A safra agrícola brasileira correu bastante bem, exceção de algumas questões pontuais referentes ao tempo, pois as baixas temperaturas foram intensas no ano passado, chegando mesmo a nevar nos três estados da região sul, o que prejudicou as pastagens, a produção do trigo, cevada, milho, até mesmo alguns reflorestamentos de eucalipto.
Com efeito, o Brasil atingiu quase 200 milhões de toneladas de grãos, indubitavelmente o segundo país maior produtor de alimentos do mundo, pois para este efeito não vale contar a produção das 28 nações que compõem a Comunidade Europeia como a que segue à produção americana.
Se papel aceita tudo, a calculadora não faz menos, dependendo de quem a opera, mas na política as coisas não são assim. Basta perguntar aos dirigentes da Europa Unida como funciona aquela colcha de retalhos da qual a todo o momento solta um pedaço.
Quanto ao aporte de divisas, a safra do ano passado não conheceu menor êxito: 99.970 bilhões de dólares. Subtraídas as importações, o saldo representou 88.291 bilhões de dólares.
Há 10 anos, o ex-ministro Luiz Fernando Furlan ao dirigir um painel sobre a indústria, comércio e agropecuária, em Presidente Prudente (SP), exortou os empresários para que exportassem. À época, dos cerca de 200 empresários da região, apenas quatro deles exportavam.
Lembro-me do depoimento sobre a sua primeira viagem de “mascate” a fim de vender os produtos da Sadia. Procurou ele transmitir a agradável sensação que sentiu ao assistir a montagem do primeiro contêiner a ser transportado para o exterior. E concluiu exclamando: “Vocês não sabem como é gostoso exportar!”
Na ocasião, seu grande anelo era de que o Brasil atingisse o valor bruto de exportação de 100 bilhões de dólares, pois até então não excedia a 50 ou 60 bilhões. Hoje, apenas o agronegócio poderia bater à porta do ex-ministro e declarar em tom solene: “Fizemos a lição de casa, pois apenas nós atingimos os 100 bilhões de dólares exportados”.
A propósito, cabem algumas perguntas sobre os demais setores de produção, se fizeram ou não suas respectivas tarefas. Antes, o governo fez a sua parte? A indústria de manufaturados — que já deu apreciáveis saldos ao Brasil — no ano passado, teria feito igualmente a sua?
De acordo com o jornal “O Estado de S. Paulo” (15-1-14), o setor amargou déficit de 105 bilhões de dólares. E, caso não fossem incluídas algumas plataformas que a Petrobrás “exportou ficticiamente” para a filial do Panamá, o déficit teria subido para 112 bilhões de dólares…
O ex-presidente Lula gostava de articular que nunca o pobre teve tanto remédio à sua disposição e a tão baixo preço como os medicamentos agora fabricados no Brasil, sobretudo os “genéricos”. Aliás, tal iniciativa foi do governo anterior ao dele. Mas uma coisa é o dito e outra é o fato.
Não sei se por primariedade ou velhacaria, nunca se falou que os ingredientes dos remédios são todos importados, cabendo ao Brasil tão-só adicionar o amido e distribuí-los… O certo é que o resultado dessa iniciativa no ano passado resultou num déficit superior a 30 bilhões de dólares!
Não vamos nos ocupar aqui da Petrobrás, pois todos sabem em que condições ela se encontra depois de politizada pelo PT. Basta recordar que a maior dívida mundial de uma empresa é exatamente a da Petrobrás, com 250 bilhões de reais! E atente o leitor que o seu capital que já chegara a quase 800 bilhões de reais, hoje está reduzido pela metade.
Xico Graziano, em artigo para a imprensa, afirmou que o governo Lula/Dilma, em razão da crise da Petrobrás, levou cerca de 100 usinas de açúcar/álcool ao estado pré-falimentar, ou seja, o combustível verde do qual o Brasil se orgulhava encontra-se sepultado num buraco negro…
Eu fico muito feliz quando nós brasileiros conseguimos mostrar o quão grande é o nosso potencial! E esse resultado é perceptível…
mas eu estou um pouco preocupado, não sou desses que simpatizam com as práticas do MST, mas eu não sei o que acontece que no Brasil as “coisas” mesmo quando certas na maioria das vezes se faz sem muito cuidado!
Eu tenho acompanhado a “natureza” na região onde moro (Noroeste e Triângulo Mineiro) e apesar de ver uma expansão agrícola e digo mais uma vez: isso me alegra! junto disto tenho percebido também o DESCUIDO com a nossa natureza! Isso mesmo, só pode ser descuido, porque no Brasil há políticas, normas, orgãos, conselhos e muito mais ferramentas para nós levaram a produzir com qualidade, mas isso não está acontecendo! A moda nos pivôs, aqueles gigantes aguadores estão para todos os lados, quando viajamos de avião podemos perceber que o cerrado brasileiro está como um queijo fresco, circulos e mais circulos em todo canto… e daí? alguém já deve ter questionado! e daí que o pivô tem a necessidade de uma fonte de água, e aí está o 1º problema: As nossas nascentes estão sendo sacrificados em prol de uma produção agrícola! O que me parece é que nossos “cidadãos agrícolas” não tem tido o cuidado e zelo com a nossa natureza que é nossa! e aí me vem a velha característica brasileira de fazer as coisas meio pelos “cocos” (sem o detalhismo técnico necessário). O 2º problema: O desmatamento vai até a nascente sem respeito nenhum! Ora por acaso (ou cuidado mesmo) não deveríamos ter uma margem de vegetação muito maior em torno das nossas nascentes? há locais que a plantação tem suas margens nas mesmas margens das nascentes…
Tudo que eu quero deixar registado aqui pode ser resumido assim:
Nós Brasileiros precisamos urgentemente olhar para nós mesmos e começar a cuidar, com responsabilidade, consciência, e poque não amor? daquilo que é NOSSO!
