♦ James Bascom
O Castelo de Windsor, residência da família real britânica desde o século XI, retrata o melhor do espírito inglês. Trata-se de uma residência gótica sólida, elegante e sumamente aristocrática. No pátio, impecável, não se vê nenhuma erva daninha ou mesmo pedregulho fora do lugar. Três membros da Guarda da Rainha, vestidos com belos uniformes tradicionais e gorros de pele de urso, marcham com icônica precisão inglesa, digna da torre do Big-Ben. Mais do que simplesmente bela, pode-se dizer que a cena é sacral.
Este aspecto da alma inglesa está em oposição direta a um outro lado. Após a monstruosa ruptura do rei Henrique VIII com a Igreja Católica, o germe da revolução infectou a nação inglesa; da rainha Elizabeth I a Oliver Cromwell e ao anarquismo hippie dos Beatles. Na verdade, desde o século XVI a história da Inglaterra poderia ser descrita como uma guerra entre esses dois aspectos da alma inglesa.
Sem negar o lado protestante do Castelo de Windsor, um observador católico deve vê-lo com entusiasmo e admiração. De fato, uma nação que preserva tão maravilhoso e sacral monumento de sua tradição medieval católica não pode deixar de ter almas à espera de uma conversão.