O neopaganismo ecológico e os animais de estimação

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Criança é proibida de brincar em parque por “perturbar” o cachorro

Corrispondenza Romana / Adaptação: Equipe Christo Nihil Praeponere

O escritor inglês G.K. Chesterton costumava dizer que “quando os homens deixam de acreditar em Deus, não significa que eles passam a acreditar em nada; eles passam a acreditar em qualquer coisa”.

Uma notícia absurda sobre a cidade italiana de Veneza confirma o pensamento do escritor. Segundo os jornais locais, crianças de 2 à 8 anos teriam sido proibidas de brincar num parque da região de Villa Groggia, após uma madame ter reclamado às autoridades que o seu cão estava sendo perturbado.

O caso, apesar da singularidade, demonstra a situação grave na qual se encontra não somente a Europa, mas praticamente todo o Ocidente. Enquanto o número de animais domésticos cresce, a curva da taxa de natalidade cai vertiginosamente.

Neste quadro de ofuscamento da razão e do bom senso se insere o episódio de Veneza que, mesmo sendo excepcional, pode vir a se tornar rotina futuramente: se animais têm os mesmos direitos que o ser humano é lógico supor que em breve poderá se verificar situações em que as exigências de um entrarão em conflito com as necessidades do outro.

Já o então Cardeal Jorge Bergoglio denunciava essa forma de pensamento. Para o futuro Papa Francisco, estava claro que se tratava de um neopaganismo.

Em uma entrevista ao canal americano EWTN, o Santo Padre citava uma pesquisa a respeito de gastos supérfluos da sociedade e, em primeiro lugar, estava nada menos que o gasto com “mascotes”. Segundo Francisco, esse tipo de comportamento, que se baseia na compra de afeto, é uma idolatria e caricatura do amor.

O Catecismo da Igreja Católica ensina que os animais e os recursos da criação estão naturalmente ordenados para o bem comum da humanidade.

Apesar de lembrar ser “contrário à dignidade humana fazer os animais sofrerem inutilmente e desperdiçar suas vidas”, o Catecismo também alerta para o perigo de se “gastar com eles o que deveria prioritariamente aliviar a miséria dos homens”. Segundo a doutrina católica, “pode-se amar os animais, porém não se deve orientar para eles o afeto devido exclusivamente às pessoas”, (Cf. CIC. 2418).

Quando a capa de uma revista de grande circulação nacional diz que as mulheres alegremente não almejam mais a maternidade é sinal de que algo muito ruim se passa na cultura do país.

Ao mesmo tempo em que se tramitam leis ambientalistas no Congresso, como por exemplo, as que punem por crime inafiançável a quem quebrar um ovo de tartaruga, professores, jornalistas e artistas advogam o aborto por considerar o nascituro apenas um “amontoado de células”. Esta é a consequência de se construir um mundo sem Deus: ele (o mundo) sempre acaba se voltando contra o homem.

Fonte: Padre Paulo Ricardo.org

13 COMENTÁRIOS

  1. Willian,

    Não. Isso é uma heresia!

    É um absurdo. Meu filho gosta de torturar animais (sinal de que ele será um psicopata, mas isso não vem ao caso). Ele queimou o gato do vizinho vivo e está na Fundação Casa. Um absurdo! Meu filho tem todo o direito de queimar quantos animais quiser vivos! Um menino é menos importante do que um animal?

    E se o vizinho não gostou a culpa é dele, porque quis comprar o amor de um gato.

  2. Waldene Sobrinho,

    Não, não é esse o problema. produza quanto lixo quiser, torture seu gato…

    Mas nem pense em se livrar de supérfluos para dar aos pobres, ou a um animal. Isso é pecado. Pobre não precisa de comida, a Palavra de Deus basta. O que passar disso é igualitarismo.

  3. Josias,

    Isso aí. Eles fazem escândalo porque estão protegendo animais em extinção, como por exemplo baleias, a “prova” de que amam mais a baleias do que a um ser humano. Vai exterminar todas as baleias e vá ver o que vai acontecer com o ser humano…

    Para se ter uma idéia, a pesca desenfreada está causando ataques de tubarões em praias, matando e aleijando humanos. Eles não têm alimento, então atacam humanos. Vamos então exterminar os tubarões, depois as as algas, tudo… vamos comer o quê depois?

    Santa ignorância.