Vou fazer a transcrição de um artigo de um jornal que confirma que empresas brasileiras com a implementação da agroindústria em Moçambique, estão a promover o êxodo rural comparativamente ao que já haviam feito no Brasil.
“Camponeses de Moçambique temem modernização agrícola à brasileira.
São casos que acentuam o temor com que os camponeses imaginam o Programa de Cooperação Tripartite para o Desenvolvimento Agrícola da Savana Tropical em Moçambique, conhecido como ProSavana e apoiado financeiramente pelas agências de cooperação brasileira (ABC) e japonesa (Jica).
O programa, baseado na tecnologia de agricultura tropical desenvolvida no Brasil, pretende aumentar a produção no corredor de Nacala, uma área de 14,5 milhões de hectares no centro e norte de Moçambique, com potencialidades agronômicas semelhantes às do Cerrado, a savana brasileira. Vivem ali cerca de 4,5 milhões de habitantes, 80% na zona rural, uma alta densidade em comparação com países como o Brasil, que já viveram uma modernização agrícola que promove o êxodo rural.”
http://envolverde.com.br/ips/inter-press-service-reportagens/camponeses-de-mocambique-temem-modernizacao-agricola-brasileira/
Sem dúvida nenhuma é digno do maior apreço e consideração a atividade agrícola brasileira, abrangendo a agricultura propriamente dita, a pecuária e a floresta. Tem-se desenvolvido de um modo que pode orgulhar os participantes e o país.
Contudo, é preciso notar que para um país das dimensões do Brasil, a produção agrícola é baixa. No texto diz que a União Europeia reivindica a segunda posição como produtora agrícola (Hélio Brambila não aceita esta posição, dizendo que basta perguntar como funciona aquela colcha de retalhos da qual a todo o momento solta pedaço, no que está a ser, infelizmente, injusto e ignorante) mas a superficie da União Europeia é menos de metade da superfície do Brasil.
É evidente que isto não é culpa dos agricultores, mas dos políticos que muito facilmente se deixam dominar por forças estrangeiras altamente danosas para o Brasil, como se viu ainda agora a respeito do Código Florestal.
Por outro lado, a evolução da produção agrícola, se o governo fizesse a sua parte poderia ser bastante mais rápida e isto é um problema de que a agricultura nacional deve tomar consciência e não esquecê-lo como uma avestruz.
Finalmente, o maior produtor de grãos do mundo é a China que produz algo mais do que 25% do total mundial. A China é ainda o maior produtor agrícola mundial. E a China tem uma superfície equivalente à do Brasil, tendo uma área considerável de desertos e de áreas a elevada altitude, impróprias para a agricultura.
Não posso nem quero desapreciar a agricultura nacional, Longe de mim tal propósito. Pelo contrário, sou daqueles que considero os lavradores brasileiros como heróis.
Mas o seu a seu dono
Para as esquerdas tudo o que provém da iniciativa privada é motivo de suspeita. É tachado de “opressor”, pois cria uma máquina de desigualdade, em que o empresário se sobressai, se impõe pela sua agudeza em alcançar êxito, em vencer dificuldades, em ganhar, mesmo que a custa de trabalho. Mas nesses casos ele emprega outros que são empregados, ou, conforme interpreta a esquerda, “explorados”, pois permanecem na condição de assalariados, “dando” seu trabalho “a custa de uma merreca de dinheiro…”
Agora, se não houvesse o agronegócio e a iniciativa privada, de quem a esquerda iria tirar para dividir?…
Vale a pena lembrar de o Brasil não é ou não está auto suficiente no que concerne a produtos agrícolas, a medicamentos, a petróleo de qualidade e outros mais e por isso depende muito da importação de produtos essenciais para a sua economia.
Com a crise da Crimeia, a crescente ameaça do potencial poderio russo fez unir com mais força a União Europeia e os Estados Unidos, que vai certamente resultar em aplicar com maior efetividade sanções econômicas à Rússia por parte desta robusta aliança.
Mas também ficou esclarecido que as sanções aplicadas poderão estender-se àqueles países que porventura mantenham acordos econômicos com a Rússia, advertência esta que faz lembrar os compromissos comerciais existentes entre o Brasil e o país de Vladimir Putin.
O Brasil que dá certo sempre é alvo de ataque dos
“esquerdopatas” os Bancos por exemplo, temos um sistema bancário que figura entre os melhores do mundo, o que pode ser medido pelo lucro!
e justamente por conta deste atributo, sofre impiedoso ataque dos
“teóricos do partido”!
Talvez onde o Brasil mais deu certo, foi no agronegócio, somos o segundo maior produtor mundial de alimentos , o que não é pouca coisa! Mas é exatamente esse sucesso que atrai tanto ódio! O MST, buscando minar o brilho desse segmento, promove invasão de propriedade e de centros de pesquisas! Até quando vamos conviver
enfrentando o ataque destas bactérias malignas, que só buscam enfraquecer os órgãos mais sadios do sistema econômica da nação?