Nas profundezas da selva do Cambodge surge uma vasta cidade religiosa de vistosa concepção arquitetônica, recoberta de baixos-relevos e estátuas de tipo iniciático, em geral lascivas ou monstruosas, fazendo alusão a divindades infernais.
Trata-se de Angkor Wat, ou Cidade do Templo, construída pelo rei Suryavarman II no início do século XII. A cidade incluía o templo central e a capital do Estado, tendo-se tornado o centro político e religioso do império khmer, ou cambodgeano.
O centro dessa cidade de 200 hectares era rodeado por um muro e um lago perimetral de 3,6 km de comprimento por 200 metros de largura.
O templo central consta de três recintos retangulares concêntricos de altura crescente, em cujo interior erguem-se cinco torres em forma de flor de loto. A torre principal atinge uma altura de 42 metros acima do santuário, e 65 metros do nível do solo.
É considerado a maior estrutura religiosa construída pelos homens, como noticiou o jornal La Nación de Buenos Aires.
Estima-se que no centro habitavam por volta de 20 mil pessoas. Porém, contabilizando-se os bairros periféricos, a cidade pode ter chegado a ter um milhão de habitantes.
O templo e outros prédios religiosos a ele integrados estiveram consagrados a deidades pagãs que mudaram com o tempo. As esculturas remanescentes representam perversos deuses indianos.
A existência da cidade foi relatada pelo frade capuchinho português António da Madalena, que a redescobriu em 1586, já abandonada. Em 1589, ele relatou suas impressões ao historiador Diogo do Couto, antes de morrer num naufrágio ao largo de Natal (atual África do Sul).
O missionário narrou, segundo o historiador, que Angkor Wat é “uma construção de tal modo extraordinária, que não é possível descrevê-la por escrito; é especialmente diferente de qualquer outro edifício do mundo. Possui torres, decoração, e todos os refinamentos que o gênio humano pode conceber” (Cfr. verbete Angkor Wat)
Séculos depois, numa viagem que durou de 1858 a 1861, o explorador francês Henri Mouhot voltou a visitar aquela cidade, que se diria amaldiçoada.
Mouhot escreveu um inflamado relato impregnado de romantismo, que empolgou os leitores europeus e ateou neles o desejo de visitá-la e restaurá-la. Atualmente, por volta de dois milhões de turistas a visitam todos os anos.
Mas, antes do interesse europeu, Angkor Wat dormia, invadida pela selva, vazia de população, povoada de estranhas figuras, habitada por alguns monges de religiões mortas, e conhecida apenas por aldeões locais.
O singular é que a cidade não foi abandonada por causas conhecidas. E não é o único caso no mundo. O mesmo aconteceu, por exemplo, com as famosas cidades maias da América Central e com o Machu Pichu, a “cidade perdida dos Incas”, no Peru.
A arqueologia conhece muitas cidades, algumas delas grandiosas, que desapareceram em virtude de tragédias naturais. Foi o que se deu com Alexandria, no Egito, e o porto de Cesareia, em Israel, devorados por deslizamentos de terra. Seus restos encontram-se hoje sob as águas do Mediterrâneo.
Podem-se se citar também outros casos famosos, como o de Pompeia, destruída pelo vulcão Vesúvio, perto de Nápoles.
Outras grandes cidades desapareceram em consequência de guerras, invasões e violências, ou de imperícias de origem humana, só restando as ruínas.
Porém, o caso de Angkor Wat se insere numa outra categoria. E esta é muito misteriosa: a das grandes cidades abandonadas sem que se conheçam as causas.
Cidades que foram encontradas inabitadas, com templos, palácios, ruas, etc. essencialmente conservados, testemunhando que toda uma população que estava lá sumiu, deixando tudo intacto para trás. Por que todos fugiram não se sabe. Ninguém nem nada as destruiu, e prédios valiosíssimos se tornaram moradia de animais e insetos.
Que espécies de fenômenos podem ter provocado desconjuntamentos desses? É muito misterioso para a ciência, mas aconteceram.
O interesse por Angkor atraiu gerações de arqueólogos que fizeram grandes achados, embora ainda fiquem muitas coisas por esclarecer.
Em 2013, uma equipe internacional de arqueólogos deu a conhecer uma série de novas descobertas na enigmática Angkor, oculta com seus diabólicos ídolos nas profundezas da mata cambodgeana.
