É interessante notar como a devoção a Nossa Senhora Aparecida nasceu, que características tomou, e como foi se desenvolvendo ao longo da História do Brasil. Sabemos que ela nasceu no Vale do Paraíba, e conhecemos o seu ponto de partida.
Em outubro de 1717, três pescadores estavam pescando no rio Paraíba. De repente eles “pescam” com suas redes um tronco de imagem, e mais adiante sua cabeça. A pescaria, que estava muito difícil até aquele momento, tornou-se abundante.
Depois eles construíram junto ao rio uma capelinha para a imagem que tinham encontrado, substituída mais tarde por uma capela maior. Muitos anos depois, ergueu-se no local uma igreja.
As graças ali alcançadas foram acentuadamente numerosas. O povo começou a afluir em quantidade, recebendo graças extraordinárias.
Mas, ao mesmo tempo em que isto se dava, a devoção a Nossa Senhora Aparecida foi marcando a vida da Igreja. A tal ponto que, no pontificado de São Pio X, Nossa Senhora Aparecida foi coroada solenemente Rainha do Brasil, em 8 de setembro de 1904.
Coroação efetivada num ato oficial, na presença de muitos membros do Episcopado nacional. De acordo com um decreto da Santa Sé, Nossa Senhora Aparecida passou a ser Rainha do Brasil. Depois, em julho de 1930, Pio XI declarou Nossa Senhora Aparecida Rainha e Padroeira do Brasil.
Ela, portanto, ficou sendo no Céu a verdadeira Rainha de nossa Pátria. Esse fato nos deve ser muito grato, porque devemos ver nele um prenúncio do Reino de Maria.
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Excertos da conferência proferida pelo Prof. Plinio Corrêa de Oliveira em 5 de outubro de 1964. Esta transcrição não passou pela revisão do autor. Fonte: Revista Catolicismo, Nº 874, Outubro/2023.