Tecendo comentários sobre o palácio do Capitólio, em Roma, o Prof. Plinio conclui com uma aplicação ao urbanismo nas cidades brasileiras recomendando fontes e árvores.
“A escadaria enorme, de um lado e outro do Capitólio, é caracteristicamente romana. Embaixo dela há várias figuras em pedra, para dar a ilusão de vida, e uma fonte. Roma é rica em águas, encontrando-se fontes numerosas.
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“É o caso de perguntar se São Paulo, Rio de Janeiro e outras grandes cidades brasileiras possuem muitas fontes.
“Por que faço comparações de Roma com São Paulo, com essa ou aquela cidade do Brasil? Não é antipático? Não se diria que tais comparações, desfavoráveis a nós, seria melhor que se evitassem? “Não, porque a pessoa com critério deseja conhecer seus defeitos para corrigi-los. E se foram cometidos erros no urbanismo de São Paulo, Rio ou qualquer outra cidade brasileira, é preciso que sejam apontados. Cria-se assim o estado de espírito para que esses erros não se repitam.
“Nessa linha de pensamento, evitar-se-iam em nossas cidades a perpétua linha reta, a ausência de arborização ou a arborização raquítica, pobre, retorcida, que se preferiria não ver. Todos estes são defeitos urbanísticos gravíssimos que nossas cidades apresentam. Talvez um pouco pela fobia do mato, que é própria ao desbravador. O desbravador embrenha-se pelo mato e sente vontade de estar na cidade. Por isso, quiçá, procura construir a cidade dentro do mato. Assim, para ele, a primeira coisa a ser feita é derrubar as árvores …
Note-se que o Prof. Plinio fez essas observações em 1988 muito antes que os fanáticos da ecologia a transformassem numa “psicose ambientalista”(*). Trata-se aqui de uma posição justa, equilibrada e de bom senso para atender às necessidades do ser humano, enquanto criatura de Deus e máxime na sua condição de batizado que o eleva à dignidade de “filho de Deus”.
Síntese entre cidade e campo: solução para se evitar as megalópolis
“Ora, não há raciocínio mais simplista do que esse. Pois é a síntese entre a cidade e o campo que convém fazer. As grandes capitais da Europa são todas construídas segundo essa concepção. E é o que devemos exigir de nossos urbanistas e administradores”.https://pliniocorreadeoliveira.info/DIS_SD_881109_capitolio_Roma_campidoglio.htm#.XVCt2-hKiUk
Video: https://pliniocorreadeoliveira.info/novidades.asp#.XVC4DuhKiUk
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Se nossas grandes cidades tivessem adotado essa síntese cidade-campo quantos problemas urbanísticos teríamos evitado. Adotemos o princípio nas novas cidades e na medida do possível vamos “humanizar” aquelas que construímos nos esquecendo de que o homem é o centro e o rei da Criação.