Se a bolha chinesa explodir, nem o Brasil sairá ileso

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    Se a bolha chinesa explodir até os EUA sofrerão o impacto.
    Se a bolha chinesa explodir até os EUA sofrerão o impacto.

    Na Grécia, o pior dos cenários ocasionaria um abalo que poderia ser assimilado. Porém, caso as negras perspectivas na China se confirmem, dificilmente algum país do mundo ficará ileso.

    A crise da China interessa sobremaneira ao Brasil, considerado há muito tempo pelos investidores como um “derivativo da China” por sua quase dependência comercial com ela, estabelecida no período petista.

    O Brasil ficou vendendo suas matérias-primas para a indústria chinesa, fechando as fábricas nacionais e importando manufaturas de todo tipo.

    O minério de ferro, principal produto da pauta de exportação brasileira, caiu desde o início de junho espantosos 29,24%.

    Em consequência, os títulos da mineradora Vale na primeira semana de julho acumulavam queda de 23,90% desde 1º de junho, escreveu Raquel Landim, da Folha de S.Paulo.

    À dependência da China, forjada pelos governos de Lula e Dilma, se somam os ingentes problemas internos que se avolumaram no mesmo período como a recessão e o desemprego.

    Importações chinesas foram devastando a produção industrial brasileira.
    Importações chinesas foram devastando a produção industrial brasileira.

    E como se isso fosse pouco, a presidente tenta se equilibrar ante a ameaça de um processo de impeachment e em meio a escândalos inescrutáveis.

    Para O Estado de S.Paulo, o Brasil assumiu a atitude de “dependente da China como um país colonial depende da metrópole”.

    Ele importou da China no valor de R$ 18,47 bilhões mas exportou só US$ 2,82 bilhões nos primeiros seis meses deste ano.

    O mercado chinês garantiu 19,6% da receita comercial brasileira e se manteve como principal destino das exportações nacionais.

    “O Brasil, funciona como metrópole colonial. Isso torna muito assustador qualquer sinal de enfraquecimento do mercado chinês”, concluiu o editorial do jornal paulista.

    A especulação financeira é apenas um elemento da pirâmide de explosivos erigida durante décadas na China.

    O povo chinês é trabalhador, empreendedor, poupa pensando sempre em melhorar, com sacrifícios terríveis.

    Centenas de milhões de trabalhadores rurais migraram para as cidades para ganharem ordenados míseros, mas bem melhores do que podiam conseguir no interior.

    Mas agora as fábricas de quase todos os setores, de quinquilharias a carros e produtos de tecnologia, não conseguem escoar a produção. Esta fica acumulada nos portos porque o mundo também em crise está comprando significativamente menos.

    A implosão da atividade industrial já é sensível e a perspectiva de demissões em massa, inegável.

    Mas, posto o caráter do povo chinês, essas demissões implicarão em colossais motins operários e ingentes violências.

    Acresce que o regime está enfrentando revoltas por causa da repressão religiosa, do ensino forçado do comunismo, do controle da natalidade pela polícia.

    Dependência 'colonial' filha do petismo: a China foi o principal destino das exportações do agronegócio brasileiro no primeiro semestre de 2015.
    Dependência ‘colonial’ filha do petismo: a China
    foi o principal destino das exportações do agronegócio brasileiro
    no primeiro semestre de 2015.

    Os surtos localizados de inconformidade, incluindo motins e greves, com os baixos salários combinados com a corrupção rampante no Partido Comunista somam dezenas de milhares de casos por ano.

    Para criar emprego, Pequim vem tentando planos semelhantes aos Programas de Aceleração do Crescimento lulopetistas. Ou copia os planos maoístas. O leitor escolha, o resultado é o mesmo.

    Pululam cidades fantasmas onde os semáforos acendem e apagam para as moscas, aeroportos que não recebem aviões, pistas de corrida que nunca viram um carro, museus vazios. As colossais construções da Olimpíada de Pequim racham e apodrecem.

    A única diferença com o Brasil é que Lula e Dilma mal concluíram o que começaram ou prometeram fazer.

    Pequim não sabe mais o que fazer, salvo embaralhar os números oficiais.

    3 COMENTÁRIOS

    1. Para quem não percebeu ainda, fica o alerta: É o fim do nosso grande país. Não se enganem, teremos indicadores sociais iguais ao de Angola e outros países sub-saarianos.

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