O grande Papa Pio IX foi o primeiro pontífice romano a combater a peste do socialismo e do comunismo, 1846, dois anos antes do famigerado manifesto de Marx e Engels.
Comemoremos a grande festa do Papa Pio IX publicando um trecho da Bula Ineffabilis Deus, 1854, em que proclama o dogma da Imaculada Conceição:
“A nossa boca está cheia de alegria e nossos lábios de exultação; e damos e daremos sempre as mais humildes e mais vivas ações de graça a Nosso Senhor Jesus Cristo por nos haver conseguido a graça singular de podermos – embora imerecedor – oferecer e decretar esta honra, esta glória e este louvor à Sua Santíssima Mãe.
Comentários do Prof. Plinio ao texto da Bula: “Primeiro há uma ação de graças pelo fato de ele ter sido o escolhido, como Papa, para definir o dogma da Imaculada Conceição. Então diz: “nossa boca está alegre”. Ele diz “está cheia, está repleta de alegria”. Porque todo o texto é superlativo. E, realmente, não há boca humana que possa conter suficiente alegria pelo fato de ter sido a Imaculada Conceição definida, tanto mais na boca daquele homem que foi chamado a ser o Príncipe dos Pastores e sucessor de São Pedro!
“Alegria por quê? Porque a Imaculada Conceição de Nossa Senhora foi definida, e porque ele foi o instrumento da definição.
“Ele continua: “e damos e daremos sempre as mais humildes e as mais vivas ações de graças – a linguagem é sempre fácil: “damos e daremos as mais vivas ações de graças, as mais humildes”, é tudo superlativo – a Nosso Senhor Jesus Cristo, por nos haver concedido a graça singular – não é uma graça qualquer, é uma graça singular, que não tem seu igual – de podermos, embora imerecedor, oferecer e decretar esta honra, esta glória e este louvor à Sua Santíssima Mãe”.
“E depois reafirmamos a nossa mais confiante esperança na Beatíssima Virgem que, toda bela e Imaculada, esmagou a cabeça venenosa da crudelíssima serpente e trouxe a salvação ao mundo. Naquela que é a Glória dos profetas e dos apóstolos, Honra dos mártires, Alegria e Coroa de todos os santos, seguríssimo Refúgio, fidelíssimo Auxílio de todos os que estão em perigo; poderosíssima Mediadora e Reconciliadora de todo o mundo junto a Seu Filho Unigênito, fulgidíssima beleza e ornamento da Igreja e sua solidíssima defesa. Reafirmamos a nossa esperança naquela que sempre destruiu todas as heresias, salvou os povos fiéis de gravíssimos males de todos os gêneros e a nós mesmo tem livrado de tantos perigos que nos ameaçam.
O poder do Papado que pode definir um dogma
“Os senhores vejam o que é a grandeza de um Papa, o que é a grandeza do pontificado romano, o que é o poder das Chaves. Nossa Senhora está acima de todos os Anjos, de todos os Santos. Ela está como que sentada em um trono ao lado de Nosso Senhor Jesus Cristo. Pois bem, um Papa, um simples homem vivo nesta terra pôde dizer isto: que ele ofereceu e decretou esta honra, esta glória e este louvor à Santíssima Mãe de Deus. Quer dizer, o poder das chaves lhe deu o meio de colocar um diadema na fronte daquela que está tão acima dele! Isto é o imenso poder do papado, as imensas atribuições do papado e a imensa grandeza do papado!
Confiamos que Ela queira, com a Sua eficacíssima proteção, fazer com que nossa Santa Madre Igreja Católica, superando todas as dificuldades e desbaratando todos os erros, prospere e floresça cada dia mais, no meio de todos os povos e em todos os lugares (…)”
A beleza e o poder de Maria
“Nossa Senhora – por ser Imaculada e enquanto Imaculada -, bela, esmagou a cabeça do demônio. Os senhores vêem que as idéias são inseparáveis. O Papa pensa na beleza de Nossa Senhora, no poder dela. Ele pensa imediatamente, por contraste, na hediondez do demônio, pensa no demônio enquanto esmagado por Ela. Quer dizer, Sua beleza não seria inteira, uma vez que há o demônio, a não ser que essa beleza fosse uma beleza triunfal, esmagadora sobre o demônio. O demônio é o escabelo necessário dos pés dela; uma vez que Ela é tão pura, uma vez que Ela é tão linda, não bastaria que todas as criaturas deste mundo e do Céu e do Purgatório A homenageassem. Mas era preciso que o inimigo estivesse quebrado aos pés dela. Então, a idéia completa da glória dela envolve logo a idéia do demônio babando, estraçalhado, humilhado, com o rosto no chão, porque Ela quis e porque foi Ela o instrumento de Deus para liquidá-lo. Isto faz parte da beleza dela.
O contraste com o mal realça a beleza do bem
“Isto é muito, porque é mais uma manifestação da idéia de que o homem só apreende todo o fulgor da verdade, todo o fulgor da beleza e todo o fulgor do bem, quando é colocado em contraste com o erro, com o mal e com a feiúra. Isso numa imagem da Imaculada Conceição fica muito claro!”
Sua intercessão pelo pecador arrependido
“Bem, depois diz [Pio IX]: “nisto nós confiamos nela”. Então porque Ela é bela, imaculada, mas porque também esmaga o demônio. Se nós nos lembrássemos disso nas horas de tentação! Estamos tentados, o demônio está procurando nos levar para o mal, temos medo de fracassar, de pecar e, infelizmente – que Deus nos livre – digamos que algum tenha pecado. Nossa Senhora esmagou a cabeça do demônio e pode, portanto, arrancar qualquer pecador das garras do demônio, pode afastar qualquer alma tentada da influência, do império do demônio. Como isto é uma razão de confiança e como isto deve dar alento à nossa vida espiritual!”
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Peçamos ao beato Pio IX que alivie o Calvário da Santa Igreja “superando todas as dificuldades e desbaratando todos os erros, prospere e floresça cada dia mais, no meio de todos os povos e em todos os lugares.”
Amém, assim seja. Que venha logo o triunfo da Santa Igreja sobre os seus inimigos, notadamente o comunismo, o socialismo e no campo espiritual o progressismo e a Teologia da Libertação.