O Papa Pio IX e a Imaculada Conceição: um dogma Contra Revolucionário

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“122 anos após seu falecimento, está perfeitamente conservado o corpo desse santo Pontífice, que altaneiro enfrentou todos os erros de seu tempo, sendo considerado um dos maiores Papas da História.”  (1)

Estamos na véspera de uma grande Festa da Igreja, a Imaculada Conceição.

Em reunião para sócios e cooperadores da TFP comentava o Prof. Plinio:

    “Os senhores sabem que Pio IX teve um pontificado extremamente longo e se não me engano até, o pontificado dele foi mais longo que o de São Pedro e que foi um pontificado dividido por duas partes bem distintas.

     “Na primeira parte,  – foram nos primeiros meses do pontificado dele,  –  o Papa tinha uma formação liberal, e por causa disso ele favorecia o liberalismo nos Estados Pontificados, que era um conjunto de feudos medievais que tinham Roma como capital e nos quais o Papa era rei.

     “Depois, houve uma revolução e isso abriu os olhos do Papa. Ele teve que fugir dos Estados Pontifícios, refugiou-se no território do antigo reino de Nápoles, que era fiel, então, a ele e que constituía a parte sul da península italiana. E ali então, ele considerando bem o que era a revolução, mudou de orientação  e passou a ser um dos Papas mais contra-revolucionários da história.

      “E dois atos particularmente contra-revolucionários dele foram: a definição do dogma da Imaculada Conceição e, mais tarde, a definição do dogma da Infalibilidade Papal.

       “Havia duas notas particularmente contra-revolucionárias na definição desse dogma. Como os senhores sabem, o dogma ensina que Nossa Senhora foi concebida sem pecado original, desde o primeiro instante de seu ser.

       “O que quer dizer em palavras diversas o seguinte: que Ela em nenhum momento teve nenhuma nódoa do pecado original. A lei inflexível pela qual todos os descendentes de Adão e Eva, até o fim do mundo, teriam o pecado original, essa lei se suspendeu no que diz respeito à Nossa Senhora e naturalmente ao que diz respeito à humanidade santíssima de Nosso Senhor Jesus Cristo.

      “De maneira que Nossa Senhora não ficou sujeita às misérias a que estão sujeitos os homens. Nossa Senhora não ficou sujeita aos maus impulsos, às más inclinações, às más tendências que os homens tem. Tudo nEla corria harmonicamente para a verdade e para o bem; tudo nEla era o movimento para Deus. Nossa Senhora era o exemplo perfeito da liberdade, nesse sentido da palavra, que tudo quanto a razão iluminada pela fé lhe indicava, Ela queria inteiramente e Ela não encontrava em si nenhuma espécie de obstáculo interior.

      “A graça, por outro lado, acumulava, Ela era cheia de graça. De maneira que o ímpeto com que todo o ser dela se voltava para o tudo o que é verdade, tudo o que era bem, era verdadeiramente indizível.

             O aspecto anti igualitário, portanto, Contra Revolucionário deste Dogma

     “Ora, ensinar que uma mera criatura humana como foi Nossa Senhora,  –  Nosso Senhor Jesus Cristo não foi uma mera criatura humana, era a natureza humana ligada à natureza divina formando uma só pessoa  –  mas uma mera criatura humana como Nossa Senhora, tivesse  esse privilégio extraordinário, isso era fundamentalmente anti-igualitário. E definir esse dogma era definir uma tal desigualdade na obra de Deus, uma tal superioridade de Nossa Senhora  sobre todos os outros seres, que evidentemente haveria de fazer espumar de ódio todos os espíritos igualitários”.

Leia a íntegra em:                                                       https://pliniocorreadeoliveira.info/DIS_SD_730615_O_Dogma_da_Imaculada.htm

(1) http://catolicismo.com.br/materia/materia.cfm/idmat/115A4875-F5C6-CAB5-2FB00F657AD5AE94/mes/Junho2000

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