As raízes anti-humanas do movimento ambientalista (2)

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    Luis Dufaur

    Os nazistas foram pioneiros

    Sempre soubemos que, em termos econômicos, os nazistas eram esquerdistas (Nazi vem de Nationalsozialismus ou Partido Nacional-Socialista dos Trabalhadores Alemães), mas hoje – graças aos estudos de Robert N. Proctor, que os compilou em seu livro: Medicine Under the Nazis (Higiene Racial: a Medicina dos Nazistas) – sabemos que eles eram fanáticos por saúde, maníacos por exercícios físicos, ecologistas radicais, entusiastas de comidas orgânicas e defensores ferrenhos dos direitos dos animais, além de nutrirem profundo menosprezo por álcool e tabaco.

    Como os ambientalistas de hoje, que colocam qualquer percevejo ou erva daninha acima dos seres humanos, os nazistas eram ardorosos conservacionistas. Eles implantaram uma série de leis com o objetivo de proteger “a natureza e seus animais”, especialmente as plantas e os animais “ameaçados”.

    Os nazistas proibiram pesquisas médicas com animais, e o simpático Hermann Göring ameaçou “deportar para um campo de concentração” qualquer um que se atrevesse a desobedecer à lei.

    Ele encarcerou um pescador por seis meses apenas porque este cortou a cabeça de um sapo – que seria utilizado como isca – quando o batráquio ainda estava vivo. A revista alemã de humor Simplissimus publicou um desenho no qual um pelotão de sapos fazia a saudação nazista para Göring.

    Como crentes da “medicina orgânica”, os nazistas conclamaram o povo alemão a comer apenas frutas e vegetais crus, uma vez que a conservação, esterilização e pasteurização dos alimentos significavam sua “alienação da natureza”.

    Eles odiavam até mesmo o pão branco. “Em 1935, o Führer da Saúde, Gerhard Wagner, empreendeu uma luta contra a recente mudança de hábito, que havia abandonado o pão integral natural em prol do pão branco altamente refinado”, diz Proctor. Denunciando o pão branco como sendo um “produto químico”, Wagner fez relacionou a “questão do pão” a uma “ampla necessidade de retornarmos a uma dieta com menos carne e gordura, mais frutas e vegetais, e mais pão integral”.

    Em 1935, Wagner criou o Comitê do Pão Integral do Reich, cujo objetivo era pressionar as padarias a não mais produzirem pão branco; e Goebbels criou cartazes propagandísticos relacionando o arianismo ao pão integral. Em 1935, apenas 1% das padarias alemãs vendia alimentos naturais. Já em 1943, esse percentual era de 23%.

    Os nazistas também eram rigorosamente anti-pesticidas, sendo que o médico pessoal de Hitler, Theodore Morell, declarou que o DDT (DicloroDifenilTricloroetano) era “inútil e perigoso”. Ele proibiu sua comercialização.

    Os nazistas financiaram várias pesquisas sobre os perigos ambientais da radiação de fundo (radiação fraca existente em todo planeta terra), do chumbo, do asbesto e do mercúrio. Fizeram campanha contra os corantes alimentares e os conservantes, e exigiram mais uso de “farmacêuticos orgânicos, cosméticos orgânicos, fertilizantes orgânicos e alimentos orgânicos”. Os jornais do governo apontavam a carne vermelha e os conservantes químicos como os culpados pelo câncer.

    Bebidas alcoólicas eram diligentemente desestimuladas, e havia severas penalidades para quem fosse pego dirigindo embriagado. A polícia, pela primeira vez, ganhou poderes para fazer testes sanguíneos obrigatórios para conferir o nível de álcool no sangue das pessoas.

    Hitler, um vegetariano fanático e entusiasta dos alimentos naturais, era também um abstêmio. Heinrich Himmler compartilhava do ódio de Hitler por álcool, e ordenou que a SS promovesse a produção de sucos de frutas e água mineral como substitutos.

    Entretanto, o principal ódio de Hitler era dirigido ao cigarro, e ele não tolerava que absolutamente ninguém fumasse em sua presença. Quando o estado da Saxônia criou o Instituto para a Luta contra o Tabaco na Universidade de Jena em 1942, ele doou 100.000 RM (Reichsmark) de seu próprio dinheiro. Ele também proibiu o fumo nos trens e ônibus das cidades.

    Os nazistas acreditavam apenas em parto natural, obstetrícia e amamentação, e as mulheres que amamentassem seus filhos, ao invés de utilizarem “fórmulas artificiais”, recebiam subsídios do estado. Já em meados da década de 1930, os nazistas haviam proibido partos assistidos por médicos. Apenas parteiras podiam realizar o serviço.

