O que diremos ao Menino Jesus, nesse Natal opresso pela pandemia?

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É notória a intenção dos inimigos do Menino Jesus, dos inimigos da Santa Igreja a determinação de menosprezarem — e se possível até proibirem — as cerimônias de Natal. Pretexto? A pandemia do covid-19 que é superada em 30 X pelos abortos.

Colocamos à disposição de nossos leitores o texto integral de uma meditação do Prof. Plinio, publicada a seu tempo, no Legionário do qual era Diretor.

“E no meio de tantos, eis-nos aqui também. Estamos de joelhos, e Vos olhamos. Vêde-nos, Senhor, e considerai-nos com compaixão. Aqui estamos, e Vos queremos falar.”

“Nós? Quem somos nós? Os que não dobram os dois joelhos, e nem sequer um joelho só, diante de Baal. Os que temos a vossa Lei escrita no bronze de nossa alma, e não permitimos que as doutrinas deste século gravem seus erros sobre este bronze sagrado que vossa Redenção tornou. Os que amamos como o mais precioso dos tesouros a pureza imaculada da ortodoxia, e que recusamos qualquer pacto com a heresia, suas obras e infiltrações.

Oportunas palavras nestes tempos de progressismo, de TL, de “novo normal”, de culto à Ecologia.

“Os que temos misericórdia para com o pecador arrependido, e que para nós mesmos, tantas vezes indignos e infiéis, imploramos vossa misericórdia – mas que não poupamos à impiedade insolente e orgulhosa de si mesma, o vício que se estadeia com ufania, e escarnece a virtude. Os que temos pena de todos os homens, mas particularmente dos bem-aventurados que sofrem perseguição por amor à vossa Igreja, que são oprimidos em toda a Terra por sua fome e sede de virtude, que são abandonados, escarnecidos, traídos e vilipendiados porque se conservam fiéis à vossa Lei.

Lembremo-nos aqui dos católicos que são perseguidos, dos que são aprisionados na China de Xi Jinping, nas igrejas saqueadas, incendiadas ou destruídas.

“Aqueles que sofrem sem que a literatura contemporânea se lembre de exaltar a beleza de seus sofrimentos: a mãe cristã que reza hoje sozinha diante de seu presepe, no lar abandonado pelos filhos que profanam em orgias o dia de vosso Natal; o esposo austero e forte que pela fidelidade a vosso Espírito se tornou incompreendido e antipático aos seus; a esposa fiel que suporta as agruras da solidão da alma e do coração, enquanto a leviandade dos costumes arrastou ao adultério aquele que devera ser para ela a coluna de seu lar, a metade de sua alma, “um outro eu mesmo”; o filho ou a filha piedosa, que durante o Natal, enquanto os lares cristãos estão em festa, sente mais do que nunca o gelo com que o egoísmo, a sede dos prazeres, o mundanismo paralisou e matou em seu próprio lar a vida de família.

Lembremo-nos também da tirania esquerdista que impõe a ideologia de gênero, a educação sexual nas escolas, as visitas íntimas a menores de idade.

“O aluno abandonado e vilipendiado pelos seus colegas, porque permanece fiel a Vós. O mestre detestado por seus discípulos, porque não pactua com seus erros. O Pároco, o Bispo, que sente erguer-se em torno de si a muralha sombria da incompreensão ou da indiferença, porque se recusa a consentir na deterioração do depósito de doutrina que lhe foi confiado. O homem honesto que ficou reduzido à penúria porque não roubou.”

Ofereçamos ao Menino Jesus, à Nossa Senhora e São José nossa prece, nossa reparação, nosso consolo. Embora imperfeitos, eles passam pelas mãos imaculadas de Maria a fim de chegarem ao Menino Deus.

Confiança, católicos, “Eu venci o mundo”, disse Nosso Senhor.

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