“As palavras são como as abelhas, elas têm mel e ferrão”, diz um provérbio europeu. Como transformar as palavras em armas de luta, pensaram os ladinos especialistas em guerra psicológica a serviço das esquerdas? Usando o dito acima: ferindo com o ferrão igualitário a vítima previamente anestesiada pela doçura.
Há palavras que têm qualquer coisa de mágico, de talismânico. Talismã, como se sabe, é um encanto, um amuleto. Chama-se de talismã, por exemplo, uma figa, uma ferradura, uma pedra preciosa com uns brilhos misteriosos. Nomeia-se assim, até certo ponto, a bola de cristal na qual a pitonisa pretende prever o futuro. A palavra-talismã, como um amuleto, “suscita toda uma constelação de fobias e de simpatias, de emoções contraditórias”.[1]
Por exemplo, a palavra diálogo. Assim também a palavra social. Aristóteles dizia que o homem é um animal social, portanto dá-se bem na companhia de seus semelhantes. Mas esta palavra na boca de um esquerdista toma toda uma constelação de outros sentidos, semi encobertos, que vão além de seu significado original, e podem preparar os espíritos para as palavras socialismo e comunismo. Essa palavra passa a constituir “um como que talismã a exercer sobre as pessoas um efeito psicológico próprio”.
Outro exemplo: que quer dizer “cansaço social”? A expressão é encontradiça na mídia, mas não tem significado definido.
Por vezes é um conjunto de palavras, como por exemplo o lema da Revolução Francesa: Liberdade, Igualdade, Fraternidade. É quase indescritível o grau de combustão a que tais palavras levaram. Vale citar o dito de Madame Roland ao ir para a guilhotina: “liberdade, liberdade, quantos crimes se praticam em teu nome!” Há também expressões deste gênero, como “direitos humanos”, “politicamente correto”, “classes subalternas” etc.
Dou alguns exemplos contemporâneos de palavras-talismã: ecológico, ambiental, sustentável; discriminação, globalização, ecumenismo, diálogo, homofóbico… Fica bonito para alguns usar esses termos, ainda que não conheça bem seu sentido. Ou melhor, seus sentidos, pois tais palavras têm um sentido literal, e depois vários sentidos paralelos. Muitas vezes, para quem as ouve demonstram que a pessoa com quem conversa está ao par das últimas. “Quem as usa deve ser um homem atualizado, que conhece as coisas. Vou ouvi-lo com mais atenção”, pensa um ingênuo.
Foi Dr. Plinio que, em 1966, usou pela primeira vez a expressão “palavra-talismã”, em seu famoso e muito traduzido livro “Baldeação Ideológica Inadvertida e Diálogo”, que repercutiu em toda a América, na Europa e até atrás da então férrea Cortina de Ferro.
O PNDH-3 (Terceiro Plano Nacional de Direitos Humanos), já analisado neste site, é abundante de palavras-talismã em seu interior. Como um amuleto, elas exercem sobre as pessoas um efeito psicológico próprio, muito importante para a divulgação pela mídia das ideias, principalmente as da esquerda…
A palavra-talismã cria sentidos sugestivos, insinuantes, e às vezes uma insinuação pode ser mais convincente que toda uma argumentação. Ela “suscita toda uma constelação de fobias e de simpatias, de emoções contraditórias”.[2] E possui ressonância publicitária. Diz mais do que o mesmo expresso com clareza e é muito apta a levantar dúvidas infundadas.
Existem também xingatórios talismânicos. Por exemplo, o de “reacionário” um tanto fora de moda. E o de “medieval”, que corre o risco de ser um título de honra para o destinatário…
Caro leitor, se tiver detectado palavras- talismã, escreva-nos. Vão enriquecer o nosso acervo. E todos aproveitarão.
[1] Reunião em 1965.
[2] Idem, ibidem.
Por falar em palavras, sites como mídia sem máscara e o blog do júlio severo que estão denunciando as armadilhas dos comunistas, do movimento gay e do movimento ambientalista, estão sendo censurados pelos sites de busca Google, (que impôs enorme dificuldade em revelar o endereço dos pedófilos para CPI da Pedofilia onde só cedeu com ameaça do Congresso de expulsá-la do país,) Bing e companhia, com falsa mensagem de acusação de danificação com computador, dependendo do seu servidor, faz com esses sites serem acessados somente pela barra de endereço.
