O Carnaval de outrora ainda tinha uma razão de ser na alma popular.
Podem-se distinguir dois aspectos dessa razão de ser: de um lado o desejo dos aspectos maravilhosos da vida, que levavam muitas pessoas a adotar fantasias magníficas que pareciam tiradas das páginas das mil e uma noites, ou a reproduzir em todo seu fausto personagens históricos de grande envergadura. Grande parte do povo se entusiasmava com tais amostras de aparato que elevam o espírito acima da vulgaridade pardacenta do cotidiano.
Ao lado deste veio “maravilhoso”, o carnaval passou a apresenta também um aspecto de comicidade casta, em que o bom humor popular procura expandir-se saindo algum tanto da monotonia da vida comum. Também isto é – dentro das devidas medidas – compreensível, embora não reflita a elevação de alma proporcionada pelo “maravilhoso”.
Contudo, haveria tola ingenuidade em imaginar que esses aspectos preponderam no carnaval de hoje.
A agressão sexual desfechada contra o Ocidente por certa propaganda penetrou profundamente nos folguedos carnavalescos, dando-lhes uma nota de sensualidade pagã a qual um católico não pode deixar de verberar energicamente.
Em outros termos, havia outrora — por vezes ao par de um carnaval depravado — um carnaval familiar que se desenrolava em um ambiente de recato e compostura, muito difícil de encontrar hoje. O mais das vezes o carnaval de hoje, como um tumor que explode desenfreando a sensualidade, cria uma atmosfera destrutiva da instituição da família e contrária à verdadeira tradição brasileira que apresenta cenas cada vez mais grotescas e extremamente extravagantes.
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Os leitores do site do INSTITUTO PLINIO CORRÊA DE OLIVEIRA já devem ter tomado conhecimento do projeto de utilização da imagem e da história de Nossa Senhora Aparecida na apresentação da escola de samba “Unidos da Vila Maria”, durante o carnaval de 2017, que segundo os organizadores conta com a aprovação da Igreja, referindo-se ao aval do reitor do Santuário de Aparecida.
Muitos foram os comentários e as reações de católicos fervorosos que viram nesta suposta “homenagem” uma ofensa à Mãe de Deus.
Entretanto, parece haver uma certa aceitação de muitos ditos católicos que sustentam que não há problema algum em participar das festas do carnaval e por consequência fazer uma “homenagem” a Nossa Aparecida no carnaval de 2017. Esquecem eles que o carnaval de nosso dias:
1º Com cenas cada vez mais escandalosas promove e incentiva o nudismo e a promiscuidade;
2º Através da divulgação em massa, por meio da mídia, destrói a inocência das crianças com cenas imorais e impuras;
3º Pelas mesmas razões acima mencionadas e pelo fato de que viola Mandamentos da Lei de Deus o carnaval ofende gravemente a Deus;
Agora, por que coisas tão óbvias como estas parecem não espantar, nem tocar as almas de inúmeros católicos que, movidos por desejos tão opostos à fé católica, sustentam e promovem tal “homenagem” à Santissíma Virgem no meio de tais pecados?
Se realmente são católicos, caberia perguntar a eles se não se incomodariam em saber que o Santíssimo Sacramento foi levado a algum lugar infame com o “intuito de acolher” pecadores !
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Perfeitamente. Emprestar a projeção mariana a festa de tal magnitude pagã soa ignóbil sacrilégio e infantil gestão do sagrado. Quando, numa sociedade contemporânea cada vez mais repleta de precisões científicas e tecnológicas ao discernimento por excelência, temos especialmente a juventude crítica sobre a seriedade daqueles que se arrogam a assumir a defesa dos melhores valores em nome da honra e da salvação. Dentre leigos e religiosos consagrados.
Cordiais Saudações.
Análise muito bem feita. Entretanto a decomposição moral hoje é tão grande que acho que o Carnaval vai se extinguir aos poucos porque é muito heterossexual e ao mesmo tempo exalta alguns valores da brasilidade que os anticristãos gostariam de enterrar para sempre