Neste mês celebramos o sesquicentenário do nascimento de Santa Teresinha do Menino Jesus, em Alençon (Normandia), no dia 2 de janeiro de 1873. Em homenagem a essa veneradíssima santa carmelita, transcrevemos um dos numerosos comentários de Plinio Corrêa de Oliveira, seu grande devoto e apóstolo.
Santa Teresinha dizia que ela tinha os olhos e o coração de uma águia e o corpo de um passarinho. Ou seja, com a mente ela entrevia as maiores coisas e as amava com o coração de uma águia. Mas o corpo era pequeno e as possibilidades de pôr em prática as mortificações extraordinárias eram também pequenas.
“Possibilidades pequenas”, porque ela era uma alma chamada a santificar-se apenas realizando aquilo que é a essência da santidade, mas realizando de modo admirável, com uma elevação de espírito sem par, com alta concepção das coisas ideais, nobres, celestes e divinas. Isso de um modo único, com um amor enorme.
Santa Teresinha prometeu que após seu falecimento derramaria uma chuva de rosas. Essa promessa é motivo para pedirmos para cada um de nós uma rosa. As rosas, evidentemente, eram graças que ela prometia. São as rosas da vida espiritual.
Podemos pedir a ela a disposição de alma super-excelente que ela teve, pela qual tinha o espírito tão elevado, tão voltado para as coisas celestes, tão desapegado das coisas da Terra, que isso foi o que deu valor enorme às pequenas ações de uma pessoa que continuamente se oferecia a Deus como vítima expiatória.
Devemos aproveitar para suplicar também a Nossa Senhora uma rosa. De maneira que podemos pedir a Santa Teresinha para praticarmos essa elevação para as coisas celestes dentro da escravidão a Nossa Senhora, como ensina São Luís Maria Grignion de Montfort.
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Excertos da conferência proferida pelo Prof. Plinio Corrêa de Oliveira em 3 de outubro de 1966. Esta transcrição não passou pela revisão do autor.
Fonte: Revista Catolicismo, Nº 865, janeiro/2023