  4. A Palavra de Deus nos diz que tudo foi criado para que o homem reine sobre a terra, “frutificai,e multiplicai-vos,enchei a terra e submetei-a.Dominai sobre os peixes do mar,sobre as aves dos céus e sobre todos os animais”.Então nós somos a imagem e semelhança de DEUS,devemos cuidar e proteger as coisa e animais criados para nos servir nas necessidades. É triste ver a inversão de valores, mais triste ainda constatar a ignorancia da vontade de DEUS, porque o homem se acha o centro de tudo, se assim fosse teria a capacidade de evitar a morte. Na verdade nada sabemos, somos peregrinos, estamos de passagem nossa viagem só DEUS sabe, então amemo-nos bastante a ponto de evitar o descarte da vida humana, sejamos solidários,somos todos irmãos.

  5. Willian,

    É lógico que galinhas produziriam “lixo”, mas o “lixo” delas é diferente do nosso lixo.

    “Quando um ser humano age de maneira errada dizemos que agiu como um animal, porque agiu irracionalmente. Quando age racionalmente, seus atos são elevados e contribuem para sua construção pessoal e social.”

    Problemas de conceituação. Posso mostrar vários outros animais que pelo seu modo de pensar agem racionalmente.

  6. Isso aí falava o Yuri Bezmenov numa parte da sua palestra, dizia que as pessoas não vão mais conciliar em nada, não vão conseguir resolver questões simples do cotidiano sem que haja um terceiro mediador.

  7. Concordo plenamente com o artigo. Em primeiro lugar o ser humano. Depois, os demais seres, que também são criaturas de Deus, mas não a sua prioridade (leiam a bíblia).

  8. O problema é colocar o ser humano no lugar dos animais e os animais no lugar do ser humano. Há um erro de hierarquia de valores. Por muito fofinhos e bons que sejam os animais, os seres humanos valem mais do que eles pelo que são e não somente pelo que fazem. Deixe um montão de galinha na cidade e verá que ela também faz sujeira. O fato de haver lixo no mundo ou violência, ou qualquer outra barbaridade, não diminui a dignidade da pessoa humana. O ser humano é pessoa e não há nada maior que isso no mundo.

    Quando um ser humano age de maneira errada dizemos que agiu como um animal, porque agiu irracionalmente. Quando age racionalmente, seus atos são elevados e contribuem para sua construção pessoal e social.

    O ser humano deve proteger a natureza e os animais claro que sim. E deve usar a sua racionalidade para isso. Se prejudicar a natureza e os animais estará prejudicando a si mesmo. No entanto, o caminho para isso não é colocar os animais no seu lugar, perdendo o seu posto no mundo, mas sim criando iniciativas construtivas para um mundo melhor. Os animais são criação de Deus, destinados a fazer o mundo mais bonito e a servir o ser humano. Respeitá-los não significa humanizá-los ou divinizá-los.

  9. Um erro comum deste site é não considerar os humanos como animais. Além disso, a notícia não possui informações sobre o que realmente houve. Perturbaram como o cachorro? Será que não perturbaram a senhora também? Será que a condição monetária da senhora não influenciou às autoridades a este procedimento? Bom, isto é o que alguém que tenha visão crítica pode pensar, mas este site utiliza falta de informação e informações mentirosas para persuadir o público, tentando influenciá-los ao erro e a pensamentos inescrupulosos.

    “Ao mesmo tempo em que se tramitam leis ambientalistas no Congresso, como por exemplo, as que punem por crime inafiançável a quem quebrar um ovo de tartaruga, professores, jornalistas e artistas advogam o aborto por considerar o nascituro apenas um “amontoado de células”. Esta é a consequência de se construir um mundo sem Deus: ele (o mundo) sempre acaba se voltando contra o homem.”

    Vocês desejam que determinada espécie de tartaruga não exista mais simplesmente por brincadeira de um humano? Como são contraditórios. Se para vocês os recursos da criação estão ordenados para o bem comum do homem, seria lógico cuidar bem dos recursos. Apesar disso, divulgam um livro ridículo intitulado “Psicose Ambientalista”, ou seja, são contraditórios.
    E os nascituros? não são um ‘amontoado’ de células? Que prova vocês possuem para dizer que existe alma ou que determinada forma de vida possui algo especial que deve ser deliberadamente preservada?
    Existem muitos humanos no planeta. Olhe para o lixo produzido diariamente na sua casa e multiplique pelo total de humanos. Claro, não teria um resultado totalmente sem erros, porque existem muitos que acabaram de nascer, milhares de pessoas miseráveis que certamente produziriam menos lixo, mas mesmo assim chegaria em um resultado estrondoso. Vocês gostam de lixo?

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