Após foguetes atômicos intercontinentais caírem sobre seu próprio território, a Coreia do Norte anunciou o fim de seu programa nuclear e o fechamento das instalações criadas para esse fim. (cfr. Míssil de Kim Jong-un destrói cidade de seu próprio país)
O embuste enganou muitos ingênuos ocidentais. Para explicar a mudança de 180º do ditador comunista, esses ingênuos chegaram até a atribuir a causa a uma feliz intercessão da China comunista, que é o regime que esquenta as costas do bravateiro ditador de Pyongyang.
Até a equipe do presidente Trump pareceu cair no conto e foram feitos encontros entre o líder da maior potência mundial com o déspota do país infeliz, transformado num favelizado ninho de ratos marxista.
Mas, a mentira tem pernas curtas.
De fato, o ditador Kim Jong-un só estava aplicando um velho truque. Menti, menti, que algo ficará, dizia o panfletário Voltaire. E quanto diante do criminoso agressor há um pacifista empedernido, a mentira pega mesmo.
Mas empresas privadas americanas detectaram a enganação. Enquanto anunciava a distensão com aqueles que há não muito prometia varrer da face da Terra com apavorantes mísseis atómicos intercontinentais, Kim Jong-un transferia suas fracativas instalações nucleares para locais mais seguros.
O plano incluiu 16 bases ocultas identificadas por imagens tiradas por satélites comerciais, mostrou pormenorizado trabalho do “The New York Times”.
Essas imagens trouxeram à luz a imensa enganação: o tirano dependente da China ofereceu desmantelar uma instalação de lançamento importante, passo que nunca completou, e ficou melhorando mais de uma dezena de outras aptas para ataques nucleares e convencionais.
Lideres ocidentais como o presidente Trump preferiam acreditar e passar mensagens tranquilizantes, mas funcionários de inteligência dos EUA alertavam que os novos mísseis que a Coreia do Norte começava a produzir estavam destinados a lançadores móveis que se podem ocultar nas montanhas em bases secretas.
Os alegres líderes achavam que a mudança era fruto das sanções econômicas e que a moderação de Pyongyang favoreceria o aumento do comercio com a China e a Rússia.
Mas as evidências acabaram prevalecendo e as conversações ficaram suspensas.
Os EUA tinham concebido até um programa que rastrearia esses misseis móveis com uma nova geração de satélites pequenos e econômicos, mas o tolo otimismo estancou o projeto.
Se o programa tivesse continuado, neste momento o Pentágono estaria controlando esses mísseis móveis.
Já a administração Obama tinha obstaculizado e freado esse plano, mas o fato assombroso foi a administração Trump continuar com o entreguismo obamista neste ponto.
As bases secretas de misseis norte-coreanos foram identificadas pelo programa Beyond Parallel, do Centro para Estudos Estratégicos e Internacionais, um think tank importante de Washington.
O principal autor da denúncia, é Victor Cha, destacado especialista norte-coreano, excogitado para embaixador americano na Coreia do Sul, mas que foi rejeitado pela administração Trump quando objetou a estratégia da Casa Branca para negociar com Kim Jong-un.
Agora o Departamento de Estado considera que as instalações enganosamente montadas devem ser desmanteladas:
“O presidente Trump deixou claro que se o presidente Kim prossegue com seus compromissos, deve proceder à desnuclearização completa e à eliminação de programas de misseis balísticos”.
Kim Jong-un responde mostrando a língua sempre sorridente.
Trump chegou a dizer que ele e Kim, um dos ditadores mais brutais do mundo, “se enamoraram” um do outro.
Mas, as imagens satelitais jogaram um balde de água fria nesse namoro.
Cha explicou as imagens dizendo: “o trabalho [norte-coreano] continua. O preocupante para todos é que Trump aceite um mal acordo. Eles nos entregam um único ponto de provas e desmantelam mais algumas coisas, e em troca obtém um acordo de paz” para dar fim formalmente à Guerra da Coreia.
Mas os especialistas, interpretam que as motivações da Coreia do Norte são bastante fáceis de interpretar:
“Parece que estão tentando maximizar suas capacidades”, disse Joseph S. Bermúdez Jr., coautor do relatório e veterano analista de imagens satelitais.
Que o presidente Trump abra bem os olhos.