Transcrevemos, de um artigo do Prof. Plinio, oportunas considerações sobre o senso católico, que muito ajudariam os fieis face a essa tentativa de democratização almejada pelo Sínodo 2023.
“A doutrina católica não condena o casamento dos sacerdotes (1). Mas o senso católico, profundamente identificado com o pensamento da Igreja, compreende que, no terreno dos fatos, a grandeza do sacerdócio exige o celibato eclesiástico.
“A doutrina católica é perfeitamente compatível com a primitiva organização da Igreja, em que algumas dignidades eclesiásticas eram preenchidas por meio de eleição entre os fiéis. Mas o senso católico, compreendendo embora as vantagens deste sistema em outras épocas, defende hoje em dia, intransigentemente, a atual organização da Igreja, única compatível com as circunstâncias de nossa época.
[Lembramos, é o que midia festeja como meta para o Sínodo de 2023: democratização da Igreja]
“A doutrina católica não obriga o Santo Padre a cercar-se, no Vaticano, de todo o esplendor da Corte pontifícia. Mas o senso católico compreende perfeitamente a necessidade deste esplendor, como manifestação humana da excelsa dignidade do Sumo Pontífice”.
[Foi um dos pontos que o “Pacto das Catacumbas” instituiu: acabar com o esplendor, a pompa e a riqueza dos objetos religiosos, dos paramentos, das igrejas]
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Temos, então, a perfeita união entre senso católico e doutrina católica. O senso católico tem um papel especial para guiar os fieis a discernir a penetração sutil de desvios, erros e heresias no seio da Santa Igreja.
A Santa Igreja é monárquica por instituição divina: Tu és Pedro e sobre essa pedra edificarei a minha Igreja e as portas do inferno não prevalecerão contra ela. Nem sequer Nosso Senhor instituiu a Igreja sobre os 12 Apóstolos. Menos ainda sobre os 70 discípulos. O que dizer, então, da democracia na Igreja?
(1) Em ritos da Igreja Oriental (Católica) admite-se a ordenação ao sacerdócio de homens casados. No rito latino, vigora o celibato eclesiástico.