Quem não entendeu a diferença entre o “velho índio” e o “novo indio”, nada sabe sobre os indígenas.
O “velho índio” corresponde à idéia que fazemos (ou fazíamos) deles. É geralmente um silvícola, um habitante das selvas. É um bárbaro no sentido próprio. É um homem rijo, primitivo, de tanga, queimado pelo sol. Se armado, usa tacape, arco e flecha. Na cabeça, um cocar com penas de várias cores.
Muito intuitivo, ele é de melhor índole do que seus manipuladores pensam. Por isso, apesar de sua ignorância, não é tão fácil fazer dele um agitador, e fazê-lo manifestar-se como um espoliado revoltado, uma vítima do branco.
Ainda há uns poucos antropófagos entre eles. E infanticídio, em algumas tribos. Segundo a revista Isto É, “além dos filhos de mães solteiras, também são condenados à morte os recém-nascidos portadores de deficiências físicas ou mentais. Gêmeos também podem ser sacrificados”.
Os meninos são enterrados vivos – horror dos horrores – pela própria mãe. Só os ianomâmis, em um ano, mataram 98 crianças.
Esses pequenos e indefesos cidadãos brasileiros não parecem ser protegidos por nossas leis. Nem pensar nisso, pois tudo o que os índios fazem é “irretocável”. A respeito diz o PNDH-3 (Terceiro Programa Nacional de Direitos Humanos) que devem ser garantidos “seus modos de vida”, e que é meta do Plano – pasmem! – “aplicar os saberes dos povos indígenas e das comunidades tradicionais na elaboração de políticas públicas”.
Aqui e ali ainda existe, perdido pela selva ou pelo sertão, esse tipo de índio. Ele é genuíno, digno de estima e de ensino, e teve grande papel na formação de nosso País: é o velho índio e, apesar de seus defeitos, é nosso irmão índio.
O “novo índio”, de celular e moto-serra, é bem diferente. Tem “barrigão, camionetas e… garimpos de diamantes ‘expropriados’ a tiros e porretadas”. Por exemplo, o cacique Pio se apresenta com “ar próspero, obeso e semblante matreiro”. Tem avião, Toyota, “camisa Lacoste e óculos importados, mantendo firmes investimentos em vários ramos de negócios, entre eles, exportação de madeiras nobres, fazendas de gado e lojas de artesanato especializada em plumagens e miçangas indígenas” (Ipojuca Pontes).
Outro tipo de “novo índio” é o subversivo, que se disfarça de “velho índio”. Havendo alguma agitação, troca o blue-jeans por uma tanga, coloca na cabeça um cocar com penas coloridas e lá vai ele bradar que está sendo discriminado.
Além desses, há o falso índio, que representa esse papel por razões financeiras ou outras. O cacique Mario Juruna anos atrás foi visitar a fazenda São Lucas, em Pau Brasil, Bahia. Constava que ela tinha sido invadida por índios. Mas Juruna declarou: “Não existe índio na Fazenda São Lucas. É tudo caboclo de cabelo enrolado. Os caciques pataxós Saracura e Samada não são índios também”¹.
Há também os aculturados, mas sem a influência dos agitadores comunistas que Plinio Corrêa de Oliveira chama de “missionários de sat㔲. Esses índios aculturados optaram pela nossa cultura. Sejam bem vindos!
¹ Jornal do Brasil, 31-8-84.
² Plinio Corrêa de Oliveira, Tribalismo Indígena, Ideal Comuno-missionário para o Brasil no Século XXI, Ed. Vera Cruz, 1979, p. 28.
“Na verdade, o blefe monumental foi arquitetado por uma fotógrafa belga, Cláudia Andujar, que reuniu algumas tribos, que não tinham nenhuma relação entre si (índios e falsos índios) e criou a ‘nação imemorial dos yanomâmis’, com o total apoio dos coronéis brancos de Brasília, em especial o presidente Sarney que na época, 1988, criou o Ministério do Meio Ambiente para atendê-la.” https://mudancaedivergencia.blogspot.com/2014/05/a-farsa-yanomami.html