Reforma Agrária, instrumento para impor a utopia coletivista e igualitária (I)

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Dr. Plinio Xavier: “Como conhecia a orientação socialista do governo Carvalho Pinto, Dr. Plinio comentou que teríamos obrigação de denunciar o projeto de Revisão Agrária”

Discípulo do Prof. Plinio Corrêa de Oliveira desde o início dos anos 50, Dr. Plinio Vidigal Xavier da Silveira coadjuvou-o em 1960 na fundação da Sociedade Brasileira de Defesa da Tradição, Família e Propriedade (TFP), na qual exerceu por mais de quatro décadas relevantes cargos de direção, especialmente no comando de diversas campanhas organizadas pela entidade em momentos críticos para o País.

Uma das mais importantes foi a difusão de Reforma Agrária — Questão de Consciência, livro cuja tese central afirma ser o direito de propriedade de ordem natural, não podendo o Estado eliminá-lo nem golpeá-lo a seu bel prazer.

Nos primórdios dos anos 60, no governo João Goulart, tentou-se impelir o Brasil rumo a um sistema sócio-econômico de cunho marxista, por meio de uma Reforma Agrária socialista e confiscatória.

Nos termos em que estava sendo proposta, a Reforma Agrária significaria um autêntico roubo, violando gravemente dois mandamentos do Decálogo: “Não roubar” e “Não cobiçar as coisas alheias”. Para impedir tal intento, a TFP promoveu em todo o País debates públicos, conferências, entrevistas, campanhas de rua difundindo o referido livro-denúncia.

Em razão do cinqüentenário desse livro, que criou um caso nacional com repercussão internacional, Catolicismo solicitou uma entrevista sobre o tema ao Dr. Plinio Xavier, que é formado em engenharia pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo e exerceu durante décadas o cargo de diretor da Construtora Adolpho Lindenberg.

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Catolicismo O que o Sr. poderia dizer aos leitores de Catolicismo a respeito das origens da Reforma Agrária no Brasil?

D. Helder Câmara, na década de 50, redigiu uma circular aos membros do episcopado brasileiro, anexando uma minuta de carta pastoral coletiva dos bispos do Brasil a respeito da Reforma Agrária

Dr. Plinio Xavier — No início da década de 50, o secretário geral da CNBB, D. Helder Câmara, redigiu uma circularaos membros do episcopado brasileiro, anexando uma minuta de carta pastoral coletiva dos bispos do Brasil a respeito da Reforma Agrária. Esse texto feria substancialmente o direito de propriedade e continha características claramente socializantes.

O então bispo de Campos, D. Antonio de Castro Mayer, remeteu aos membros do episcopado brasileiro uma carta ressaltando esse caráter socialista. Muitos prelados manifestaram, sempre em caráter particular e reservado, seu apoio às posições do bispo de Campos, e em vista disso o projeto de pastoral coletiva da CNBB não foi adiante. Internamente, os membros do “Grupo do Catolicismo” se referiam a tal documento de D. Helder como a “pastoral natimorta”.

Catolicismo Como e quando surgiu a idéia do livro Reforma Agrária – Questão de Consciência?

Dr. Plinio Xavier — Na Semana da Pátria de 1959 (ano em que Fidel Castro tomou o poder em Cuba), Dr. Plinio estava passando os dias feriados em Poços de Caldas (MG), em companhia de seus amigos mais próximos. Num desses dias, ele mostrou-nos uma notícia publicada em “O Estado de S. Paulo”, então o maior jornal da capital paulista.

Era o anúncio de que o governo do estado, chefiado pelo governador Carvalho Pinto, apresentaria à Assembléia Legislativa um projeto de Reforma Agrária, sob o nome de “Revisão Agrária”. Como já se conhecia a orientação socialista do governo Carvalho Pinto, Dr. Plinio comentou que teríamos obrigação de denunciar esse projeto, depois de constatar o seu caráter confiscatório.

O Prof. Plinio foi então para Santos (no litoral paulista) escrever a parte doutrinaria do livro. Depois ele a apresentou a D. Geraldo de Proença Sigaud, bispo de Jacarezinho, e D. Antonio de Castro Mayer, bispo de Campos. Estes aprovaram com algumas poucas observações, entre as quais alguns comentários acrescentados por D. Sigaud.

Por ocasião de um Congresso Eucarístico em Curitiba, o Prof. Plinio convidou os dois bispos a assinarem o livro como co-autores e, num hotel daquela cidade, eles revisaram toda a obra.

O Prof. Plinio desejava demonstrar que o projeto era inaceitável também do ponto de vista econômico, pois a estrutura agrária então existente satisfazia com muita eficiência as necessidades da produção agropecuária. O economista Luiz Mendonça de Freitas, então Secretário do Instituto de Economia da Associação Comercial de São Paulo, foi convidado e aquiesceu em redigir uma parte econômica para o livro.