Isso deve ser denunciado, a liberdade de expressão está sendo ferida, esse google já fez o mesmo com o site simceros.com.br no ano passo, fazendo que o site aciona-se a justiça processando-os.
http://juliosevero.blogspot.com.br/2012/07/blog-julio-severo-sob-ataque.html
Sr. Evandro, concordo plenamente com a tua resposta.
E peço licença a Julio Cesar Tardelli para adotar também palavras dele:
“… a doutrina da Igreja Católica é universal, pelo que, é evidente, não se contunde com outras doutrinas de outras agremiações religiosas naquilo que elas têm de observância do direito natural. Nesse sentido sectária é aquela agremiação que se separou inicialmente da primeira: a católica. Porque esta é apostólica, isto é, vem da transmissão do poder dado por Jesus Cristo a seus apóstolos e retransmitida até nossos dias. No século XVI um monge agostiniano afastando-se dos ensinamentos tradicionais da fé católica que ele abraçou se separou e fundou as tantas outras agremiações que hoje conhecemos como evangélicas. Daí que, se me permite dizer, os sectários são aqueles que se separam da fé inicial, por isso, não cabe dizer que a Igreja Católica sectariza.”
@Leo Santos
Esse é um site Católico, o que o senhor queria? O senhor não deveria comparar a Verdadeira Religião com outras criadas pelos homens se baseando no laicicismo do estado, melhor, no ateísmo do estado.
Permitam-me dizer que realmente existem palavras talismã.Entretanto, discordo quando se fala qque ‘discriminação’, a qual acabei de usar ao dizer que D’us não discrimina,poderia ter sido substituida por “abrangente”.
Sugiro que os ótimos artigos aqui escritos e postados sejam abrangentes e não excludentes e sectarizados para dentro da doutrina “a” ou “b”, porque D’us quer Todas as ovelhas e não apenas algumas.Ele quer a centésima!
A Conversão é a Cristo, ao Humanitarismo e não à direita e muito menos a isso que chamam de esquerda,essa avacalhação imoral, que começou com as “teologias da libertação” devidamente importadas do Vaticano que perdeu espaço junto aos governos cada vez mais laicos no mundo inteiro,em um planeta ‘regulamentado’ por um país que nunca foi de origem Cristã, como são os Estados Unidos, a maior potência armada e consumidora do planeta e, portanto, ditadora inconteste de rumos e regras.
Vamos ser mais abrangentes e falarmos em Cristãos e não em católicos ,católicos ortodoxos russos,de Antioquia ou romanos que na verdade é vaticano e nem em evangélicos ou similares.
O que dever ser é: Todos tementes ao único D’us e com um Único Salvador, Cordeiro de D’us ,Yaohushua!
Quanto menos sectarizarmos, mais almas serão salvas.ELE determinou: Conhecereis a Verdade e ela te libertará.Portanto, Libertas que Serae Tamen!
Vou me permitir a liberdade de “ampliar” o singelo comentário deste senhor Maurício Borges Alencar, a quem não tenho a honra de conhecer. Se eu estiver errado, por favo,r me corrija. A menos que eu tenha me enganado profundamente, dá para sentir de longe a ironia, o sarcasmo e a gracinha implícita em seu comentário. No caso, as palavras “revolução” e o vocábulo composto “contra-revolução” não servem, exatamente, como exemplo, conforme pedido no artigo, de “palavras-talismã”. “Revolução” – de revolver, mexer, etc., tem um significado todo próprio, determinado. A expressão “contra-revolução” foi criada para servir justamente de “oposição”; tem o sentido de conflitar com a primeira. O que o Sr. Maurício quis se referir, é como dizer que “preto e branco” são “palavras-talismã”. Foi um lapso, certamente.@Maurício Borges Alencar
Bem ou mal, esquerdista ou não, é certo que Marcuse “entregou” toda a estratégia revolucionária de dominação em seu trabalho “One-Dimensional Man – Studies in the Ideology of Advanced Industrial Society”, de 1.964, traduzido e publicado pela Zahar Editores, em 1968, como “A ideologia da Sociedade Industrial – O homem unidimensional”. Ali ele fala de “fórmulas hipnóticas”, reportando-se a Marx “abolição do trabalho” – o que não há de se dar a não ser através de muito, muitíssimo trabalho – ou ainda, outra expressão, atualmente muito “namorada” pelos islamitas, principalmente pelos homens-bomba: “pacificação da existência”. e trechos que tomo a liberdade de reproduzir: “Nesse universo behaviorista, as palavras e os conceitos tendem a coincidir, ou antes, o conceito tende a ser absorvido pela palavra. […] a palavra se torna um clichê e, como tal, governa a palavra ou a escrita; assim, a comunicação evita o desenvolvimento genuíno do significado.”
