escravos que durou 4 séculos é um fenômeno infeliz e duradouro que deve ser classificado entre os crimes contra a humanidade pelos quais os africanos são parcialmente responsáveis. É uma questão de corresponsabilidade. Não é apenas o comprador que deve ser condenado, o vendedor também deve ser condenado, porque o vendedor tinha laços de afinidade e parentesco com quem era vendido”, esclareceu o professor.

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O charme único da raça negra dá inveja … a muitos povos brancos

Se os compradores brancos da era colonial não entenderam a raça negra aproveitamos a ocasião para ressaltar: Black Lives Matter não representa a raça negra. Nem sequer a compreende. Qual o “quid” da raça negra?

Comenta o Prof. Plinio:

“Não posso me esquecer também de certa noite que tive de passar no continente africano, em Dakar, capital do Senegal, numa de minhas viagens à Europa, devido à escala do avião. Minha grande recompensa foi ver os negros.

“Fui visitar um parque, juntamente com companheiros de viagem. De repente, notei um certo movimento e percebi que era uma celebridade que estava chegando. Realmente, cercada de um grupo de outros negros, seus conterrâneos, vinha uma mocinha, de uns 18 a 20 anos, na flor de sua juventude portanto, preta como ébano. Podia ser filha ou sobrinha do Bem-aventurado Pierre Toussaint

“Estava vestida de tal modo que, creio, nunca me esquecerei em minha vida…

“Isto posto, o que concluir sobre a raça negra? Ela manifesta, em certas circunstâncias e ocasiões, uma capacidade de expressão, que não é tanto a da palavra, mas sim do porte, do movimento, do gesto, do riso e da compenetração, que lhe dá um poder que é de causar inveja – não querendo ofender ninguém – a muitos povos brancos. Eu seria tentado a dizer que a todos. Excetuo, entretanto, todo mundo que queira se excetuar…”  https://www.pliniocorreadeoliveira.info/DIS_SD_910531_encantos_raca_negra.htm

Fonte: http://www.iltimone.org/news-timone/tratta-degli-schiavi-anche-gli-africani-avuto-responsabilita/

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