Nada é mais brilhante do que a seriedade.
A mais séria das pedras é o brilhante. Para quem sabe ver, o mais brilhante dos estados de alma é a seriedade.
A seriedade é hierárquica, visa os cumes, visa o absoluto.
O desejo do absoluto é o bater de coração da seriedade. É a alma da intransigência, o impulso da combatividade, a ponte do caminho.
A seriedade é o clima interior segundo o qual se ama a Deus.
Um amor não sério a Deus é como o sacrifício de Caim: um sacrifício não sério, de frutas podres, que exala uma fumaça e não sobe até o Céu.
O amor sério a Deus é como o sacrifício de Abel: queima a oferenda, cujo perfume se estende aos circunstantes e cujo fumo sobe ao trono do Altíssimo.
Aquele que quiser ser infeliz, evite a seriedade: a frivolidade, o vazio, o vácuo, a frustração, a derrota sentar-se-ão na cabeceira dele, e o acompanharão como fadas más, o dia inteiro.
Querendo ou não, todos estamos escrevendo nossas biografias. E no dia do Juízo, o volume é aberto e lido.
Deus toma profundamente a sério nossa falta de seriedade.
Seriedade digna, seriedade grave, seriedade gentil, seriedade respeitosa, seriedade afetuosa: é a verdadeira escola de viver.
- Estas frases foram pronunciadas pelo Prof. Plinio Corrêa de Oliveira, em ocasiões diversas, e compiladas pela revista Catolicismo, n° 485, em Maio de 1991, sem revisão do autor.