A Polônia, é preciso lembrar, passou a ser local-teste da aproximação progressistas e comunistas — a Ostpolitik Vaticana — iniciada sob Paulo VI. O principal articulador dessa política de abertura ao comunismo, Cardeal Casaroli, era celebrado pela midia, na década de 70.
Em sua viagem à Cuba (1974), Mons. Casaroli declarou que os católicos eram felizes … sobre o regime ditatorial de Castro. O Prof. Plinio redigiu, então, o conhecido Manifesto de Resistência à Ostpolitik, publicado na Folha, onde afirmou: “causa perplexidade que Mons. Casaroli reconheça que os católicos cubanos sofrem restrições em seu culto público, e ao mesmo tempo assevera que eles são “respeitados em suas crenças”. Como se o direito ao culto público não fosse uma das mais sagradas de suas liberdades.”
Frisamos, de passagem, esse ponto: o direito da Religião Católica ao culto público, violado nos lockdowns, pisado pela China comunista em nossos dias.
Mas, passemos ao tema desse artigo.
Na Polônia, recente livro celebra Revolução e Contrarrevolução
“O professor Grzegorz Kucharczyk, historiador de Poznań que trabalha no Instituto de História da Academia Polonesa de Ciências, não é apenas um excelente especialista na história do polonês, mas também um especialista na história das ideias, que muitas vezes segue e descreve como – falar na língua do filósofo americano Richard Weaver – as ideias têm consequências.”
Para o Prof. Plinio: tendências, ideias, fatos. Sim, das tendências e ideias se passa aos fatos, está demonstrado em Revolução e Contrarrevolução.
Continua o artigo: “De fato, as revoluções que abalaram o mundo como o conhecemos há séculos não são episódios isolados e não relacionados da história. Pelo contrário, quase todos eles estão em alguma relação uns com os outros e têm sua própria lógica. Um dos teóricos mais famosos desse processo, o estudioso brasileiro, Plinio Correa de Oliveira, afirmou que até agora na história de nossa civilização tivemos que lidar com quatro revoluções fundamentais, cada uma delas diz respeito a um aspecto diferente da vida das sociedades. A primeira foi a Reforma. Foi uma revolução de natureza religiosa, onde triunfou, distorceu a imagem de Deus e do homem, e acima de tudo a relação do Criador e sua criatura mais perfeita visível – o homem. A segunda foi a Revolução Francesa. Foi política, mudava o sistema estatal e questionava a antiga estrutura social hierárquica. A terceira foi a revolução comunista, de natureza econômica: questionou os princípios da ordem econômica e aprofundou as mudanças introduzidas pela revolução anterior. E o quarto, que começou nos anos 50 ou 60″.
O autor passa então à IV Revolução que engloba a revolução cultural, a destruição da família, os anticonceptivos, a revolta estudantil de maio de 68 (Sorbonne, França) resumindo, a destruição dos Valores Morais, a agenda lgbt, a ideologia de gênero, o slogan libertário: “é proibido proibir”.
Revolução e Contrarrevolução: atualidade
Continua o artigo: “O professor Kucharczyk não só segue conscientemente o traço supracitado da revolução quádrupla tirada do pensamento de Correa de Oliveira” …
O livro do Prof. Plinio, Revolução e Contrarrevolução ganhou nova força, atualidade, face ao desenrolar das “bobinas da História” (expressão cunhada em reunião da TFP) com o surgimento de novos abismos tipo agenda lgbt e ideologia de gênero. Num plano mais vasto, o Great Reset visa a mudança das grandes estruturas a nível mundial com o fim específico: mudar o homem.
Não podemos perder de vista que o grande visado no Novo Normal é o homem, criado à imagem e semelhança de Deus. Mudar as estruturas é apenas meio para atingir o fim: fazer com que o homem se afaste da “imagem e semelhança” com o Criador.
Escreveu o Prof. Plinio:
- “Capítulo I – Crise do Homem Contemporâneo
- “As muitas crises que abalam o mundo hodierno – do Estado, da família, da economia, da
cultura, etc. – não constituem senão múltiplos aspectos de uma só crise fundamental, que tem como
campo de ação o próprio homem. Em outros termos, essas crises têm sua raiz nos problemas de
alma mais profundos, de onde se estendem para todos os aspectos da personalidade do homem
contemporâneo e todas as suas atividades. - “Capítulo II – Crise do Homem Ocidental e Cristão
Essa crise é principalmente a do homem ocidental e cristão.” (idem, pg 3 – download gratuito)
Uma conclusão de esperança: Profecias de Fátima
Um ponto indispensável nas considerações sobre o processo revolucionário, sobretudo quanto à presente investida mundial do Great Reset, é a nota de esperança posta em Nossa Senhora.
Conclui a notícia: “porque foi Maria quem anunciou sua vitória sobre correntes revolucionárias em Fátima (…) pode e absolutamente deve se tornar uma inspiração para a luta contemporânea dos católicos na Polônia, na Europa, no mundo, mas também dentro da própria Igreja.”
É exatamente essa esperança que move o Instituto Plinio Corrêa de Oliveira na sua luta contra a Revolução em nossos dias.
“A primeira, a grande, a eterna revolucionária, inspiradora e fautora suprema desta Revolução,
como das que a precederam e lhe sucederem, é a Serpente, cuja cabeça foi esmagada pela Virgem
Imaculada. Maria é, pois, a Padroeira de quantos lutam contra a Revolução.
A mediação universal e onipotente da Mãe de Deus é a maior razão de esperança dos contrarrevolucionários. E em Fátima Ela já lhes deu a certeza da vitória, quando anunciou que, ainda
mesmo depois de um eventual surto do comunismo no mundo inteiro, “por fim seu Imaculado
Coração triunfará””
Essa é a conclusão do Prof. Plinio, em seu livro Revolução e Contrarrevolução, que recomendamos vivamente a nossos leitores. É o que ensina São Luiz Grignion de Montfort: Maria é a mais poderosa inimiga que Deus armou contra o demônio. A primeira revolta contra Deus foi dada por Lúcifer e exorcizada por São Miguel: “Quis ut Deus”.
A Revolução, de que trata o Prof. Plinio, é filha da Serpente infernal e seus agentes na Terra são inspirados pela primeira grande revolução do príncipe das trevas. Conforme diz o Gênesis: “Ela lhe esmagará a cabeça” (Genêsis 3, 15), recorda São Luiz Grignion, em seu profético Tratado da Verdadeira Devoção a Maria Santíssima.
Fonte: Zasiew przeciw-rewolucji [RECENZJA] | Tygodnik Bydgoski
Estamos percebendo isso de maneira categórica, sem retoques. A minha experiência pessoal, lendo e relendo o que ocorreu em Fátima é: Oremos! Oremos e muito! e consagremos formalmente a nós, nossas famílias, nossos bens, terra, casa, apartamento, carro, etc, enfim, tudo, a Maria! Consagrem tudo a Ela!
Como diz São Luiz Maria Grignon de Montfort: A Jesus, por Maria!