Progressismo e arte moderna Vs tradição e sacralidade

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A Pontifícia Academia de Belas Artes conferiu “medalha de ouro ao atelier OPPS Arquitectura de Florença” pela obra realizada numa capela em Roma pertencente à Fundação dos Santos Francisco de Assis e Catarina de Siena, “uma intervenção de renovação e adaptação litúrgica”, nas palavras do Papa.

A medalha de prata foi para a arquiteta Federica Frino por uma nova igreja dedicada a São Tomás na cidade de Pontedera, no centro da Itália, informa LifeSiteNews.

Igreja de São Tomás, Pontedera, Italía: “renovação e adaptação litúrgica”, segundo o Papa Francisco

Interessante e apropriado comentário faz o artigo de LifeSiteNews: “Quando os católicos contemplam a grandeza e a beleza das basílicas romanas ou das catedrais e igrejas que surgiram na Idade Média (…) eles vêem “uma expressão autenticamente católica do que convém a adoração a Deus, a oferta do Santo Sacrifício da Missa, o canto dos louvores divinos e a honra dos santos.” E acrescenta que as mudanças na liturgia após o Concílio Vaticano II também viram mudanças tão drásticas na arquitetura da Igreja.”

E o amor !por uma liturgia mais tradicional anda de mãos dadas com o amor por um estilo mais tradicional de arte sacra e arquitetura sacra.” (1)

Em outras palavras a mesma observação fez o Prof. Plinio, décadas atrás a respeito da arte cristã: “Quem, pois se empenhe em que a arte cristã reflita de modo digno e apropriado o espírito dos Evangelhos e da Igreja, não pode ser indiferente a que quadros deste gênero se generalizem entre os fiéis.  O que acabará por pensar e sentir da Sagrada Família um povo que não tenha diante de si senão obras pictóricas ou escultóricas deste jaez? A arte cristã tem a missão de auxiliar dentro de suas possibilidades peculiares a difusão da sã doutrina, e não se pode considerar que o espírito deste quadro seja propício a tal fim.”

  • Abaixo mostramos o quadro e mais comentários do Prof. Plinio.

A arte moderna “casa” tão bem com o progressismo que esse comentário de junho de 1951, por assim dizer, já previa a arte tão ao gosto dos novos modernistas pós conciliares. Arte moderna em ambientes eclesiásticos expulsou a sacralidade do recinto sagrado.

“Faça o leitor um exercício da fantasia, e suponha que lhe fosse possível, revolvendo a série dos séculos já passados, voltar ao tempo de Cristo, e entrar num cômodo da modesta habitação da Sagrada Família em Nazareth.

“Cuide que encontrasse ali a Virgem brincando com Menino. E que uma e outro fossem exatissimamente como Rouault os imaginou no quadro que reproduzimos em nosso clichê.

“Esta vista satisfaria a expectativa do leitor? Corresponderia ao que poderia esperar da Mãe de Deus, e do próprio Verbo Encarnado? Encontraria nestas figuras um reflexo autêntico do espírito cristão, das virtudes inefáveis de Jesus e Maria? Evidentemente não.”

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A Sainte Chapelle, mandada construir por São Luís IX, é um esplendor de sacralidade e afirmação da arte cristã medieval.

Hoje, nessa festa de São José, Patrono da Igreja Universal, peçamos à ele a renovação do espírito sacral na liturgia, na pintura, na escultura, em uma palavra, na Arte Sacra.

https://www.lifesitenews.com/analysis/pope-francis-praises-modernistic-sacred-architecture-at-awards-presentation/?utm_source=top_news&utm_campaign=usa

(2) https://www.pliniocorreadeoliveira.info/ACC_1951_006_Dois_quadros.htm

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