    Os nazistas também promoviam a fitoterapia, e as fazendas da SS em Dachau foram rotuladas como “o maior instituto de pesquisa de plantas medicinais da Europa”.

    Não é de se estranhar que nossos eco-esquerdistas possuam aquele brilho faiscante em seus olhos. De agora em diante, vou checar se eles usam braçadeiras também.

    A questão do lixo

    Se reciclagem fizesse sentido — economicamente, e não como um sacramento para a adoração de Gaia —, estaríamos sendo pagos para tal.

    Quando visto sob a devida perspectiva, os problemas que enfrentamos hoje em relação ao lixo não são piores do que foram no passado. O lixo sempre foi um problema durante toda a história humana. A única diferença é que, hoje, temos métodos seguros para lidar com ele — caso os ambientalistas nos permitam.

    Dizem, por exemplo, que devemos separar jornais para a reciclagem. E a idéia de fato parece fazer sentido. Afinal, jornais velhos (isto é, com mais de meia hora de impressão) podem ser transformados em caixas, folhas de fibra, revestimento de parede e material isolante.

    O problema é que o mercado está inundado de papel de jornal, graças também aos programas e às propagandas governamentais. Um caso clássico ocorreu em Nova Jersey, no início da década de 1990. Por causa do excesso de oferta, o preço dos jornais usados, que estava em US$ 40 a tonelada, despencou para menos US$ 25 a tonelada. Ou seja: antes, os empreendedores do lixo estavam dispostos a pagar ($40) por jornal velho. Depois, eles passaram a cobrar ($25) para levar o entulho.

    Se for economicamente eficiente reciclar — e jamais poderemos saber ao certo enquanto o governo estiver envolvido —, então o lixo inevitavelmente terá um preço de mercado. É apenas por meio de um livre sistema de preços, como Ludwig von Mises demonstrou há 90 anos, que podemos saber ao certo o valor de bens e serviços.

    O homem das cavernas tinha problemas com o lixo, e o mesmo problema acometerá nossos descendentes. E tal ciclo perpetuar-se-á enquanto a civilização humana existir.

    E o governo não possui a solução para o problema. Um sistema estatizado de coleta de lixo é inerentemente ineficiente, como podemos comprovar diariamente. O lixo pode até ser coletado, mas sua destinação certamente não será a mais “ambientalmente saudável”. Um sistema socialista de coleta de lixo funciona exatamente como a economia da Coréia do Norte.

    Apenas o livre mercado pode solucionar o problema do lixo, e isso significa abolir não apenas o sistema socialista de gerência do lixo, mas também aquele sistema corporativista (fascista) relativamente mais eficiente que várias prefeituras costumam adotar, no qual uma empresa com boas conexões políticas vence a licitação.

    A solução é privatizar e desregulamentar tudo, desde a coleta até os aterros sanitários. Dessa forma, cada um pagará a fatia apropriada dos custos. Alguns tipos de lixo serão levados mediante uma taxa, outros serão levados de graça e vários outros poderão inclusive ser vendidos para os coletores. A reciclagem seria baseada no cálculo econômico, e não no decreto governamental.

    Coleta e manuseio de lixo é um serviço como qualquer outro. Se é verdade que todo mundo quer ter seu lixo removido e tratado, então há uma demanda de mercado para tal serviço. Há dinheiro a ser feito nessa área. Caso não houvesse tal interesse, não haveria tantos “coletores ilegais” como vemos hoje. Com efeito, a única coisa que impede a concorrência no mercado do lixo é exatamente o fato de o estado ter tornado tal atividade ilegal.

    Se o mercado estivesse no comando, a produção excessiva de lixo não seria vista como um problema — como vê o governo —, mas como uma oportunidade. Empreendedores estariam se atropelando para satisfazer a demanda por coleta, assim como acontece em todos os outros setores que são controlados pelo mercado.

    Será que os fabricantes de sapatos vêem um aumento na demanda por calçados como um problema? As redes de fast food vêem os glutões como uma terrível ameaça? Pelo contrário, esses são encarados como oportunidades de lucros. Da mesmo forma, é muito provável até que o sistema de coleta fosse feito da maneira mais confortável possível para nós, os clientes.

    A escolha é sempre a mesma: ou se coloca os consumidores no comando, dando espaço para a propriedade privada e para o livre sistema de preços, ou cria-se um fiasco por meio da gerência governamental. Sob esse sistema de livre concorrência, até eu vou começar a separar meu lixo.

    12 COMENTÁRIOS

    1. Esse texto do Luiz dufaur faz todo sentido pra min, pois na faculdade quando estudava essesbtrem de orgânico e agroecológico , os pais dessa teoria eram alemães, como o Rudolf Steiner e horaward em seu testamento agrícolaIsso era mais que um sistema de plantio, era uma seita esotérica , conheço um cara que quase brigamos no tapa, por que falei mal do seu guru intelectual e espiritual, o Rudolf Steiner , com seu livro da biodinâmica , sua teoria falha da trofobiose, e seus outros livros de ocultimo.
      O pessoal que entra nessa onda verde vira xiita

      É tipo o islã, toda a forma de pensar, agir e raciocinar do sujeito se modifica!!!

      Posso falar pois na faculdade de agronomia me aprofundei no estudo de biodinâmica e agroecologia, sinto muito para os demais descontentes, as palavras só Dafaur são verdadeiras e a verdade tortura essa gente, contra fatos não há argumentos!!!

    2. Bom, Nazismo era extrema direita, cristão, nacionalista e preocupado com o bem estar do povo alemão.
      Foi praticamente o primeiro sistema a pensar no direito animal. Sem mais.

    3. Que artigo é esse que não tem nem referencias? Nem um pouco confiavel! E se eles eram mesmo ecologicos, foi a melhor coisa que eles fizeram! Você esqueceu de mencionar que foi durante a segunda guerra mundial que a medicina mais cresceu na nossa historia justamente por usar seres humanos em experiencias. Enquanto ficamos presos aos testes em animais, com tantas alternativas disponiveis nossa ciência e ética vão ficando atrasadas! Generalização ridicula essa, dizer que todo abolicionista é anti-humano! Falsos moralistas são pessoas que criticam a postura libertaria em defesa dos animais, mas não fazem nada pra salvar a propria especie da destruição, fome, miseria, violencia, exploração e toda a desgraça que só nosso espécie é capaz de criar!

    4. ecologistas não são neo-nazistas. O texto contém grandes erros. Os nazistas não eram católicos, suas crenças eram baseadas em esóterismo e sua filosofia era baseada, quase distorcida, do marxismo.
      Concordo com a amiga Denise que comentou logo acima, mas caro Luis Dufaur, por que o ódio contra os ambientalistas e por que você é tão escroto?

    5. Engraçado. Ninguém percebeu a parte da reportagem referente ao lixo. Sencacional, isto ocorre, sou defensor do capitalismo porque tudo que é controlado pelo Estado, tendo como executores os ditos funcionários públicos, não funciona. É só assistir os jornais televisivos. O excesso de regulamentação, as famigeradas licitações, nas quais as empresas vencedoras sempre ao final apresentam irregularidades mil. Quanto a primeira parte sobre nazistas é a primeira vez que vi algo nesse sentido.

    6. @H.
      Comentarista anônimo. Você tem tanta certeza do que escreve que nem ousou por o seu nome.

      O nazistas não eram de direita, eles eram marxistas, basta estudar um pouco, não custa nada.

      Eles eram religiosos, sim, concordo, mas não eram católicos, todos eram esotéricos. Também não lhe custa nada estudar um pouquinho sobre isso.

      O papa também nunca apoiou o nazismo, mas os comparsas do Kremlin, sim.

    7. Engraçadíssimo…

      Será que o ilustríssimo que escreveu isso sabe que os nazistas eram de extrema direita, religiosos (inclusive com o apoio do santíssimo papa), em suma, defendiam a tradição, a família e a propriedade?
      Será que o ilustríssimo que escreveu isso sabe que ele é …?

    8. Queria agradecer ao sr. Luis Dufaur pela beleza de artigo, esclarecedor e quase exorcístico.

      É isso mesmo: tem que mostrar pra essa gente que nazismo e comunismo são faces da mesma moeda e que ambos tinham, e têm, um ódio virulento ao esplendor e glória da Civilização Cristã.

      Foi, por exemplo, por sugestão do ministro da Propaganda, o tal dr. Joseph Goebbels, a quem o Fuhrer tinha como o supra-sumo da inteligência, que os católicos não foram esmagados na Alemanha após a publicação e leitura pública da encíclica de Pio XI em condenação ao nazismo.

      A ausência do contingente católico no campo de batalha, certamente, seria um obstáculo às pretensões imperialistas do paganismo alemão…

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