Quem diria: O PT irá defender a causa do Sínodo da Amazônia!
“Estamos prontos para contribuir com essa Assembleia tão importante, que está sendo retaliada pelo governo Bolsonaro, simplesmente porque o tema é a Amazônia que está sendo destruída e entregue ao capital estrangeiro. Todos que estão nesse apoio merecem nossos parabéns”, disse o deputado Frei Anastácio (PT-PB).
E ainda mais: “Os políticos pretendem enviar uma comitiva para participar do evento em Roma, que será realizado de 6 a 27 de outubro. O papa Francisco havia anunciado que vetaria participação de políticos no sínodo”. (1)
Está na lógica da esquerda: “A Segunda Declaração de Havana invocou o caso dos índios, dos mestiços, dos negros e dos mulatos na esperança de encontrar, nesses grupos raciais, um poderoso exército de reserva da revolução”.
No Brasil as principais lideranças de esquerda saíram das Sacristias
No jargão positivista ou liberal Igreja e Estado nada têm a ver em comum. Entretanto, a História nos mostra o contrário.
A Revolução Francesa gerou a Constituição Civil do Clero e obrigou os clérigos ao juramento. A China comunista criou a Associação Patriótica e o Registro Civil do Clero e presentemente obrigado os padres e bispos a se registrarem no Registro Civil.
No Brasil, historicamente, as lideranças da esquerda se forjaram nas sacristias – Lula teria muito que contar a esse respeito de seus contatos com Frei Betto e D. Cláudio Hummes.
Analogias entre progressismo e esquerdismo
Teve grande repercussão nacional a difusão do livro do Prof. Plinio Corrêa de Oliveira em 1976 (foto ao lado). Nele, são citados trechos de D. Casaldáliga contrários à propriedade privada, o qual afirma querer ir “além do comunismo”.
“O progressismo – tomado o termo em seu uso corrente – é um movimento religioso.
“Se bem que a sociedade espiritual e a temporal não se confundam, entre o progressismo e o esquerdismo as analogias são fáceis de discernir.
“A título de exemplo, lembremos que o progressismo visa a realizar na sociedade espiritual reformas de sentido muito análogo às que o esquerdismo tem por meta na sociedade temporal.
“Isso explica os pontos de convergência existentes entre progressistas católicos e esquerdistas católicos.
“Todo sistema religioso inclui um sistema moral. O progressismo, como movimento religioso, tem inevitáveis reflexos sobre os princípios morais dos que dele participam. Entre esses princípios estão os que regem as relações Estado-cidadão, patrão-empregado, etc. Em matérias tais, progressismo e esquerdismo se encontram, e normalmente cooperam”. (baixe o pdf gratuitamente) https://www.pliniocorreadeoliveira.info/livros/1976%20-%20Escalada.pdf
Presença de D. Cláudio Hummes, em evento de esquerda, no TUCA
A Igreja não é de esquerda entretanto, D. Claudio Hummes (relator do Sínodo) se alinha à esquerda. Causou surpresa a presença de D. Cláudio Hummes em evento de
esquerda no TUCA e ao mesmo tempo a ausência de Representantes da Igreja nas
comemorações do Dia da Independência.
Com a manchete: “Cai a máscara do isentismo: Dom Cláudio Hummes
em evento contra o governo Bolsonaro”, comenta o site FratresInUnum.com, 4 de
setembro: “Ao lado de dezenas de políticos esquerdistas, pousa ninguém menos
que o arcebispo emérito de São Paulo, o cardeal Dom Cláudio Hummes, relator
do Sínodo Pan-amazônico, a ser realizado dentro de um mês, em Roma”.
(https://fratresinunum.com/2019/09/04/cai-a-mascara-do-isentismo-dom-
claudio-hummes-em-evento-contra-o-governo-bolsonaro/).
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A Segunda Declaração de Havana e o separatismo indígena: ambição dos comunistas
Escreve Walter Kolarz, da BBC de Londres, conhecido especialista em assuntos do comunismo:
“A Segunda Declaração de Havana invocou o caso dos índios, dos mestiços, dos negros e dos mulatos na esperança de encontrar, nesses grupos raciais, um poderoso exército de reserva da revolução. […]. Essas questões raciais estavam sendo suscitadas na Declaração de Havana com especial persistência, e as passagens em apreço lembram várias declarações sobre a América Latina feitas pela Internacional Comunista de antes da guerra na qual o problema dos índios costumava ocupar lugar importante.
“Já em 1928, por ocasião do Sexto Congresso da Internacional Comunista, os partidos da América Latina foram instruídos para elaborarem “toda uma série de medidas especiais relativas à autodeterminação para as tribos de índios, à propaganda especial nas próprias línguas deles e aos esforços especiais para conquista de elementos importantes entre eles”. Em resposta a essa orientação geral, os comunistas peruanos advogaram a formação das repúblicas de Quechuan e Aymaran, e até o Partido Comunista do Chile exigiu a criação da república de Arauco, embora houvesse apenas uns poucos mil índios araucanos nas partes meridionais do país. Já em 1950 os comunistas mexicanos lançavam o “slogan”: “autonomia na administração local e regional” para os povos indígenas. (WALTER KOLARZ, Comunismo e Colonialismo, Dominus, São Paulo, 1965.)
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Seria mais do que oportuno o Vaticano deixar claro que apoia a integridade territorial do Brasil, sua soberania sobre a Amazônia, e que rejeita os esforços da esquerda internacional que fomenta o separatismo indígena. Quanto gostaríamos de ouvir isso partido de Roma! Infelizmente, os ventos de lá sopram na direção oposta!
O Cristo Redentor e Nossa Senhora Aparecida velem pelo Brasil, pela sua integridade territorial, sua soberania nacional que tanto esforço custou de nossos maiores em Guararapes, no Maranhão, no Rio de Janeiro, em Vitória.
(1) https://renovamidia.com.br/deputados-do-pt-apoiam-sinodo-da-amazonia/