A Abertura das Olimpíadas, sua utilização para blasfemar da Santa Ceia e impulsionar a agenda de gênero, chocou a muitos e acendeu um alerta: então o simples esporte passa a ser peça de propaganda da agenda anticatólica, da agenda antifamília? E, logo de uma vez, um grande acontecimento mundial em Paris?
A cínica desculpa dos organizadores das Olimpíadas lamentava que “se alguém se ofendeu” … não tiveram a intenção de ofender … A isso respondemos: são fatos incontestes, nem estamos tratando de intenções, são macaqueações da sublime Ceia em que Nosso Senhor instituiu a Sagrada Eucaristia.
Face às Olimpíadas, o Vaticano expressou, em 21 de julho, uma esperança humanitária, “inclusiva”, laica.
Uma esperança laica
“Espero que este evento possa ser um sinal do mundo inclusivo que queremos construir e que os atletas, com seu testemunho esportivo, possam ser mensageiros da paz e modelos valiosos para os jovens”. https://www.vaticannews.va/en/pope/news/2024-07/pope-francis-appeal-angelus-olympic-truce-wars-prayers.html
A mensagem do Papa Francisco aos participantes das Olimpíadas — “Papa apela por trégua olímpica para nações devastadas pela guerra” –poderia ter sido escrita pela UNESCO, ONU ou qualquer associação humanitária laica. Infelizmente, não há na mensagem uma relação entre Paz e a Boa Nova de Nosso Senhor, que é o Príncipe da Paz.
Como católicos, gostaríamos que o Papa Francisco tivesse se servido da ocasião também para incentivar a reação conservadora entre os jovens, e um apelo para o retorno aos Valores Morais, pilares da sociedade. É a missão dada por Nosso Senhor aos Apóstolos “Ide, pois, ensinai todas as gentes, baptizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo, ensinando-as a observar todas as coisas que vos mandei.” (Mt 27-19)
Os fatos: blasfêmias e deboche da Fé Católica
“Durante a cerimônia de abertura das Olimpíadas em Paris na semana passada, parte da cerimônia contou com drag queens zombando blasfemamente da Última Ceia.”
Como observa LifeSiteNews, “O Comitê Olímpico Internacional emitiu um fraco “pedido de desculpas”, dizendo que lamentava “se alguém se ofendeu”. Enquanto isso, a nota publicada pelo Vaticano constata que “algumas cenas são uma ofensa a todos os fiéis“.
Ainda aqui reproduzimos o princípio de conduta de todo e qualquer chefe face às ofensas que sua associação, país, entidade recebe. Um chefe não pode ficar em silêncio quando sua associação é objeto de injúrias. Ora, o grande ofendido na Abertura foi Nosso Senhor Jesus Cristo. Por que o Vaticano ficou em silêncio tanto tempo — enquanto tantos católicos (e até não católicos) manifestaram seu repúdio à paródia blasfema da Santa Ceia.
Blasfêmia intencional de impacto
Ainda LifeSiteNews: “a alegação de que essa exibição sacrílega não foi intencional é facilmente refutada pela pessoa que foi selecionada para interpretar Jesus. “Por sua própria confissão, e eu cito, ela se autodenomina ‘uma lésbica gorda, judia e queer'”.
"Este espetáculo é um sacrilégio intencional, isso é inegável. Dizer que não foi (ofensivo) é simplesmente emblemático da negação do óbvio que tipifica nossa cultura popular e política moderna", disse Wright. "Todo mundo no mundo pode vê-lo”. Por ironia da História os russos o condenaram, os iranianos o condenaram – e o Vaticano permaneceu em silêncio.
Um silêncio inconcebível
O Ocidente está sendo tratado com uma terapia agressiva de choque destruindo todos os conceitos que nos vêm da Lei Natural; os direitos da Santa Igreja, Esposa de Cristo são pisados e quando muito recebemos a resposta cínica: não tivemos a intenção de ofender. Os fatos ofenderem profundamente, são blasfemos da Sagrada Eucaristia – não há como se esconder atrás de “não tivemos intenção”.
Uma das funções do líder, observa LifeSiteNews, seja ele político, cultural e sobretudo religioso é manifestar sua repulsa, defender sua instituição quando injustamente atacada.
Lamentamos a atitude do Vaticano
Infelizmente, nas páginas do Vatican.news o que vimos foi uma esperança laica nas Olimpíadas:
“Espero que este evento possa ser um sinal do mundo inclusivo que queremos construir e que os atletas, com seu testemunho esportivo, possam ser mensageiros da paz e modelos valiosos para os jovens”. https://www.vaticannews.va/en/pope/news/2024-07/pope-francis-appeal-angelus-olympic-truce-wars-prayers.html
Não menor foi a decepção dos católicos com a demora do Vaticano em manifestar-se. Canais conservadores católicos publicaram imediatamente suas repulsas. Somente em 3 de agosto o site oficial do Vaticano publica a nota da Santa Sé:
Em um comunicado, a Santa Sé expressou tristeza por algumas cenas da cerimônia de abertura dos Jogos, "um evento de prestígio no qual o mundo inteiro se une em torno de valores comuns" e no qual "não deveria haver alusões que ridicularizem as convicções religiosas de muitas pessoas".
Os direitos sagrados de Nosso Senhor e da Igreja Católica são omitidos:
Uma ofensa aos cristãos e a outros crentes
"A Santa Sé", lê-se no texto, "ficou triste com algumas cenas da cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Paris e não pode deixar de se unir às vozes que se levantaram nos últimos dias para deplorar a ofensa causada a muitos cristãos e crentes de outras religiões".
Realmente, é triste, muito triste. O principal ofendido nessa paródia blasfema da Santa Ceia é Nosso Senhor Jesus Cristo e sua Igreja. O Vigário de Cristo lidera, lembra muito bem, LifeSiteNews. Ao Papa compete a reparação máxima face aos infames acontecimentos.
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Na trajetória histórica do esporte, digamos do século XX para cá, vemos claramente uma passagem do simples entretenimento para a IV Revolução, ou seja, aquela que ataca os Valores Morais, degrada o homem e procura de alguma forma preparar — como acentua o Prof. Plinio Corrêa de Oliveira em seu livro Revolução e Contra-Revolução — o advento do culto ao demônio. Templos satânicos têm surgido pelo Ocidente.
Após essa blasfema macaqueação da Santa Ceia é de se temer que o culto aos demônios apareça no horizonte.
São Pedro e São Paulo roguem pela Santa Igreja e pelo romano pontífice. Nossa Senhora de Fátima abrevie esses dias e apresse o triunfo do Imaculado Coração de Maria.