Reproduzimos trechos do Prof. Plinio rejeitando essa mentalidade catacumbalista de que a Igreja, para seguir os passos de Nosso Senhor, tem que estar sendo maltratada e pisada pelo mal.
“Há gente de uma mentalidade detestável que acha absolutamente natural que Cristo sofra, que a Igreja seja vexada, humilhada, perseguida. Gente comodista, “cujus Deus venter est” – “que tem por Deus o seu próprio ventre”, e que pensa que, como a Igreja deve imitar ao Cristo, é natural que todos os [inimigos da Igreja] se atirem contra Ela e A façam sofrer. É a Paixão de Cristo que se repete, dizem eles. E enquanto essa Paixão se repete, eles levam sua vida farta e cômoda, nas orgias, nas imundícies, na exacerbação de todos os sentidos e na prática de todos os pecados.
“Para gente como esta é que foi feito o látego com que foram expulsos os vendilhões do Templo.
“Não é verdade que devamos cruzar os braços ante as investidas dos inimigos da Igreja. Não é verdade que devamos dormir enquanto se renova a Paixão. O próprio Cristo recomendou que seus Apóstolos orassem e vigiassem. E se devemos aceitar os sofrimentos da Igreja com a resignação com que Nossa Senhora aceitou os padecimentos de seu Filho, não é menos exato que será um motivo de eterna condenação para nós se nos portarmos ante as dores do Salvador com a sonolência, a indiferença e a covardia de discípulos infiéis.
“A verdade é esta: devemos estar sempre com a Igreja, “porque só Ela tem palavras de vida eterna”. Se Ela é atacada, lutemos por Ela. Mas lutemos como mártires, até à efusão de nosso sangue, até o emprego de nosso último recurso de energia e de inteligência. Se, apesar disto tudo, Ela continuar a ser oprimida, soframos com Ela, como S. João Evangelista aos pés da Cruz. E estejamos certos de que, neste mundo ou no outro, Jesus misericordioso não nos negará o esplêndido prêmio de assistirmos à sua glória divina e suprema.” https://www.pliniocorreadeoliveira.info/LEG_370321_triunfo_paixao_nsjc.htm#.YGO_-q9KiMo
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A humilhação por que passa a Santa Igreja nesse século XXI, tantas vezes partindo de seus próprios filhos, nos deve levar a medir esse abismo e estar ao lado de Nosso Senhor que renova a Sua Paixão.
Semana Santa, sem comemorações litúrgicas. Paixão, em que nos proíbem de estar ao lado de Jesus.