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Se eu fosse pintor, gostaria de me dedicar a pintar grupos de nuvens representando o acontecer humano. Por exemplo, há certos grupos de nuvens nos quais podemos notar algo que nos leva a imaginar impérios que entram na História. Outras nuvens que se movem à maneira de guerras entre impérios; há nuvens que parecem representar a dissolução dos impérios; eles aparecem inteiros e depois se desfazem como as nuvens.
Por vezes o céu fica repleto de pequenas nuvens como neblinazinhas, ou como nuvens em frangalhos. Elas podem dar certa ideia do que houve no passado. Depois os grupos de nuvens se despedem e o céu fica todo azul.
Seria como se Deus passasse uma esponja sobre o quadro negro e apagasse todas as figuras. Em seguida, Ele forma outros desenhos. Acho muito bonito observar esses movimentos que podem lembrar fatos da história.
Gostaria de pintar em nuvens um quadro assim: Constantino, o grande imperador romano, as guerras que ele travou, as vitórias que obteve, os editos que ele promulgou, por exemplo, aquele que deu liberdade à Igreja Católica e aos fiéis para a prática da Religião. Seria como um dragão de tempestade, mas que o vento soprou, desfez o perigo e a história continua. As nuvens vão como que historiando para nós os acontecimentos passados.
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Excertos da conferência proferida pelo Prof. Plinio Corrêa de Oliveira em 6 de dezembro de 1987. Esta transcrição não passou pela revisão do autor. Fonte: Revista Catolicismo, Nº 871, Julho/2023.
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