A tolerância lhes é estranha

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À pergunta de como reagir com eficácia à ofensiva homossexual, afirmei, em meu livro Igreja, Ciência e Justiça contestam o homossexualismo (Ed. Petrus), que devemos nos empenhar em revigorar os fundamentos morais da sociedade. Como? – Ancorando-os firmemente nos Dez Mandamentos e na Lei natural, pois assim se criará o clima moral para que a homossexualidade seja rejeitada.

Na medida, pois, em que a moral cristã for restaurada nos indivíduos e na sociedade, a ofensiva homossexual debilitar-se-á e acabará por se extinguir, como um fogo devastador ao qual se corte a fonte de oxigênio. Para se combater eficazmente a arremetida generalizada contra a moral católica cumpre antes entender, de modo claro, a conexão existente entre as revoluções sexual e homossexual. Contrapor-se à ofensiva homossexual sem combater a revolução sexual é ignorar que uma alimenta a outra, cria o ambiente em que a outra é tolerada e tenta se impor com arrogância.

Nesta perspectiva, o conúbio desse mal é o aspecto mais importante da batalha. Torna-se necessário, portanto, lutar cada vez mais contra a pornografia, a promiscuidade, o aborto e outros desvios morais, empreendendo toda uma cruzada espiritual para trazer a castidade de volta à sociedade. A começar pela restauração do pudor — fruto da inocência — como guardião necessário da pureza e expressão da honra e da dignidade humana.

Os que desejam dedicar-se à defesa da família tradicional devem se compenetrar de que isso envolve um trabalho de convencimento das pessoas, tanto nas relações pessoais como recorrendo aos meios de divulgação – jornais de pequena ou grande circulação, rádios, internet, e mesmo atuação conjunta nas vias públicas, com a difusão de livros, manifestos.

A vitória nessa cruzada espiritual pertencerá ao campo católico, se este conseguir mover a opinião pública e a mantiver do seu lado. Não é tarefa fácil. Mas devemos ter presente que Deus está conosco. E, se formos fiéis, Ele nos proporcionará os meios sobrenaturais e humanos para alcançarmos a vitória.

Exemplo disso se deu em meados de janeiro em Curitiba, quando um grupo de jovens do Instituto Plinio Corrêa de Oliveira foi atacado por militantes homossexuais enquanto divulgavam de modo ordeiro e pacífico o nosso livro na via pública.

Em artigo publicado na Gazeta do Povo (24/1/13), o jornalista Carlos Ramalhete assim se expressou a respeito dos agressores: Não lhes basta a tolerância; esta, aliás, lhes é estranha. Para eles, vale tudo para calar qualquer voz discordante. A agressão, desavergonhadamente gravada por um dos que a perpetraram, pode ser vista na Internet.”

Ramalhete prossegue: “É assustador: blasfêmias e berros obscenos a centímetros do rosto, empurrões e ofensas, respondidos apenas com orações e silêncio”. E conclui: “Uma pedrada, registrada no 1.º DP, atingiu um dos rapazes do IPCO, que precisou ir ao hospital e receber três pontos de sutura na cabeça. É a ação covarde do neofascismo.”

Pe. David Francisquini é sacerdote da Igreja do Imaculado Coração de Maria – Cardoso Moreira-RJ

5 COMENTÁRIOS

  1. Artigo tão bem escrito, que nos causa admiração. Se todos os sacerdotes brasileiros tivessem uma disposição de luta, intransigência, de força, de princípios, o mal recuaria e seria derrotado. É uma impiedade a contemporização com a dissolução da família por meio da sodomia. Peço a Nossa Senhora que ilumine os sacerdotes para que com coragem e zelo defenda os princípios básicos da boa ordenação social, que não podem existir coma família genuinamente cristã.

  2. Lênin e sua sentença seguida ao pé da letra pelos comunistas para justificar a intolerância que lhes é particular:
    CHAME OS OUTROS DO QUE V É;
    ACUSE OS OUTROS DO QUE V FAZ!
    Bem sabemos que os comunistas não admitem a existência da verdade; existe para eles um constante “devir” e, além do mais, fazendo tudo ao contrario, desse mal elevado à máxima potencia surgiria o bem…
    Dentro da mente de um comunista – no popular – só existe estrume, nada mais; tem a mente totalmente pervertida, por pouco não dizer um possuído por forças estranhas, inclusive pelo denodo em conseguir de qualquer forma seus avessos intentos.
    Relembro aqui Lênin, lamentando que, apesar de tomarem todos os cuidados para o Estado funcionar a contento, segundo seus planos, há uma misteriosa força estranha a movê-lo noutra direção e desabafou por meio dessa sentença: “O Estado não funciona como desejamos. Como funciona? O carro não obedece. Um homem está ao volante mas parece não dirigir; o carro não corre na direção desejada, ele avança conforme o desejo de outras forças”…
    Que esperar de entes humanos que seguem à risca a religião que cultua a Satanás criada por Marx/Engels, senão fazer todas as coisas ao inverso e têm visceral ódio a Deus e à Igreja?

  3. Esses desajustados van de encontro as leis da natureza que Deus crio :homem e mulher são os pilares de Familia e portanto os que conformam uma Nação e dão o sentido de Patria aos seus filhos,eu acho que não preciso comentar nada mais.

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