Um robô foi o redator da primeira notícia sobre um dos terremotos leves do mês de março de 2014 na Califórnia. O jornalista Ken Schwencke, do Los Angeles Times,acordou com o tremor, pulou da cama e encontrou em seu computador a matéria já escrita e aguardando autorização para ser posta no ar.
Assim, o site de seu jornal foi o primeiro a informar sobre o tremor. “Eu calculo que todo o processo demorou três minutos”, disse Schwencke.
O autor do artigo foi um algoritmo apelidado Quakebot, desenvolvido pelo jornalista. Schwencke reproduziu o artigo de seu Frankenstein eletrônico, mas reconheceu que não merecia o Prêmio Pulitzer pelas suas imperfeições. Porém, polido 71 vezes por jornalistas de carne e osso, saiu na primeira página do jornal impresso.
Quakebot não é o primeiro ensaio. O chamado robô-jornalismo é tido como uma ameaça ao jornalismo humano, pois implica a redução de empregos de homens dotados de inteligência.
O jornalismo-robô ainda poderá ser melhorado. Segundo o site Slate, embora os leitores do Los Angeles Times, não vão ler logo na assinatura: “este artigo foi escrito por um algoritmo”, a tendência vai nesse sentido na imprensa escrita e na Internet.
Não é de espantar que jornais e órgãos profissionais de informação estejam cada vez mais desertados de leitores que julgam encontrar informações “pré-fabricadas” e sem alma, além de, em não poucos, um viés esquerdizante.
E que os leitores procurem cada vez mais blogs e sites redigidos por pessoas com alma, paixão, interesse pela matéria, talento, estilo ou gostos definidos, exclusivos do homem criado à imagem e semelhança de Deus.
Leonardo Faccioni,
Se me outorgam breve errata: na primeira linha de meu comentário pregresso, leia-se “consome”; na antepenúltima, “desinteressados”.
O dia em que todas as notícias forem redatadas e transmitidas por robos teremos a constatação de que o homem deixou-se sepultar vivo, numa existência sem razão.
Boa parte do jornalismo que atualmente se consume no ocidente (Brasil incluso e sublinhado) é trabalhada, já há muito, por uma casta de autômatos egressa das linhas de montagem do sistema universitário, que literalmente os programa para reações binárias bastante rudimentares. Algo como “quatro patas, bom; duas patas, ruim”, para recordar a passagem de Orwell em “Animal Farm”.
É bem verdade que, quiséssemos fazer justiça ao conceito de jornalismo, o fenômeno ora descrito não se enquadraria aqui – os autômatos de que falo produzem panfletagens, propaganda e mistificações, apenas, desubteressados por relatos fáticos ou opinião abalizada. O problema é que se replicaram a um tal volume que perdemos qualquer parâmetro de comparação. O ambiente jornalístico converteu-se quase inteiro em máquina de desinformação massiva.
Excelente! Não teremos mais o ego de jornalistas vendidos a máquina estatal ou qualquer tipo de pagamento. Provavelmente serão imunes a envio de propinas ou qualquer tipo de agrado e assim irão escrever exatamente a noticia sem floreios e tendências, sejam elas quais forem.
Basta ligar na tomada e pronto:
JORNAL NACIONAL – BOA NOITE. HOJE CAIU A BOLSA – AMANHA CHOVE CANIVETE – AUMENTO O SAL NOS MARES É EVIDÊNCIA PROVADA PELA ONG porcaria e confirmada pela outra ONG não tenha nada para fazer.
FIM.
Caminho ao embrutecimento !!..Agora mais essa !!…Claro que está na pauta dos arautos da desgraça humana, máquina fria não pensante e de “sentimentos” moldados nos bits.
O mais lamentável é que foi um humano quem colocou a rodar esse sistema.