Dirigida pelo Dr. Damian Evans, da Universidade de Sidney, Austrália, a equipe visou fazer um mapa sem precedentes de uma área de 370 quilômetros quadrados em volta de Angkor. O trabalho tentava responder à incógnita: o que houve lá e o que poderia ter acontecido.
A tarefa não foi nada fácil, por causa da densidade da mata e da presença de minas, instaladas no tempo da guerra de invasão comunista do Cambodge na segunda metade do século XX.
Os cientistas empregaram uma sofisticada tecnologia de teledetectação, que está elevando a arqueologia a um novo patamar, especialmente em locais difíceis como os trópicos.
Montados sobre um helicóptero, os equipamentos disparavam um milhão de raios laser a cada quatro segundos. Esses raios atravessavam a cobertura vegetal sem danificá-la, e registravam as mais diminutas variações na superfície do solo.
Segundo a BBC, os resultados foram surpreendentes.
Entre o emaranhado de raízes e cipós, foi possível visualizar nas telas paisagens urbanas jamais vistas por olhos humanos. Apareceram templos, estradas e requintados aquedutos que se espalhavam na área estudada.
“Subitamente, apareceu diante nós, de modo claro, uma cidade antiga”, explicou o professor Evans à BBC.
E uma cidade que, em seu apogeu, foi uma metrópole de mil quilômetros quadrados.
O estudo com raios laser revelou uma estrutura fantasmagórica de templos desconhecidos, uma elaborada e completamente inesperada rede de avenidas cerimoniais, barragens e lagos artificiais.
Em suma, uma cidade completa e perdida.
A engenharia hidráulica, empregada em grande escala, armazenava grandes volumes de água durante os monções, e os distribuía por meio de uma complexa e enorme rede de canais e açudes.
Essa infraestrutura permitiu um colossal enriquecimento que, por sua vez, financiou a construção do maior conglomerado de templos do mundo.
Só no templo de Preah Khan, construído em 1191, foram aplicadas 60 toneladas de ouro. Seu valor hoje seria por volta de US$ 3 bilhões.
Enormemente rica, a cidade parece ter entrado em certo momento num grande caos, favorecido talvez pela imoralidade e pela perversidade dos deuses e de seus cultos.
A infraestrutura hidráulica pode ter-se deteriorado no relaxamento geral. Angkor, então, teria entrado numa espiral de deterioração, da qual nunca saiu. Tornou-se a cidade do caos, tendo sido abandonada íntegra no século XV.
Os reis foram para Phnom Penh, perto da costa, atual capital do Cambodge, mas que era então uma cidade de nível muito inferior.
As casas comuns de Angkor eram de madeira e apodreceram. Mas os templos de pedra, que exigiram uma sabedoria arquitetônica extraordinária, artes e técnicas muito desenvolvidas, ficaram povoados pelos seres da selva.
Até hoje não se entende direito o que provocou uma mudança tão brusca e uma deserção populacional como que súbita.
Grandes cidades passaram por enormes decadências. Foi o caso da Roma imperial que, além de ser o centro do mundo civilizado, durante séculos albergou uma população de vários milhões de habitantes.
As sucessivas invasões bárbaras, com depredações e incêndios que fizeram Santo Agostinho pensar no fim do mundo, além da mudança da capital do império para o norte da Itália e Constantinopla, estimularam sua imensa decadência material.
Calcula-se que a população de Roma durante a Idade Média atingia a exígua cifra de 60 mil habitantes.
Porém, Roma, sob o cetro abençoado dos Papas, foi reerguida ao patamar de uma das máximas capitais culturais do mundo. Sem falar do supremo governo dos Papas sobre mais de um bilhão de católicos da Terra.
A Roma católica venceu todas as decadências e brilha como um farol que ilumina a humanidade.
Quiçá no contraste com Roma esteja a resposta ao mistério das cidades abandonadas. Estas foram construídas com fabulosos recursos humanos, mas por homens entregues aos vícios e às crenças perversas do paganismo.
Esses homens envaidecidos acabaram sucumbindo um dia sob o peso dos vícios e da idolatria. Olharam então para o fruto de suas mãos pecaminosas e sentiram o horror que se diz que certas pessoas culposas sentem por seu crime ou pelo local onde o praticaram.
E fogem sem rumo, sem sequer pensar no que abandonaram, em direção ao nada, como Caim após o assassinato de Abel.
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Martin Luther King, 1929-1968
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