Atilio Faoro
Há pouco a revista “Época” (24/5/10) publicou o resultado de uma pesquisa nacional realizada este ano pelo Ibope que aponta que 15% das brasileiras entre 19 e 39 anos de idade já fizeram aborto.
A reportagem, depois de apresentar uma longa matéria sobre o tema, reconhece que “para 68% dos brasileiros, a lei deve continuar como está (criminalizando o aborto, salvo em casos muito definidos) segundo uma pesquisa de 2008 do instituto Datafolha” e que “apenas 11% defendem a descriminalização” do aborto. Ou seja, os brasileiros, em sua esmagadora maioria, não aceitam o aborto.
Apesar desta evidência, a vontade do povo não tem valor em nossa atual democracia. E a reportagem sente-se à vontade para lançar o chavão abortista do “problema da saúde pública”, como se a descriminalização do aborto fosse uma necessidade urgente. Não ter livre acesso ao aborto é como sofrer de uma epidemia!
O artigo, manipulando fatos, números e opiniões, insiste na necessidade de abrir as portas para o aborto, pois “há uma realidade concreta: mais de 5 milhões de brasileiras já abortaram. O que fazer nesses casos? ‘É inviável continuar tratando todas elas como criminosas’, diz Marcelo Medeiros, coordenador da pesquisa e professor da UnB. ‘Há um evidente problema de saúde pública em larga escala’.”
E termina de forma francamente tendenciosa: “Até hoje, os debates sobre o aborto eram pautados mais por convicções pessoais que por estatísticas confiáveis. Agora, legisladores e autoridades terão à mão informações sólidas sobre o universo do aborto, que afeta milhões de brasileiras e suas famílias. ‘Precisamos acolher essas mulheres na rede pública de saúde’, diz o médico Adson França, assessor especial do Ministério da Saúde.”
@José Silveira Viana
Hoje em SP realizar-se-a um evento promovendo os homossexuais, patrocínio: governo federal, governo do estado de SP, bancos federais, Dinheiro ‘mais’ que publico! Como diz bem o Sr. José S.V – por que não gastar todo este dinheiro para ajudar mães a cuidarem de seus filhos e não abortarem
Diferentemente do que expoz Marcelo Medeiros, não há um problema de saúde, há um problema de mentalidade. Fatos concretos da pesquisa: cinco milhões de mulheres abortaram, ao longo de X anos que podem ser muitos.
Quantas morreram? 400.000 mulheres por ano, como chegou a afirmar Jandira Fegahali? É um problema de saúde.
120 anos, como pela primeira vez reconhece o próprio Ministério da Saúde num filme que a Fundação Osvaldo Cruz foi obrigada a fazer. É muita pena que morram,mas não é, de forma alguma, um “problema nacional de saúde”.
Aliás, o número de mortes de gestantes e parturientes não está ligado á liberalização ou não do aborto, como o afirma o Centro de Direitos Reprodutivos, ligado à ONU e organismo claramente pro-abortista: a mortalidade se deve à falta de serviços médicos médicos e medicamentosos.
Gasta-se milhões todos os anos para fazer propaganda abortista, homossexual e daí para baixo, porém, não se ouve falar de propaganda ou de estudos para amparar aquelas que necessitam de ajuda para não abortar, as vítimas de estupro, por exemplo.