O Bispo prelado de Moyobamba (Peru), seguido por seus 50 sacerdotes, pede ao Papa Francisco o cancelamento da Fiducia Supplicans.
Numa Declaração respeitosa, submissa, filial, imbuída da Caridade e do sincero desejo de amparar o próximo e por isso mesmo reafirmando a sã doutrina da Igreja: “Nenhum de nós jamais negou uma bênção” … a quem “se aproximasse para implorar a ajuda da Igreja com um mínimo de contrição e propósito de emenda, em comunhão com o ensinamento ininterrupto da Santa Igreja de Deus.”
(InfoCatólica) Dom Rafael Escudero López-Brea, bispo prelado de Moyobamba (Peru), tornou pública ontem uma mensagem pastoral na qual “diante da confusão sem precedentes causada pela Declaração Fiducia Supplicans”, ordenou “continuar a práxis ininterrupta da Igreja até hoje, que é abençoar toda pessoa que pede uma bênção, e não aos casais do mesmo sexo ou em situação irregular.
O prelado assegurou que Fiducia Supplicans prejudica a comunhão na Igreja e descreveu a bênção de casais homossexuais ou heterossexuais não casados pela Igreja como um sacrilégio horrendo.
Hoje, todos os seus sacerdotes quiseram unir-se às palavras do seu bispo, através de uma mensagem na qual pedem ao Papa a anulação do referido documento e a possibilidade de abençoar situações objetivas de pecado, o que impede claramente o arrependimento do pecador:
Mensagem dos sacerdotes da prelazia de Moyobamba, sobre a declaração “Fiducia Supplicans”
“Em total unanimidade, sem fissuras, os cinquenta sacerdotes que atualmente trabalham na Prelazia de Moyobamba aceitam, subscrevem e agradecem a Mensagem Pastoral do nosso Bispo Prelado, Dom Rafael Escudero López-Brea, a respeito da Declaração do Dicastério para a Doutrina da Fé «Fiducia Supplicans».
“Nenhum de nós jamais negou uma bênção, nem mesmo a absolvição sacramental ou a sagrada comunhão a qualquer pessoa que se aproximasse para implorar a ajuda da Igreja com um mínimo de contrição e propósito de emenda, em comunhão com o ensinamento ininterrupto da Santa Igreja de Deus.
"Dada a confusão e perplexidade que a Declaração causou, imploramos ao Santo Padre, Papa Francisco, a quem reconhecemos como Bispo de Roma e Sucessor de Pedro, que anule a validade do documento e de qualquer declaração que permita a administração de sacramentos ou bênçãos para pessoas em pecado mortal objetivo, sem arrependimento e desejo de conversão. “Nós, também envolvidos no pecado, acreditamos firmemente que não há caridade maior do que acompanhar todos os que se aproximam de nós rumo à plena comunhão e à graça que os torna herdeiros da vida eterna. Até que alcancem esse desejo de conversão, sempre os acolhemos cordialmente, respeitando o seu processo pessoal e invocando sobre eles, individualmente, a bênção de Deus para ajudá-los a sair do estado em que vivem, com tanta dor.
“Ninguém pense que esta mensagem nos coloca em rebelião, como acontece com aqueles bispos e padres, especialmente na Europa Central e do Norte, que durante anos desobedeceram descaradamente aos ensinamentos inveterados da Santa Igreja de Deus e dos últimos Papas, incluindo o Papa Francisco, quebrando a unidade da Igreja na Verdade e na Caridade através da administração ilícita e sacrílega dos sacramentos de Deus e abusando da sua bênção misericordiosa. Além disso, não são poucos os que propagam sem esconder a intenção de mudar a secular Doutrina e Moral da Igreja. Isso é rebelião, contra Deus, contra o Papa e contra o povo fiel.
"Esta mensagem carrega o desejo sincero de ajudar filialmente o Santo Padre na sua missão de guiar o Povo Santo de Deus, como tantas vezes nos pediu. Conte todos os dias com a nossa oração."Assinamos, em ordem alfabética, sem exceção, todos os sacerdotes que servem na Prelazia de Moyobamba, no dia 2 de janeiro de 2024.
Segue a lista do 50 sacerdotes da Prelazia de Moyobamba.
Uma linguagem serena, fiel à Santa Igreja, imbuída da Caridade e do sincero desejo de amparar o próximo e por isso mesmo reafirmando a sã doutrina da Igreja: “Nenhum de nós jamais negou uma bênção” … a quem “se aproximasse para implorar a ajuda da Igreja com um mínimo de contrição e propósito de emenda, em comunhão com o ensinamento ininterrupto da Santa Igreja de Deus.”
São José, Patrono da Igreja universal, proteja os bispos e sacerdotes fieis ao perene ensinamento do Magistério da Santa Igreja.
Fonte: https://www.infocatolica.com/?t=noticia&cod=48393
