O Sínodo da contradição: Governo, não; políticos de esquerda, sim

0

Infelizmente, para nós católicos, mais uma vez, uma contradição na política seguida pelo Cardeal Hummes, Relator do Sínodo da Amazônia, em relação ao governo brasileiro.

Informa UOL, 4 de outubro que enquanto “o papa Francisco vetou a presença de políticos com mandato e militares” no Sínodo, em Roma, ao mesmo tempo, a “Rede Eclesial Pan-Amazônica (Repam), entidade presidida pelo cardeal Hummes, convidou deputados de partidos como PT, PSB e Rede Sustentabilidade. A ideia é que participem das atividades da tenda Casa Comum, espaço aberto e coletivo, conexo ao sínodo, organizado por Repam, Cáritas, o Conselho Indigenista Missionário (Cimi) e Movimento Católico Global pelo Clima”. (1)

Já havia causado surpresa a presença de D. Cláudio Hummes em evento de esquerda no TUCA. Comenta o site FratresInUnum.com, 4 de setembro: “Ao lado de dezenas de políticos esquerdistas, pousa ninguém menos que o arcebispo emérito de São Paulo, o cardeal Dom Cláudio Hummes, relator do Sínodo Pan-amazônico, a ser realizado dentro de um mês, em Roma”.

“Numa entrevista anterior ao próprio Estadão, Dom Cláudio, falando sobre as polêmicas entre o Sínodo da Amazônia e o governo, disse que: “Foi na campanha eleitoral que começou tudo isso. O governo, que se diz de direita, considera a Igreja de esquerda. Mas a Igreja não é partido político. Não é de esquerda. Não aceita essa qualificação, essa etiqueta. A Igreja é para todos””. https://fratresinunum.com/2019/09/04/cai-a-mascara-do-isentismo-dom-claudio-hummes-em-evento-contra-o-governo-bolsonaro/)

Sem dúvida, a Igreja não é de esquerda, mas D. Cláudio Hummes se alinha, mais uma vez, à esquerda.

Cabe aqui uma observação. D. Cláudio Hummes foi um propulsor de Lula nas greves do ABC (anos 80), o que está amplamente registrado nos meios de comunicação.

               Colaboração entre a Igreja e o Estado é necessária

A decisão do Vaticano de excluir políticos com mandato, as declarações de D. Hummes recusando uma colaboração com o governo e ao mesmo tempo convidando políticos de esquerda, são erros do ponto de vista doutrinário e prático.

Recorda o Prof. Plinio Corrêa de Oliveira: “Por certo é à Igreja que pertencem os meios próprios para promover a salvação das almas. Mas a sociedade e o Estado têm meios instrumentais para o mesmo fim, isto é, meios que, movidos por um agente mais alto, produzem efeito superior a si mesmos”. https://pliniocorreadeoliveira.info/RCR.pdf

“O Estado deve, por meio de sua ação legislativa, executiva e judiciária, organizar-se a si próprio, e organizar a família, o ensino, o trabalho, e a propriedade, conforme a doutrina social católica.”  https://www.pliniocorreadeoliveira.info/LEG%20400811_ASRELACOESENTREAIGREJAEOESTADO.htm

Estamos nessa situação paradoxal: por que razão o Vaticano recusa uma ação conjunta com o Governo Federal e ao mesmo tempo D. Hummes convida políticos de esquerda?

Os católicos não se sentem reconhecidos nos bispos de esquerda 

Como poderá a reação conservadora — que se levantou contra a ditadura petista (apoiada abertamente pela CNBB) que almeja para o Brasil o fortalecimento dos Valores Morais, que anseia pela abolição de tantas leis e decretos petistas favoráveis ao aborto, ideologia de gênero – apoiar a atitude de Bispos, de D. Hummes, das contradições do Sínodo Pan-Amazônico?

Nossa mídia gosta de afirmar que há um confronto, a propósito do Sinodo Pan-Amazônico, entre o governo e a Igreja. O confronto é entre bispos de esquerda e o governo.

A Igreja, por sua doutrina, condena o socialismo, o comunismo. A Igreja, na voz dos Papas defende a propriedade privada, defende a evangelização de todos os povos.

Saibamos, nós católicos, distinguir onde está a voz dos verdadeiros Pastores.

(1) https://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/agencia-estado/2019/10/04/sinodo-oposicao-deve-ir-a-roma-cardeal-ve-crise-superada.htm

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui