Que pensar do texto abaixo?
“O Evangelho recomenda o desapego dos bens da Terra. Assim, uma sociedade verdadeiramente cristã deve condenar o uso de tudo quanto seja supérfluo para a subsistência. Jóias, rendas, sedas e veludos caríssimos, habitações desnecessariamente espaçosas e cheias de adornos, comida rebuscada, vinhos preciosos, vida social cerimoniosa e complicada, tudo isto é oposto à simplicidade evangélica. Jesus Cristo desejou para seus fiéis um teor de existência simples e igualitário”.
Irretocável! – dirá alguém. Muito cristão! – exclamará outra pessoa. “Esquisito” – dirá um terceiro. “Falso” – pensará um derradeiro.
Na realidade, a proposição acima é errada. Ela consta de um livro em que a exposição das idéias se faz colocando lado a lado, primeiro as teses erradas, depois as corretas. Esta tese é uma das erradas.
Esse livro chama-se “Reforma Agrária – Questão de Consciência”, escrito por Dr. Plinio em colaboração com um Arcebispo, um Bispo e um economista católico brasileiro.
Ao lado está a proposição correta, que se opõe à precedente:
“O Evangelho recomenda o desapego dos bens da Terra. Esse desapego não significa que o homem deve evitar o uso deles, mas apenas que os deve usar com superioridade e força de alma, bem como com temperança cristã, em lugar de se deixar escravizar por eles.
“Quando o homem não procede assim, e faz mau uso desses bens, o mal não está nos bens, mas nele. Assim, por exemplo, o mal do ébrio está em si mesmo e não no vinho precioso com que se embriaga. Tanto é, que muitos são os que bebem vinhos da melhor qualidade e deles não abusam. O mesmo se pode dizer dos outros bens.
A música, por exemplo, tem sofrido muitas deformações abomináveis nas épocas de decadência. Não é o caso, por isso, de renunciar a ela sob pretexto de que corrompe. Cumpre fazer boa música, e da melhor, e usá-la para o bem.
E o autor conclui:
“Uma das vantagens duma harmoniosa desigualdade de bens está precisamente em permitir nas classes mais altas um florescimento particularmente esplêndido das artes, da cultura, da cortesia, etc., que delas promana depois para todo o corpo social”[1].
[1] Cfr. “Reforma Agrária – Questão de Consciência”, p. 83 ss.
Uso do nome de Deus para justificar tamanha ideia asquerosa. Vale lembrar vocês que o tal Dr. Plínio NÃO é Deus….
No meu entendimento, viver o evangelho dito por Cristo , depende das circunstâncias , do momento e da cultura local. Há povos que na sua maneira de ser e viver é muito fácil viver do modo do evangelho. Porém para nós ocidentais , os valores são diferenciados , tanto na partilha , tanto como no apego e também no ter e guardar.Dificilmente , os cristãos ocidentais conseguirão praticar o que os orientais praticam. Podemos presenciar as mulheres orientais , tem costumes totalmente contrária a dos ocidentais.Observamos as leis e costumes orientais que não se encaixam dentro dos nossos costumes. Outra coisa muito importante , Jesus não mandou ensinar costumes e sim a conversão dos pecadores. Ter mais ou ter menos ou desapegado seria um dom divino.
Ter como não tivesse e, não ter como se tivesse.
É bom lembrar que JESUS diz: “Não acumuleis bens materiais que o ladrão rouba e traça rói, acumulai tesouros no céu”.-Com nada viemos e sem nada voltaremos. O que está havendo hoje é que o ser humano está acumulando muitos bens materiais e alimentando por demais o corpo e esquece da maior riqueza que é a alma.Precisamo que DEUS nos dê o necessário para vivermos, pois um dia quando partirmos, nada nos acompanhará e nem servirá de salvação.Vou deixar aqui para os materialistas, uma proposta, repetindo o que JESUS disse aquele jovem, pois é palavra de DEUS:”Você já acha que fez tudo para merecer o céu e a eternidade, então falta fazer o seguinte: “Vai vende tudo, reparte com os pobres e me siga”. Tenho certeza que se houver alguèm a fazer isso, vai ser muito pouco, ou quase nada.
@Sergio Peffi
Sergio, como dever de caridade devo lhe alertar de que incorre no mesmo erro da proposição refutada. Parece que você não leu e se leu não entendeu.
Cocordo somente em parte. Possuir muitos bens pode ser uma benção quando não excluimos de nossa vida os mais necessitados, e ajudamos a ampará-los com esses bens, quando usamos nossos bens ou fortuna ( e a de muitos é exagerada e cada vez querem mais = egoismo – usura), para o bem da sociedade em geral, e principalmente de nossos irmãos crsitãos, à semelhança da IGREJA PRIMITIVA do começo do 1º século, quando todos vendiam o que tinham e repartiam, tinham tudo em comum, e faziam isso voluntariamente, sem imposição e sem qualquer guerra psocológica, como p.ex. …se não repartir vai para o inferno…
Essa tese errada caberia bem em qualquer livrinho de Gabriel Chalita ou Fábio de Melo.