E ainda: “o resultado é uma linguagem orwelliana familiar (“guerra é paz”, “paz é guerra”, etc. ), que não é, de modo algum, somente do totalitarismo terrorista. Tambpouco é menos orwelliana se a contradição não está explícita na sentença, mas contida no substantivo. o ser um partido político que trabalha para a defesa e o crescimento do capitalismo chamado “socialista”, um governo despótico chamado “democrático” e uma eleição manobada fraudulentamente chamada “livre” são características linguísticas – e políticas – familiares que em muito se antecederam a orwell”…
… assim, “…a locução e a comunicação se tornam imunes à expressão de protesto e recusa”…. (pgs. 95, 96 e 97, 6ª edição). Em outras palavras: “gere a dúvida, você evitará revoltas, protestos, recusas e, principalmente, convicções e a VERDADE.
Por coincidência, acabo de receber uma mensagem de um velho conhecido, professor de economia, me recomendando um livro “como se fosse a oitava maravilha do mundo”, ou a descoberta da pólvora…. chamado “Em favor da dúvida” – subtítulo: “como ter convicções, sem ser um fanático”, de um tal Peter Berger. A palavra-talismã, no livro, é “dúvida virtuosa”. Sem comentários. Desmontei meu velho amigo, que é um ótimo interlocutor, minha “vítima” favorita, com algumas pequenas considerações. Começando pelo fato de que por que razão deveria eu acreditar no que o autor do livro está propondo? O que é que faz com que eu não duvide de minha própria existência? Como conciliar o termo “virtude”, que significa, entre outras coisas, fortaleza, excelência, com “dúvida”, que significa “incerteza”, “fraqueza”, “tibieza”???. Resta, realmente, pouco a dizer depois disso, não é mesmo?
É absurdo! Me lembro que durante a campanha presidencial, falava acerca do aborto e da homofobia às pessoas. A indiferença delas quanto a moral e ao bem estar das nossas almas é inadmissível. Enquanto o povo brasileiro continuar vivendo no conformismo por achar que “tudo está bem, porque tenho dinheiro no bolso”, nós não podemos nos calar. Mas, irmãos, tenhamos calma e perseverança na oração. Afinal, como disse Nossa Senhora em Fátima: “No fim, o meu imaculado coração triunfará.”
Salve Maria.
@Maurício Borges Alencar
A Revolução é a incessante criadora das palavras-talismãs, das quais necessita para embair as multidões, enquanto a Contra-Revolução é quem as denuncia, como o fez o Prof. Plinio Corrêa de Oliveira no seu livro acima citado. Aproveito para lembrar aqui duas palavras-talismãs muito utilizadas pela esquerda e pelos seus “inocentes-úteis”: “cidadania” e “inclusão social”.
Excelente artigo
@Julio Cesar Tardeli Simples, essa expressão nada mais é do que a declaração aberta de que o PNDH-3 abraça o desconstrutivismo esquerdista. Nesse caso, se refere à ruína, à destruição da heterossexualidade como o padrão, como o normal, na intenção de colocar o homossexualismo num nível de normalidade igual à heterossexualidade.
Uma palavra cujo significado ninguém sabe direito e é usada no PNDH3 é “desconstrução da heteronormatividade”, alguém pode me explicar o que é isso?
Conheço duas: Revolução e Contra-Revolução.