Em nome da liberdade artística e da tolerância: ódio, perseguição e blasfêmia. Aonde tudo isto nos levará?
Nunca se ouviu falar tanto de liberdade de expressão e tolerância como no nosso tempo, e em contrapartida estamos no século que mais cerceou a liberdade: a liberdade religiosa, a simples liberdade de falar a verdade e defender a moral e os bons costumes, valores da Civilização Cristã.
Aplica-se hoje a intolerância, prendendo e estigmatizando pais e religiosos por falarem e terem postura contrária à Ideologia de Gênero, à legalização das drogas, à proliferação do amor livre, às doutrinas do comunismo e do socialismo, à velada ditadura de governantes a propósito do vírus chinês.
Mas, parece que isso não lhes basta. Temos presenciado um crescente lodaçal de blasfêmias de toda ordem – melhor dizendo de toda desordem, levando as pessoas – os verdadeiros homens de boa vontade – a tomarem uma atitude diante de tudo isto, deixando de lado o relativismo ou o mero pacifismo estático e mórbido que permeia os bons, e até os tementes a Deus.
A verdade é que, em nome desses conceitos deturpados de liberdade e tolerância, está se armando uma verdadeira perseguição àqueles que se opõem às aberrações morais dos nossos dias. E quem mais representa estes Valores é a própria Pessoa de Nosso Senhor Jesus Cristo, e é por isto que tantos O odeiam.
Temos a Netflix, que passa a ter uma atitude de lavar as mãos, por não ser mais neste ano a promotora, junto com o Porta dos Fundos, do Natal da Blasfêmia. E nem por isto ela não se torna inimputável aos olhos dos homens e de Deus. Ambos vídeos seus, o de 2018 e de 2019 ainda estão no ar e nenhuma retratação fizeram e tristemente não hão de fazer. Mas a rejeição mundial, fez a Netflix sentir, ao ponto de repensar em não mais disseminar este ano o Natal da Blasfêmia. Haja visto a campanha que o Instituto Plínio Corrêa de Oliveira fez contra esta blasfêmia obtendo a adesão de cerca de 50 mil aderentes em 2019. (Clique aqui).
Restou aos promotores de blasfêmia fazer propaganda em suas plataformas ou em outdoor, seja num matagal em Atibaia-SP (Foto) ou em terrenos baldios. Seus seguidores disseram que contribuiriam sem problema para vaquinha solidária, para melhorar a divulgação. Mas o orgulho, sempre atrapalha!
Agora, mesmo sem apoio de uma plataforma de streaming, o Porta dos Fundos lançará no dia 10 de dezembro – apenas no Youtube– seu sétimo escárnio da Fé da maioria dos brasileiros no seu “Especial de Natal”, mesmo tendo uma enorme repulsa da opinião pública.
Ainda mais, a blasfêmia parece não ter limites: o ódio do produtor, Fabio Porchat, do ‘Teocracia em vertigem’, chega a ser estonteante a sua leviana justificativa: “atuamos para defender o sagrado do humor (sic)”.¹
“Não vos enganeis: de Deus não se zomba. O que o homem semeia, isso mesmo colherá” (Gálatas. 6, 7).
Enganam-se os blasfemadores, voltem atrás, e retomem o caminho do bem. Quem semeia zombaria e blasfêmia colherá o quê? Por isso ensinou Nosso Senhor: é estreita a Porta que conduz ao Céu. Pelo contrário, o Inferno só tem uma Porta, é a da Entrada, e ainda é para toda a eternidade onde com certeza os que morrem em estado de pecado mortal terão muito tempo para confraternizar-se com este tipo de “sagrado do humor (sic)”. Lá haverá choro e ranger de dentes, diz a Escritura Sagrada … aliás, sem saída pelo fundo.
Ateísmo militante raivoso
Diante da polêmica suscitada por insinuar indecências a respeito da vereadora Indiara Barbosa – recém eleita e a mais votada em Curitiba – em uma de suas esquetes, parece ter dado um tiro no próprio pé.
Para não descolar das pautas revolucionárias, como feminicídio, machismo, misoginismo e outros tantos “ismos”, tiveram que recuar, tirando o vídeo do ar e dando uma desculpa esfarrapada, que os justificavam mais para os adeptos das pautas revolucionárias do que para a própria vereadora ofendida.
O Fundo de Hipocrisia parece ter nome, pelo seu ateísmo militante raivoso.
Da Indignação à Ação
Convidamos a todos a rezarem um Terço de Reparação a este Natal de Blasfêmia e todos os outros que seguem o mesmo caminho!
Participe da Cruzada do Terço, no dia 12 de dezembro, sábado, em frente à Igreja São Luís Gonzaga, na Avenida Paulista às 11hs ou, ainda, organize um Terço público em sua cidade.
Faça parte desta Cruzada(clique).
Vamos pedir a Deus que acabe com este lodaçal de blasfêmia e perdão pela indiferença daqueles que deviam se levantar em defesa dEle. E que não permita que se concretize a Não comemoração do Natal em Família e nas Igrejas, perpetrada pelo cerceadores de Liberdade, nesta pandemia.