Catolicismo Qual a razão da expressão “questão de consciência” no título do livro?

Dr. Plinio Xavier — Como ele visava sobretudo denunciar a transgressão de inarredáveis preceitos da moral católica, presente no projeto socialista, a idéia era levantar a questão de consciência que se colocaria para todos os católicos no Brasil, em especial para as autoridades eclesiásticas, que deveriam denunciar e recusar o projeto. Por isso optou-se pelo título Reforma Agrária – Questão de Consciência (RA-QC).

Catolicismo Qual a ligação do livro com a TFP?

Dr. Plinio Xavier — Alguns meses antes do lançamento deRA-QC, em julho de 1960, o Prof. Plinio Corrêa de Oliveira havia fundado com alguns amigos, entre os quais eu me encontrava, a Sociedade Brasileira de Defesa da Tradição Família e Propriedade — TFP, com o objetivo de combater a socialização do País.

Com o desenvolvimento da campanha de divulgação do livro, a TFP foi-se incumbindo aos poucos da tarefa, tornando-se assim muito conhecida como vinculada à difusão do pensamento anti-agrorreformista. O clero progressista e a imprensa esquerdista viram sempre a entidade com muito desagrado, pois de fato ela tornou-se a maior corrente do pensamento católico conservador existente no Brasil. Mesmo motivo, aliás, pelo qual era vista com simpatia por largos setores da opinião pública nacional.

Catolicismo Quando se deu o lançamento de RA-QC?

Dr. Plinio Xavier — Em outubro de 1960 a Editora Vera Cruz, então criada por alguns membros do chamado “Grupo do Plinio”, lançou a primeira edição da obra. A livraria Palácio do Livro, uma das maiores de São Paulo naquela época, encheu sua vitrine com exemplares do livro e encarregou-se de sua distribuição por todo o País.

Em poucos dias o volume de vendas tornou-se extraordinário, e em alguns meses a tiragem chegava a 30 mil exemplares em quatro edições sucessivas. Teve também edições na Argentina, Espanha e Colômbia.

2 COMENTÁRIOS

  1. AS FUTURAS FORÇAS ARMADAS REVOLUCIONÁRIAS DO BRASIL
    O MST é o embrião das futuras forças armadas revolucionárias do Brasil (FARB); ensina idolatria a chefes comunistas, táticas de guerrilha, mobilização, ocupação de pontos-chave, possui logística de abrangência nacional e agressividade suficiente para capitalizar milhares de mártires em suas colunas, graças a anos de doutrinação comunista, incluindo os filhos dos seus membros; movimenta milhões em verbas de origem pública e privada (ongs) e, no confronto com forças regulares, exigirá, para sua aniquilação, operações capazes de reduzir a Contrarrevolução de 1964 a simples exercício de escoteiros. Essa hipótese, muito provável, se aproxima célere. Aprendida a lição em 64, estão preservando, mal contidos, o ataque frontal à hierarquia militar, por enquanto. Qualquer pessoa de mediana capacidade de observação, analisando o desenrolar dos acontecimentos, de vinte anos até hoje, e das etapas já vencidas pela esquerda gramscista, percebe isso. Reunamo-nos e preparemo-nos. Ainda há tempo.

  2. COMUNISMO: Alien, o 9º passageiro

    Se você assistiu à série de ficção científica “Alien, o 8º Passageiro”, vai entender imediatamente esse alerta. Na trilogia, um tripulante humano de uma nave é contaminado por um parasita, que se desenvolve em seu ventre, rasga-o para sair, cresce muito rápido, é carnívoro, voraz, selvagem e muito inteligente, além de reproduzir-se em profusão.

    Os filmes são assustadores e proféticos, pois se alguma nave alienígena aparecer em sua frente, a probabilidade de Aliens estarem procurando entre proteína ou amizade é de 100 para 1.
    No tempo da criação do monstro filosófico-político chamado comunismo (Séc. IXX) as pessoas eram muito pobres ou muito ricas, e a maioria esmagadora era pobre. Nascido pobre, a chance de enriquecer era quase nenhuma. Era dificílimo mudar para uma classe social melhor. Isso, há mais ou menos cento e cinqüenta anos.
    Hoje, as coisas são totalmente diferentes; pode-se enriquecer em poucos anos, com trabalho honesto, árduo, com inteligência, tino, oportunidade e pouco dinheiro. Basta assistir o programa dominical “Pequenas Empresas, Grandes Negócios.” Milhares de pessoas, com boas ideias, determinação, vontade e fé, começaram como vendedores de cocada, empada, catando papelão, e hoje são proprietários de pequenas, médias e até grandes empresas, gerando milhares de empregos e trazendo renda para milhares de famílias. Olhe só o Globo Rural, da Rede Globo, um dos exemplos e o pioneiro: há trinta anos ensina ao Brasil o agronegócio, a plantar, criar, empreender, enfim, subir na vida honestamente. Você conhece algum programa assim que seja do governo?
    Voltando ao parágrafo anterior, há cem anos atrás os comunistas não tinham nada, e para provar sua teoria de alcançar a felicidade na terra, dividindo tudo, tinha que tomar as propriedades dos outros. Tomaram, mataram, dominaram a metade do mundo mais de setenta anos e olhe o que deu: caiu o Muro de Berlim em 1989 e aquele castelo de cartas, aquele embuste que só serviu para escravizar os povos dominados, sob a desculpa de “acabar com as classes sociais, com a burguesia”, criou e manteve, na realidade, por mais de setenta anos, somente duas classes: a do povo, das” massas”, como eles gostam de dizer, que virou escrava, e a dos senhores, eles, os dirigentes, os sindicalistas, os agitadores estudantis, os intelectuais que não trabalhavam, sendo alguns até filhos de gente rica. Eles, os dirigentes, viraram os senhores, os chefes, as cabeças pensantes autoencarregadas de conduzir “as massas” ao reino da felicidade ainda na terra, ao reino da fartura, da justiça e da igualdade.

