O LEÃO E A LEGITIMIDADE

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Ele tem o direito de ser rei, ele manda, tem a garra do rei, o colorido próprio das coisas régias, que é o áureo

Plinio Corrêa de Oliveira

Escolhi o leão como símbolo da TFP* porque ele sempre me lembrou de um princípio do qual sou muito cioso e faço muita questão de mantê-lo em todos os assuntos: o princípio da legitimidade. Que o poder, a influência, a sabedoria, a glória, estejam em mãos de quem de direito, esse seria um modo muito resumido de definir o princípio da legitimidade.

É evidente que o leão é entre os animais o que a rosa é entre as flores. A rosa é naturalmente rainha. Coloque-se uma rosa verdadeiramente bonita no meio de qualquer outra espécie de flores, inclusive entre as nossas orquídeas tantas vezes lindas, e a rosa supera.

Coloque-se um leão entre todos os outros animais, estes se eclipsam. O elefante é maior, mas que massa bruta! O camelo anda muito, mas não tem a marcha garbosa. O leão marcha garbosamente e salta, [enquanto] o camelo anda.

Observem a raposa. Ela é esperta, mas frágil; quando a esperteza não lhe traz resultado, ela está perdida. Tomem todos os outros animais, eles têm alguma qualidade eminente, mas não têm aquele conjunto de qualidades pelo qual o leão é o leão.

O leão é o rei. Ele tem o direito de ser rei, ele manda, tem a garra do rei, o colorido próprio das coisas régias, que é o áureo.

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* O leão heráldico é o símbolo da TFP — Sociedade Brasileira de Defesa da Tradição, Família e Propriedade — fundada pelo Prof. Plinio em 1960.

Excertos da conferência proferida por Plinio Corrêa de Oliveira em 7 de fevereiro de 1987. Esta transcrição não passou pela revisão do autor.

Fonte: Revista Catolicismo, Nº 848, Agosto/2021.

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