Para isto, o Instituto Plínio Corrêa de Oliveira está incentivando e promovendo terços públicos em Reparação às ofensas feitas ao Sagrado Coração de Jesus e ao Imaculado Coração de Maria, e em defesa dos nossos Valores Morais e Religiosos.
Considerações sobre “liberdade de expressão”, “liberdade artística” e “Estado laico”.
É de grande importância, portanto, esclarecer esses conceitos, para nossa formação e para refutar os inimigos da Fé.
1 – A verdadeira liberdade de expressão jamais pode ser interpretada como a liberdade de investir contra os princípios religiosos católicos, contra o Ensinamento perene da Santa Igreja. A Lei Natural, a Moral, a Revelação estão em consonância com a própria natureza humana.
Por exemplo, os Mandamentos dão o alicerce da família e da propriedade.
Bento XVI, em sua viagem a Chipre em junho de 2010, afirmou que é necessário “promover a verdade moral na vida pública, o que exige um esforço constante para estabelecer leis positivas sobre princípios éticos da lei natural. Indivíduos, comunidade e Estados, sem a orientação de verdades morais objetivas, tornar-se-iam egoístas e sem escrúpulos, e o mundo seria um lugar perigoso para se viver”¹.
2 – Em uma sociedade sadia, a verdadeira liberdade de expressão e pensamento não consiste, não pode consistir em negar os princípios do direito natural.
Nessa mesma ordem de ideias, o líder católico Plinio Corrêa de Oliveira sustentava, em artigo para o “Legionário” que, “assim como a verdadeira liberdade de expressão e pensamento jamais justificaria que um bando de malfeitores fundasse escolas, abrisse universidades, lançasse jornais, e publicasse livros para sustentar que a água não se compõe de hidrogênio e oxigênio, mas é mero produto dos raios lunares, assim também a verdadeira liberdade de expressão e pensamento não consiste, não pode consistir em negar os princípios do direito natural, nem a admirável perfeição que lhes deu, elevando-os e completando-os a Revelação cristã. Para católicos, este conceito restritivo da liberdade é indiscutível e consta dos ensinamentos dos Pontífices de que ninguém pode licitamente discordar.” ²
3 – O Brasil é um Estado laico, mas isto não quer dizer um Estado anticatólico
Em recente julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF), o Ministro Ricardo Lewandowski, ao defender o ensino religioso nas escolas públicas, lembrou que: “a laicidade não implica no descaso estatal com as religiões, mas sim na consideração com as diferenças, de maneira à Constituição prever a colaboração do interesse público e as crenças”.3
Já o magistério da Igreja também é claro no tema. O Papa Pio XI, na Encíclica “Quas Prima”, afirma: “Cristo é o dispensador da prosperidade e da verdadeira felicidade aos indivíduos e aos Estados”… “Não neguem, pois, os Governantes dos Estados o devido culto de veneração e obediência ao poder de Cristo, tanto pessoal como publicamente, se querem conservar incólume sua autoridade, e manter a grandeza da pátria…”.
4 – Nosso Senhor Jesus Cristo é o Homem-Deus. Não há homem na Terra que não tenha direito a ter sua honra preservada. Fala-se muito hoje em direitos humanos, mas querem negá-los ao Homem-Deus.
Nunca se falou tanto em direitos humanos. Porém, nunca se negou tanto esse direito Àquele que foi chamado, pelas Escrituras, de Filho do Homem. Nosso Senhor Jesus Cristo também é uma figura histórica. Enquanto tal, também por isso Ele deve ter a sua imagem preservada, a sua honra e a sua dignidade defendidas!
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Não seja a nossa indiferença ante as blasfêmias um estímulo para os produtores e divulgadores das ofensas à Nosso Senhor Jesus Cristo, à Nossa Senhora e à doutrina da Santa Igreja.
Está em nosso direito, faz parte de nossa honra de católicos nos levantarmos em defesa da Fé injustamente vilipendiada em nome de uma falsa, errônea e infame liberdade de expressão.
O maior dos direitos concedido à pessoa humana é o de conhecer e praticar a Verdadeira Religião. Estamos num País de maioria católica.
Não há o direito de ofender a Deus. Católicos! Levantemos o nosso brado, vamos aos terços públicos e façamos ouvir nossa voz nas ruas, nas redes sociais.
Fonte:
Foto do outdoor em Atibaia-SP: https://twitter.com/antoniotabet/status/1332379927367311361/photo/1
Notas:
¹ Viagem Apostólica do Papa Bento XVI a Chipre – Discurso às Autoridades Civis e ao Corpo Diplomático (4-6 DE JUNHO DE 2010) http://w2.vatican.va/content/benedict-xvi/pt/speeches/2010/june/documents/hf_ben-xvi_spe_20100605_autorita-civili.html
² Plinio Corrêa de Oliveira – Legionário, N.º 589, 21 de novembro de 1943 http://www.pliniocorreadeoliveira.info/LEG7%20431121_conceitoLiberdadedeexpressao.htm
3 CONJUR – 21 de setembro de 2017. “Placar no STF vira e 5 ministros votam a favor de ensino religioso em escola pública”. http://www.conjur.com.br/2017-set-21/placar-stf-vira-ministros-votam-favor-ensino-religioso