    Novamente hoje, as coisas são totalmente diferentes: o comunismo internacional movimenta milhões, o MST movimenta milhões, e se quisessem, comprariam uma ou mais áreas de milhares de alqueires e poderiam provar sua teoria – criar superpropriedades, poderosas, prósperas, abundantes, e produzir milhares de toneladas de alimentos, gado, etc…
    Então, por que não fazem isso? Perguntaria você. Porque não funcionará. Sistema coletivo nenhum funciona direito. Não há estímulo, trabalhando-se bem ou mal, muito ou pouco, todos ganham a mesma coisa, e isso desanima qualquer um, traz revolta, traz inveja, todos dependem de ordens de um chefe, ninguém decide nada por si, a pessoa vira um robô, um autômato, perde a iniciativa, a criatividade, vira um zumbi ambulante. Então eles continuam vociferando contra a propriedade privada, contra o lucro, contra a livre iniciativa, prometendo que um dia, quando tomarem o poder, a coisa vai ser diferente. Eles vivem disso, de promessas futuras. Você já viu na televisão algum filme sobre os assentamentos do MST mostrando fartura, produção abundante, todos alegres? Não há. Os assentamentos são favelas rurais, todos comandados de fato por um chefão, esse sim, explorador, mandão e cheio de privilégios. Quando muito, talvez em alguns, plantam para comer, mas complementados com cestas básicas e bolsas família do governo.
    E você já notou que comunista algum denuncia prefeito, vereador, deputado ou senador envolvido em escândalo? Eles nunca denunciam detentores de cargos públicos, porque a vida deles depende desses cargos. Você já ouviu algum comunista falar que tem municípios demais no Brasil? Quase cinco mil e setecentos? Jamais vão falar isso, porque eles amam a coisa pública, vivem disso. Você nunca vai ver um comunista bom médico, bom engenheiro, bom dentista,bom lojista, bom patrão ou bom empregado. De modo algum. Mal entrou em alguma fábrica, dá um jeito de ir para o sindicato e nunca mais sai de lá, nunca mais voltará para o torno ou retornará a alguma atividade produtiva. Por isso ele entra em pânico quando fala que tem que privatizar a Petrobras e todas as empresas públicas. Como ele chegará a diretor, chefe, talvez presidente de uma empresa? Só se ela for pública, pois na iniciativa privada ele jamais chegaria ao topo sem estudo, competência e trabalho duro, constante e rotineiro.
    Quer ver uma diferença gritante entre a coisa pública e a privada? Muito simples, preste atenção: antes da telefonia ser privatizada pelo governo do presidente Fernando Henrique, quanto custava um telefone? 2, 3, 4, e até 12 mil reais. Lembra-se? E quanto tempo você ficava na fila esperando um? 1, 2 3 e até 5 anos. Não acredita? Pergunte ao seu pai ou seu avô. A conta até que não era cara, só não se tinha telefone.
    E hoje? Há mais de 100 milhões de telefones celulares no Brasil. A conta não é barata, mas telefone não foi feito para se ficar pendurado nele, e sim falar o essencial. Até mendigo pode ter um celular. E o fixo? Custa R$ 70,00 e instalam em 2 dias.

    Mas se depender dos comunistas, eles reestatizarão todas as empresas telefônicas estaduais que foram privatizadas e tomarão as operadoras privadas, pois assim terão acesso às centenas de cargos de diretoria. Acha isso certo? Você não precisa ler Marx, Gramsci e outros filósofos do absurdo para entender que o comunismo é uma droga. Isso mesmo, uma droga como a maconha, a cocaína e a heroína. É o ópio dos intelectuais, assim como eles disseram que a “religião é o ópio do povo”.

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