Vladimir Putin assinou decreto pelo qual a Rússia deixa de fazer parte do Tribunal Penal Internacional (TPI), noticiou “El Mundo” de Madri. O TPI é responsável por julgar acusações graves como genocídio e crimes contra a humanidade. Putin sente sobre seu governo e o país que tiraniza pesarem graves culpas e foge da Justiça internacional desconhecendo seus tribunais.
O diktat de Putin saiu logo após a Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Geral da ONU aprovar resolução condenando a “ocupação temporária da Crimeia” pela Rússia e condenando a Rússia por abusos de direitos como a discriminação contra alguns criminosos.
A Rússia anexou a Crimeia, região que pertence à Ucrânia, em março de 2014 após um referendo falseado montado no Kremlin, uma medida que levou Moscou a receber sanções ocidentais.
O Ministério das Relações Exteriores russo tentou justificar o ex-abrupto diplomático alegando que o TPI não é verdadeiramente independente.
“O tribunal nunca cumpriu com as grandes expectativas que gerou e não se converteu em verdadeiramente independente”, afirmou a chancelara russa, que qualificou o TPI de “parcial e ineficiente”.
“Nestas condições não se pode falar de confiança com o TPI”, por isto o presidente Vladimir Putin decidiu “retirar a assinatura deste documento”.
Moscou também está especialmente irritada com a decisão do TPI de investigar crimes de guerra cometidos durante o conflito de 2008 entre Rússia e Geórgia, comentou a “Folha de S.Paulo”.
Putin assinou em 2000 o Tratado de Roma que estabeleceu o tribunal baseado em Haia (Holanda), mas nunca o ratificou. Infelizmente, os organismos internacionais criados para punir a violação do Direito Internacional, dos direitos humanos, genocídios, etc., foram muito infiltrados pelas esquerdas e se tornaram merecedores de muitas e severas críticas.
Mas dessas esquerdas infiltradas “amigas” em órgãos como o TPI ou a ONU, Putin não tem muito a temer, mas sim os países de direita, conservadores ou anticomunistas que já têm sofrido condenações injustas ou enviesadas. Putin se mostrando tão incomodado com esses tribunais e comissões acaba confessando que o fardo de ilegalidades que ele sente sobre si é tão grande que nem mesmo seus amigos dos direitos humanos teriam coragem de absolve-lo de tudo.
Estados Unidos e Israel não aceitam a jurisdição do TPI, e nem por isso li artigos criticando essa postura.