Pá de cal na Reforma Agrária (II)

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Rememoramos dias atrás a luta ideológica em torno da Reforma Agrária a partir de 1960. Era tamanha nesse ano a zoeira para a implantação de sua reforma, que já apontava para um desfecho imediato e sangrento.

Contudo, alvejada nas asas por uma hábil reação, a Reforma Agrária foi obrigada a fazer um longo e penoso percurso até os nossos dias, apesar do apoio constante da inteligentsia esquerdista, da CNBB, de certa mídia e de não poucos inocentes úteis.

Naquele mesmo ano, Plinio Corrêa de Oliveira entrou na liça com o livro “Reforma Agrária – Questão de Consciência”, no qual tratava dos aspectos morais dessa reforma, cujo objetivo não era resolver os problemas da agropecuária, mas dar um golpe de morte no direito de propriedade, irrompendo contra dois mandamentos da Lei de Deus: “Não roubarás” e “Não cobiçarás as coisas alheias”.

Sobre o tema, acaba de vir a lume em nossa grande imprensa um artigo, surpreendente não só por estar nela estampado, mas também por sua raridade e contundência: Pá de cal na Reforma Agrária”. Seu autor, Zander Navarro, não é ruralista, mas sociólogo e professor da UFRGS, defensor e ativista da Reforma Agrária. A matéria saiu no jornal “O Estado de S. Paulo” de 21-09-13.

O autor explica: Usei o mesmo título em artigo publicado em 1986, indignado com a afronta do governo Sarney ao nomear um latifundiário (sic) para o INCRA. Naquela década me envolvera no ativismo a favor da reforma agrária. Não obstante o anúncio pessimista, o esforço [..] contribuiu para animar a política de redistribuição de terras”.

         Mas para o professor-sociólogo, chegou a hora de fazer o seu funeral: Mantenho o título acima porque é preciso reconhecer desapaixonadamente o fato, agora definitivo: morreu a reforma agrária brasileira. Falta apenas alguma autoridade intimorata para presidir a solenidade de despedida”.

Ele continua: Outro fator a ser considerado diz respeito às organizações que demandam reforma agrária, responsáveis pelas pressões que ativaram esta recente “bolha” redistributiva. O MST agoniza simultaneamente ao desaparecimento da reforma agrária, a razão de seu nascimento”.

E mostra o contraste: Outra razão a ser considerada decorre do desempenho da agropecuária no mesmo período, o qual inundou os mercados com volumes crescentes e, graças ao espetacular aumento da produtividade, barateou os alimentos”.

Conclui o sociólogo gaúcho: “Do ponto de vista econômico e produtivo, seu fracasso é assombroso, pois a área total dos assentamentos é maior do que a área plantada de todos os cultivos nos demais estabelecimentos rurais”.

Com todo o respeito, confesso que para mim foi tarefa agradável ler as palavras do sociólogo, pois elas refletem a realidade tal qual esta se apresenta diante de nós. Trata-se de comentar o fim de uma excrescência que sequer deveria ter vindo à luz do dia, pois tivemos todos de pagar valor altíssimo pela tão decantada quanto fracassada Reforma Agrária… Que descanse em paz!

3 COMENTÁRIOS

  1. Só para lembrar uma profecia , no sentido estrito da palavra (porque Dr. Plínio explicitava um fator ainda latente):
    Escrevo como me lembro , mas, está bem claro no livro “Revolução e Contra-Revolução” – A IIIa. Revolução perdeu a capacidade de persuasão, e como consequência de liderança.

  2. Senhores do IPCO,

    A urgência e o pouquíssimo tempo fazem-me INSTAR-LHES que tomem providências não só virtuais, mas, PRINCIPALMENTE, FÍSICAS, com PRESENÇA NO CONGRESSO NACIONAL JUNTAMENTE COM TODAS AS PESSOAS CONTRÁRIAS A ESSE ABSURDO (INCLUSIVE PROTESTANTES E OS DEMAIS).

    O projeto de criminalização da “homofobia” tirou essa palavra, foi maquiado e “concedeu” o “benefício” de que a opinião contrária ao homossexualismo poderá ser proferida, DESDE QUE SOMENTE DENTRO DOS TEMPLOS RELIGIOSOS. Obviamente isso CONTINUA SENDO PERSEGUIÇÃO RELIGIOSA, pois O CONSTITUCIONAL DIREITO DE LIBERDADE RELIGIOSA E O DE EXPRESSÃO DE PENSAMENTO valem EM TODOS OS LUGARES, não só no templo.

    CONFIRAM A NOTÍCIA ABAIXO, VINDA DO SITE DO SENADO, E AJAM IMEDIATAMENTE!!!!

    14/11/2013 – 13h50 Comissões – Direitos Humanos – Atualizado em 14/11/2013 – 21h56

    “CDH pode votar na quarta projeto que criminaliza homofobia

    Iara Guimarães Altafin

    Paulo Paim entregou substitutivo à CDH

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    Relator inclui garantias aos religiosos em projeto que combate a homofobia

    Paim acredita em votação expressiva para projeto que criminaliza homofobia

    O senador Paulo Paim (PT-RS) entregou nesta quinta-feira (14) à Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) seu substitutivo ao Projeto de Lei da Câmara (PLC) 122/2006, que criminaliza a homofobia, e anunciou que o texto poderá ser votado na próxima quarta-feira (20).

    Paim informou que, para a elaboração de seu relatório, buscou ouvir todos os segmentos e que o texto “não entra na polêmica” da definição de homofobia.

    – No texto, não vai entrar a palavra homofobia.

    O parlamentar informou ainda que incluiu em seu substitutivo, para que conste em uma única lei, o combate a todo tipo de preconceito, para evitar críticas de que a futura lei só buscaria acabar com a discriminação contra a orientação sexual.

    – Toda a discriminação tem que ser combatida – frisou.

    Segundo informou, poderá ser preso aquele que praticar crime de racismo, de discriminação contra idoso, contra deficiente, contra índios e em função da orientação sexual.

    – Entrou na lei geral. Todo crime de agressão, seja verbal ou física, vai ter que responder um processo legal.

    Ele também anunciou que incluiu parágrafo para “resguardar o respeito devido aos espaços religiosos”.

    – Dentro dos cultos religiosos, temos que respeitar a livre opinião que tem cada um. Por exemplo, você não pode condenar alguém por, num templo religioso, ter dito que o casamento só deve ser entre homem e mulher. É uma opinião que tem que ser respeitada.

    De acordo com Paim, a nova lei terá como o objetivo “o combate ao ódio, à intolerância e à violência de um ser humano contra o outro”.

    Agência Senado

    (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)”

  3. Terra deve ser de quem trabalha nela, planta, colhe, administra e comercializa. Fazendeiros, agricultores e lavradores, na verdade, são escravos porque trabalham para a nossa alimentação. Difícil seria se houvesse greve geral na agricultura. Faltariam alimentos na cidade, desemprego, fome, ou será que invasores querem que a cidade passe fome, ou então, será que é tanta a vontade destes de trabalhar sob sol, carregar peso e se sujar na terra

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