São Tomás Morus modelo de estadista católico que obedece a Deus antes que aos homens

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Nascido em Londres em 7 de fevereiro de 1478, São Thomas Morus foi Chanceler da Inglaterra. Por não ter aprovado o divórcio do rei Henrique VIII, foi martirizado em Tower Hill no dia 6 de julho de 1535. Foi beatificado por Leão XIII em 1886 e canonizado por Pio XI em 19 de maio de 1935.

Combati o bom combate, percorri toda a minha carreira, guardei a Fé


Político católico de alta cultura


São Thomas Morus, católico convicto, modelo daquele político que ascende aos mais altos graus da admiração, munido de profundos conhecimentos filosóficos, jurídicos e sociais.
Em São Thomas, o político não matou o filósofo nem o teólogo; mas o filósofo e o teólogo governaram o político, iluminando-lhe o caminho, ditando-lhe os horizontes e dirigindo-lhe a ação. Ele deu a prova de amor à Santa Igreja levantando-se contra o divórcio de Henrique VIII, perfeitamente consciente de que isso lhe faria perder o cargo de Chanceler e ser condenado à pena capital.

Non possumus … não posso pactuar com o erro

Nos intermináveis interrogatórios, foi-lhe ao encontro a perfídia de Thomas Cromwell [primeiro-ministro de Henrique VIII], que procurava por meio de hábeis perguntas, convencê-lo do crime de alta traição. Morus, porém, não se deixou enredar e, com a tranquila firmeza de uma alma pura, pronunciou esta frase que resume toda a sua defesa: “Sou fiel ao rei, não faço o mal a ninguém, nem difamo a quem quer que seja; se isto não é suficiente para salvar a vida de um homem, não quero viver por mais tempo”.
Assim deveriam ser os políticos católicos, colocar os princípios acima das vantagens pessoais. Se essa nobre atitude lhes custar a carreira poderão dizer como São Paulo: combati o bom combate, percorri a corrida inteira, guardei a Fé.

Que esse grande estadista católico inspire os homens públicos de nossa reação conservadora, que deverá regenerar o Brasil, pelos rogos de Nossa Senhora Aparecida.

Fonte:

Excertos do artigo do Prof. Plinio Corrêa de Oliveira, publicado em “O Jornal”, Rio de Janeiro, 22 de junho de 1935 – 4o. centenário de seu martírio.

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