Nas recentes eleições na Venezuela, também o governo petista perdeu. Com a atuação de Lula e Amorim, o Brasil saiu apequenado e envergonhado; foi ridicularizado por querer favorecer o governo comuno-chavista e não o povo venezuelano cruelmente perseguido, esmagado pela tirania.
Fonte: Editorial da Revista Catolicismo, Nº 885, setembro/2024
As prisões da Venezuela estão abarrotadas e Nicolás Maduro prometeu construir ainda mais. Ele quer intimidar a população. Quantos venezuelanos a mais serão encarcerados? Quantos terão que morrer ou fugir de seu país antes que o mundo finalmente tome uma atitude eficaz para salvá-los?
As recentes eleições na Venezuela foram descaradamente roubadas. O ditador foi declarado vencedor por órgãos que lhe obedecem como empregados; se não fizerem o que o patrão manda, são despedidos, mandados para a rua… ou para a cadeia.
Contra a fraude eleitoral, as reações internas e externas foram grandes. Entretanto, pelo menos por enquanto, não suficientes para garantir que o candidato eleito, Edmundo González Urrutia, possa assumir seu mandato em janeiro próximo. Ele obteve uma vitória esmagadora, escolhido pelos eleitores com quase 70% dos votos, conforme comprovado por apurações independentes.
Se ele não assumir, não haverá mudança no governo; ficará patenteado que a “Revolução Bolivariana” — ou o “Socialismo do século XXI” iniciado por Hugo Chávez — não passa de um regime verdadeiramente comunista. E a Venezuela, como Cuba, na extrema miséria, só sobreviverá vendendo-se à China e a outras ditaduras marxistas, que, em compensação, vão sugando suas fabulosas riquezas.
Neste trágico panorama, o Brasil — devido ao governo petista, sobretudo por parte de Lula da Silva e Celso Amorim — está sendo ridicularizado. Com suas atuações ideológicas anacrônicas, desprovidas de senso diplomático e de clara visão política, ambos tentaram arranjar uma saída honrosa para o derrotado ditador chavista. A maioria dos venezuelanos ficou percebendo quem é realmente Lula, ou seja, um apoiador incondicional do caudilho que submete seu povo à pior das tiiranias.
Esta e outras questões conexas são expostas na matéria de capa da edição da revista Catolicismo deste mês. Lendo-a, talvez venha à lembrança do leitor os versos da canção Triste España, de Juan del Encina, cujo primeiro verso aplica-se a essa grande nação espanhola e poderia ser adaptado à nação vizinha: “Triste Venezuela sin ventura. / Todos te deben llorar. / Despoblada d’alegría, / para nunca en ti tornar”.
Mas estamos convictos de que tanto a Espanha de São Fernando de Castela, do Cid Campeador — entre outras impressionantes figuras de sua história épica e milenar — ressurgirá da presente crise, quanto a Venezuela. Quem viver, verá!